Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, XXIII Encontro Nacional de Perfuradores de Poços e FENÁGUA 2022
Home
2022
Cód.
Área/Eixo
Título/Autores
1774
Águas subterrâneas e abastecimento público
A CAPTAÇÃO EM POÇOS HORIZONTAIS SUBSUPERFICIAIS Autores: Sergio Augusto Palazzo Palavras-chaves:
Poço Horizontal
, Perfuração Horizontal Direcional
, Agua na Sub Superficie
Resumo
A CAPTAÇÃO EM POÇOS HORIZONTAIS SUBSUPERFICIAIS
A distribuição urbana brasileira, acumulou um enorme contingente de consumidores de água, em inúmeras cidades, muitas vezes com pouca disponibilidade de água tanto para captação superficial, como captação subterrânea. É comum, ver os Comitês criados se debatendo com problemas sérios de abastecimento nas cidades que o compõem. Uma das soluções a serem avaliadas, seria a captação da disponibilidade de água sub subterrânea nas margens dos rios que circundam as cidades. Essa experiência, é muito bem sucedida em alguns lugares, em especial na Cidade de Des Moines, no Estado de Iowa, EEUU, onde há muito tempo alguns poços horizontais foram construídos depois de extensa pesquisa sobre a disponibilidade e qualidade da água que se encontra sub superficialmente em suas margens.
Uma experiência no Brasil, teve lugar há alguns anos atrás, contando com a contribuição voluntária de algumas empresas e profissionais, para a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, SABESP, inicialmente na cidade de Cajati, na região do Vale do Ribeira, mas posteriormente se estendendo também a algumas áreas do Litoral Norte do Estado.
Essas experiências estiveram muito perto de serem concluídas, provavelmente com sucesso, todavia, os estudos e a oferta dessas empresas, acabou sendo interrompida pela Concessionária, sem que fosse possível avaliar definitivamente o valor real da tentativa. Agora, passados alguns anos, diante das exigências do no Marco Regulatório, é provável, e entusiasmante que essa mesma estratégia fosse retomada, cujos resultados se expandissem para todas as concessionárias do país que enfrentam essa escassez.
1854
Poluição, remediação e gerenciamento de águas subterrâneas
A CONTAMINAÇÃO DE NITRATO EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS PARA O CONSUMO HUMANO Autores: Ediene Monteiro Romão, Nádia Aparecida Fortunato Souza, karinne Reis Deusdará Leal, Anderson De Assis Morais Palavras-chaves:
nitrato
, contaminação
, ciclo do nitrato
Resumo
A CONTAMINAÇÃO DE NITRATO EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS PARA O CONSUMO HUMANO
A água subterrânea é o principal recurso que garante o desenvolvimento de um país, porém esse recurso vem sendo ameaçado por diversas contaminações, um desses contaminantes antrópicos é o nitrato. As águas subterrâneas são fundamentais para cumprir os compromissos da Agenda 2030 e seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Brasil, pois garantem o abastecimento público de milhares de pessoas, sustentam sistemas de irrigação para a produção de alimentos, são utilizadas como insumo para a produção industrial e mantêm importantes ecossistemas. Seu uso promove o progresso local, contribuindo para o crescimento econômico, erradicação da pobreza, promoção da dignidade humana e o bem-estar das populações (Hirata et al., 2019).
O trabalho visa apresentar o processo de contaminação do nitrato nas águas subterrâneas levando em conta o seu ciclo e diferentes formas de contaminação.
1759
Recarga de Aquíferos
ADAPTANDO O MÉTODO APLIS PARA MAPEAR E ESTIMAR RECARGAS EM AQUÍFERO CÁRSTICO URBANO– SETE LAGOAS, MG Autores: Camila Santos Schuch, Paulo Henrique Ferreira Galvão, Simone Imaculada Pereira, Rafael Magno Palavras-chaves:
Hidrogeologia cárstica
, Recarga de aquífero
, Método APLIS
Resumo
ADAPTANDO O MÉTODO APLIS PARA MAPEAR E ESTIMAR RECARGAS EM AQUÍFERO CÁRSTICO URBANO– SETE LAGOAS, MG
O bombeamento intensivo de aquíferos cársticos, sem o devido controle e planejamento, resulta em efeitos adversos negativos. Um dos pontos de grande importância para a gestão hídrica subterrânea é a avaliação e cálculo da recarga do aquífero, pois dimensiona o volume de água que potencialmente infiltrará no aquífero via precipitações, além de mapear áreas de acordo com o potencial de infiltração, indicando locais a serem preservados e protegidos de possíveis contaminações. Sete Lagoas enquadram-se atualmente em uma situação de uso intensivo de água subterrânea, onde o volume explotado do aquífero cárstico excede a recarga anual média, causando inúmeros efeitos indesejáveis. A partir da adaptação do método APLIS, desenvolvido para áreas cársticas, o estudo avaliou e mensurou a recarga anual de uma sub-bacia de 356 km², abrangendo a área urbana e industrial do município, onde estão a maior concentração populacional e de poços, além dos problemas relacionados à explotação. Os resultados indicam que 77% da área da sub-bacia possui uma recarga muito baixa, menos de 1% baixa, 6% moderada, 14% alta e 3% muito alta. As regiões com alta ou muito alta taxa de recarga estão associadas aos calcários expostos ou recobertos por sedimentos inconsolidados, além da presença de feições cársticas que poderiam resultar em recargas autogênicas pontuais. Áreas com baixa ou muito baixa taxa de infiltração estão associados à presença de rochas impermeáveis do embasamento e metapelitos. Considerando a precipitação média da região (1.311 mm/ano), o valor mínimo de recarga do aquífero é de 39,8 Mm³/ano e máxima de 72,4 Mm³/ano, tendo como média uma recarga de 56,1 Mm³/ano. Portanto, a recarga do aquífero pode variar de 8,5% a 15,5% da precipitação média de Sete Lagoas, apresentando como média 12 % da precipitação.
1787
Recarga de Aquíferos
ADEQUAÇÃO DE ÁREA EXPERIMENTAL PARA MONITORAMENTO DA RECARGA DO AQUÍFERO LIVRE Autores: André Lima da Costa, Paulo Victor Nobre Lopes, Giovanni Chaves Penner, Milena Jessica Guimarães Monteiro, Juliana Silva do Nascimento Palavras-chaves:
água subterrânea
, monitoramento contínuo
, propriedades hidráulicas
Resumo
ADEQUAÇÃO DE ÁREA EXPERIMENTAL PARA MONITORAMENTO DA RECARGA DO AQUÍFERO LIVRE
O estudo em áreas experimentais é de suma importância para a compreensão das interações socioeconômicas e hidrogeológicas de uma região, especialmente quando é assegurado o monitoramento contínuo no local da implantação, para auxílio de futuras interpretações. A área experimental instalada no Campus Belém da Universidade Federal do Pará busca viabilizar o monitoramento contínuo dos parâmetros hidrológicos da região de maneira compatível com a realidade local, com os benefícios de experiências práticas e a estrutura de uma universidade federal, possibilitando inúmeras vantagens às atividades de ensino e pesquisa na graduação e pós-graduação, bem como, para a gestão hídrica da região. Em um ano de monitoramento o PM 06 foi o que teve a maior amplitude na variação de seu nível sendo 1,12 m, já o PM 04 teve a menor variação, com amplitude de 0,51 m e indicaram correlação com a variação da incidência pluviométrica. Os ensaios de Slug Test apresentaram condutividade hidráulica (K) com três ordens de grandezas distintas, obtendo média geométrica total de 3,55x10-4 cm/s, próximo ao valor médio determinado pelos testes de bombeamento igual a 1,60x10-4 cm/s. O teste de infiltração corroborou com os resultados do slug test, com condutividade hidráulica igual a 2,02x10-4 cm/s, tal constatação coincide ainda outra interpretação do teste de bombeamento, método de Tartakovsky and Neumann (2007), que não há anisotropia, isto é, Kz/Kr = 1. Adicionalmente o rendimento específico, Sy, conforme resultado do teste de bombeamento foi 10%, ficando dentro da faixa de variação de 2% a 30%. Concluiu-se que, apesar do curto período de instalação, foi possível obter resultados satisfatórios a um custo relativamente baixo, o que indica a capacidade de expansão das atividades, podendo embasar futuros estudos como de qualidade da água e recarga do aquífero livre, auxiliando o aprendizado de alunos e pesquisadores.
1875
Educação e conscientização das águas subterrâneas
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO INSTRUMENTO PARA PROMOÇÃO DA PROTEÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS Autores: Elias Nascimento de Aquino Iasbik, Thaís Aldred Iasbik de Aquino, Roberto Cézar de Almeida Monte-Mor Palavras-chaves:
Águas subterrâneas
, Uso
, Educação ambiental
Resumo
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO INSTRUMENTO PARA PROMOÇÃO DA PROTEÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
A Constituição Federal de 1988 reconhece o direito difuso ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, e institui a educação ambiental como um dos mecanismos para assegurar esse direito. A exploração irracional das águas contribui para o fenômeno da escassez, e decorre de uma formação cultural dissociada do uso sustentável dos recursos naturais. Em razão de fatores naturais ou produzidos pela ação humana, as águas subterrâneas atendem a significativa parcela da demanda nacional. Nesse cenário, o trabalho propõe a materialização da educação ambiental como forma induzir, consolidar e fortalecer uma consciência orientada pelo uso sustentável das águas, especialmente das subterrâneas, de modo a garantir sua disponibilidade em quantidade e qualidade adequadas para o atendimento das necessidades atuais, sem comprometer que as gerações futuras tenham acesso a esse recurso natural.
1873
Recarga de Aquíferos
ALTERNATIVA DE RECARGA DO AQUÍFERO DO BARREIRO– UM ESTUDO DE CASO DA MINA DO BARREIRO – ARAXÁ MG Autores: MICHELLE CINTRA ABUD MARIANO, Hildor José Seer, André Luís dos Santos, Luis Antônio Pinto e Almeida, Robson Carlos Gomes Palavras-chaves:
Recarga Aquífero.
, Barragem
, Mineração
Resumo
ALTERNATIVA DE RECARGA DO AQUÍFERO DO BARREIRO– UM ESTUDO DE CASO DA MINA DO BARREIRO – ARAXÁ MG
Em termos locacionais o estudo se restringe ao sistema de recarga do aquífero que hoje é realizado pela barragem F, que atua como forma de carga hidráulica devido às interferências da mineração de fosfato da mina do Barreiro pela Mosaic Fertilizantes localizada no município de Araxá/MG.
A lavra da mina é desenvolvida à céu aberto, estando o minério nas porções baixas da mina submerso na água subterrânea, portanto sua drenagem é essencial para a realização da lavra. Houve a necessidade de construção de barragens para possibilitar o processo de reinfiltração da água subterrânea drenada da mina.
Este estudo de caso vem justamente ao encontro do seguinte questionamento: “O que pode ser feito para atenuar o impacto devido à existência de barragens à montante do Grande Hotel do Barreiro?”. Este estudo de caso teve como objetivo geral avaliar através de experimento piloto um sistema alternativo de recarga do aquífero do Barreiro que possibilite o descomissionamento da barragem F.
Fez parte deste estudo de caso as seguintes atividades:
• Soluções para retenção da maior parte de sedimentos antes de serem destinados para as barragens;
• Adensamento na rede de monitoramento;
• Ampliação da investigação da condutibilidade hidráulica;
• Investigação geofísica para identificação de zonas fraturadas, reconhecimento e diferenciação de materiais associados a processos de alteração, estruturas secundárias assim como de possíveis regiões aquíferas e principais direções de fluxos da região;
• Modelar numericamente os fluxos subterrâneos;
• Locação e perfuração do furo piloto que possibilite a infiltração;
• Perfuração de poço na mina para utilização de água de mesma qualidade para recarga do aquífero;
• Aplicação de ensaio de traçador para validação da comunicação do furo piloto para infiltração com os locais de interesse.
A etapa posterior a este estudo de caso, será a efetiva realização da recarga no aquífero após o licenciamento e autorizações junto aos órgãos ambientais.
1865
Recarga de Aquíferos
ANÁLISE DA INFILTRAÇÃO DE ÁGUA EM DIFERENTES TIPOLOGIAS DE CANGA NO SUDESTE DO QUADRILÁTERO FERRÍFERO, MINAS GERAIS Autores: Nilciléia Cristina de Magalhães Oliveira, Luis de Almeida Prado Bacellar, Alvaro Simões Maciel Palavras-chaves:
Infiltração
, Recarga
, Canga
Resumo
ANÁLISE DA INFILTRAÇÃO DE ÁGUA EM DIFERENTES TIPOLOGIAS DE CANGA NO SUDESTE DO QUADRILÁTERO FERRÍFERO, MINAS GERAIS
Parte da água que precipita e atinge o solo/rocha infiltra, posteriormente, ela pode ficar retida na zona vadosa, fluir lateralmente ou atingir a zona saturada e recarregar o aquífero. Dessa maneira, é de grande importância determinar como a infiltração de água ocorre em diferentes meios. Operações de mineração e atividades antrópicas podem interferir positiva ou negativamente nas taxas de recarga, principalmente, quando se trata de coberturas naturais de canga, que são retiradas para expor à superfície formações ferríferas. Neste trabalho, pretende-se avaliar o método do infiltrômetro de Cornell e de anéis duplos na determinação da taxa de infiltração básica (TIB) em uma região constituída por dois tipos de canga: estrutural e detrítica. O valor obtido por meio da utilização do infiltrômetro de anéis duplos foi três vezes menor que o apresentado pelo infiltrômetro de Cornell para a canga detrítica. Já para as cangas estruturadas, onde foram realizados ensaios empregando apenas o infiltrômetro de Cornell, houve diferença de TIB’s de acordo com a inclinação da foliação em relação à topografia do terreno. As cangas cuja foliação se encontrava oblíqua à superfície, apresentaram taxa de infiltração básica quatro vezes maior que aquelas contendo foliação paralela. Assim, foi possível comparar os dois métodos e perceber a influência da composição, textura e estrutura na percolação e fluxo de água.
1829
Geoquímica e isótopos nas águas subterrâneas
ANÁLISE DAS RAZÕES IÔNICAS COMO PARTE DA CARACTERIZAÇÃO HIDROQUÍMICA DOS AQUÍFEROS COSTEIROS DO NORTE FLUMINENSE - RJ Autores: Maria da Glória Alves, Lyndemberg Campelo Correia, Gerson Cardoso da Silva Júnior, Maria Teresa Condesso de Melo Palavras-chaves:
Hidroquímica
, Razões iônicas
, Aquíferos costeiros
Resumo
ANÁLISE DAS RAZÕES IÔNICAS COMO PARTE DA CARACTERIZAÇÃO HIDROQUÍMICA DOS AQUÍFEROS COSTEIROS DO NORTE FLUMINENSE - RJ
A água subterrânea é um importante recurso na bacia sedimentar de Campos, localizada na margem costeira do Norte Fluminense/RJ. A água de poços rasos e profundos vem sendo utilizada com as águas superficiais para usos domésticos, industriais e irrigação. Períodos prolongados de estiagem nos últimos anos, reduziram significativamente os níveis de água no rio Paraíba do Sul; intensificando o uso das águas subterrâneas. Desta forma a necessidade de investigações da qualidade das águas subterrâneas dessa região, é de fundamental importância. O emprego das razões iônicas é amplamente utilizado na classificação e interpretação da hidrogeoquímica de aquíferos costeiros, permitindo, inclusive, apoiar e complementar estudos que visam caracterizar a origem da salinidade e diferenciação da gênese das águas subterrâneas. Nesse estudo, buscou-se identificar a diferenciação, origem e evolução entre os aquíferos rasos e profundos da área de estudo. No presente trabalho, foram abordadas as razões iônicas, rNa+/rCl-, rCl-/rHCO3-, rMg2+/rCa2+ e rCl-/rBr-. As razões iônicas empregadas neste trabalho, mostraram que tanto os aquíferos rasos quanto os profundos apresentam valores médios típicos de águas doces continentais e costeiras. Foi possível constatar que entre os aquíferos rasos, os aquíferos da Formação Barreiras e dos Sedimentos Continentais Indiferenciados são os que mais evidenciam a influência marinha, juntamente com as Areias Marinhas Litorâneas. A principal fonte de salinização desses aquíferos está na influência dos aerossóis marinhos que se incorporam às águas meteóricas no processo de recarga. Quanto aos aquíferos profundos, pôde-se notar uma influência marinha nos aquíferos Fluviodeltaico e Emborê - fácies São Tomé, originados principalmente pela própria recarga e ao aerossol marinho. Para o Aquífero Emborê - fácies Emborê, os resultados mostram indícios pontuais de salinização que pode ter origem principalmente no intemperismo de silicatos ou troca iônica, a partir do aporte de águas de recarga doce de origem continental.
1782
Águas subterrâneas e abastecimento público
ANÁLISE DE DADOS DE MONITORAMENTO FORA DO PADRÃO DE QUALIDADE DA ÁGUA DE ABASTECIMENTO SUBTERRÂNEO DE CAMAÇARI Autores: Israel Henrique Ribeiro Rios, Mônica Jacaúna dos Santos Palavras-chaves:
águas subterrâneas
, abastecimento
, saúde pública
, qualidade de água
, cloro residual
Resumo
ANÁLISE DE DADOS DE MONITORAMENTO FORA DO PADRÃO DE QUALIDADE DA ÁGUA DE ABASTECIMENTO SUBTERRÂNEO DE CAMAÇARI
A análise de dados de parâmetros de qualidade da água para abastecimento público é ferramenta essencial do controle da saúde para as populações. A Portaria 888/2021 é a atual legislação que regulamenta os padrões de qualidade da água para consumo humano. Esse trabalho analisou os dados de amostras fora do padrão (inconformidades) ofertados pelo SISÁGUA do Ministério da Saúde na cidade de Camaçari, Bahia, a fim de indicar os parâmetros que mais ultrapassam os limites dessa portaria no período de 2014 a março de 2022. O abastecimento de Camaçari é predominantemente feito por águas subterrâneas do aquífero São Sebastião.
1737
Mudanças Climáticas e seus Impactos sobre as Águas Subterrâneas
ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS E MULTITEMÁTICA DOS DADOS DE MONITORAMENTO DO SISTEMA AQUÍFERO BAURU E SUA APLICABILIDADE À GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS Autores: Marcela Barcelos Barbosa, Maria Antonieta de Alcantara Mourao, Maria Augusta Gonçalves Fujaco Palavras-chaves:
Gestao de aguas subterrâneas
, Analise de series temporais
, Disponibilidade hidrica
, Mudanças Climáticas
Resumo
ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS E MULTITEMÁTICA DOS DADOS DE MONITORAMENTO DO SISTEMA AQUÍFERO BAURU E SUA APLICABILIDADE À GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS
O Sistema Aquífero Bauru (SAB) caracterizado como um aquífero sedimentar predominantemente livre, cuja recarga está associada à precipitação, destaca-se como a principal fonte de abastecimento do oeste do Estado de São Paulo e é um dos aquíferos monitorados pela rede RIMAS implementada pela CPRM. O presente estudo propõe a investigação e análise multitemática dos fatores intervenientes na correlação entre a resposta do nível d’água e os eventos de precipitação, bem como a importância do monitoramento do nível d’água subterrânea como ferramenta de gestão. Foram analisadas séries temporais do nível d’água subterrânea e de chuva, e avaliados os fatores que poderiam influenciar nesta relação, tais como: composição do perfil litológico, espessura da zona não saturada, vazão específica, número de poços de produção no entorno, e tipos de solo e cobertura da região. As análises estatísticas de correlação simples e cruzada foram realizadas com o intuito de observar a similaridade entre as séries estudadas e determinaram a influência da precipitação no nível estático dos poços, a fim de estimar o tempo necessário para a recarga do aquífero, enquanto a análise multicritério mostrou-se uma ferramenta útil para a explicar a correlação encontrada entre as séries de nível d’água subterrânea e de precipitação. Os resultados indicam uma correlação entre o nível d’água e a pluviometria e mostram que o método empregado foi adequado ao indicar tendências e os fatores preponderantes dessa análise, podendo ser aplicado a aquíferos que apresentem condições análogas. Além disso, foi observado um grande rebaixamento do nível d’água durante a estiagem severa entre 2013 e 2015, correspondendo ao mesmo período da crise hídrica no Estado de São Paulo. Assim sendo, conclui-se que o monitoramento sistemático e as análises de series temporais configuram-se como ferramentas eficazes para avaliação da disponibilidade e gestão de recursos hídricos.
1808
Hidrogeologia dos Aquíferos Brasileiros
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DO NÍVEL DA ÁGUA EM POÇOS DE MONITORAMENTO DA RIMAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SANTA MARIA, RIO GRANDE DO SUL Autores: Isadora Aumond Kuhn, Laís Vieira Genro, Fernando Schuh Rörig, Pedro Antonio Roehe Reginato Palavras-chaves:
Sistema Aquífero Guarani
, Variações de Nível de Água
, Análise de Correlação
Resumo
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DO NÍVEL DA ÁGUA EM POÇOS DE MONITORAMENTO DA RIMAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SANTA MARIA, RIO GRANDE DO SUL
Desde 2010 o Serviço Geológico do Brasil vem monitorando os principais aquíferos sedimentares do país através da Rede Integrada de Monitoramento de Águas Subterrâneas (RIMAS). No Rio Grande do Sul (RS), o monitoramento do Sistema Aquífero Guarani (SAG) se dá na área de afloramento, com boa distribuição espacial das estações e séries de dados de níveis da água e precipitações pluviométricas de até dez anos. Na Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria (BHRSM), a RIMAS possui oito poços de monitoramento locados sobre a área de afloramento do Sistema Aquífero Sanga do Cabral/Piramboia (CPRM, 2004). O objetivo deste estudo foi o de apresentar e analisar os padrões de variação de nível da água nos poços de monitoramento na BHRSM, buscando identificar padrões e as condicionantes que controlam as oscilações. Os resultados encontrados indicam que pela análise de autocorrelação há um elevado efeito de memória em todos os poços da BRSM. A correlação cruzada das séries de nível da água e precipitação pluvial revela que os tempos de resposta são variáveis e diretamente relacionados com a profundidade do nível da água: poços com níveis da água entre 12 e 43 metros apresentaram tempos de resposta à precipitação iguais ou menores do que 02 dias, enquanto que os poços com níveis da água entre 01 e 10 metros apresentaram tempos de resposta entre 7 e 26 dias. Estudos envolvendo um maior número de variáveis são necessários para a compreensão dos fatores condicionantes dos padrões de oscilação de nível da água na BHRSM, visto que os resultados encontrados demonstram a ocorrência de diferentes processos de recarga que têm influência nas oscilações naturais dos níveis de água.
1721
Recarga de Aquíferos
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DO NÍVEL DA ÁGUA E VAZÃO APLICADOS NA OTIMIZAÇÃO DO FUNCIONAMENTO NA BATERIAS DE POÇOS TUBULARES DA COGERH NA TAÍBA, CEARÁ Autores: Zulene Almada Teixeira, Alexsandro dos Santos Garces, José Guilherme Filgueira da Silva, João Gabriel Ferreira da Silva, Juan Moreira de Azevedo, Davi Martins Pereira6 Palavras-chaves:
Poços
, Monitoramento
, Gestão de aquíferos
Resumo
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DO NÍVEL DA ÁGUA E VAZÃO APLICADOS NA OTIMIZAÇÃO DO FUNCIONAMENTO NA BATERIAS DE POÇOS TUBULARES DA COGERH NA TAÍBA, CEARÁ
A área de estudo está localizada no município de São Gonçalo do Amarante, 60 km a oeste de Fortaleza, inserida nas Bacias Hidrográficas Metropolitanas, porção norte do Estado do Ceará. Na área de estudo são monitorados 35 poços tubulares, que foram construídos em 2019 com a finalidade de complementar o abastecimento da região, principalmente pela demanda que aumenta a cada dia em função do crescimento populacional que se estabeleceu no entorno do Complexo Industrial e Portuário do Pecém - CIPP. Esses poços captam água do sistema aquífero Dunas/Barrreiras que recobre toda área e constitui-se de aquíferos livres formados por sedimentos quaternários, principalmente areias quartzosas de granulação fina a média, bem selecionadas, localmente apresentam uma espessura saturada de 15 metros, possui vazão média 17,50 m3/h. Devido à grande importância das águas subterrâneas para o complemento do abastecimento de água na região, a Cogerh desenvolve um controle operacional dos poços, ou seja, um monitoramento com frequência mensal das variáveis: níveis estáticos e dinâmicos, vazão e medições (in loco) de pH, temperatura, condutividade elétrica (CE) e os sólidos totais dissolvidos (STD), visando acompanhar, ao longo do tempo, a evolução do sistema poço-aquífero-bombeamento. Os dados adquiridos em campo são armazenados em planilhas e são tratados e analisados em forma de gráficos.
1851
Hidrogeologia dos Aquíferos Brasileiros
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS NÍVEIS FREÁTICOS DOS POÇOS TUBULARES MONITORADOS NO SISTEMA AQUÍFERO MISSÃO VELHA – RIO DA BATATEIRA, NO PERÍODO DE 2011 A 2021 Autores: Idembergue Barroso Macedo de Moura, Jaime Quintas dos Santos Colares, Letycia Oliveira Venancio, Daniele Tokunaga Genaro, Ricardo Ivan de Lima Sousa, Raimundo Glauber Lima Cunha Palavras-chaves:
Variação de níveis freáticos
, Sistema Aquífero Missão Velha
, Homogeneidade e heterogeneidade
Resumo
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS NÍVEIS FREÁTICOS DOS POÇOS TUBULARES MONITORADOS NO SISTEMA AQUÍFERO MISSÃO VELHA – RIO DA BATATEIRA, NO PERÍODO DE 2011 A 2021
Foi realizada análise das informações dos níveis freáticos dos anos de 2011 a 2021 para o Sistema Aquífero Missão Velha – Rio da Batateira através dos dados de 17 poços de monitoramento totalmente dedicados à pesquisa da Rede Integrada de Monitoramento das Águas Subterrâneas (RIMAS). Objetivou-se apresentar informações sobre o comportamento dos níveis freáticos. Para o tratamento e consistência desses dados, a CPRM desenvolveu um sistema próprio de importação, análise, consistência e envio das séries de dados para o banco de dados do SIAGAS. Observou-se no Sistema Aquífero uma tendência à homogeneidade do nível freático nos poços SRI-01-CE, SRI-02-CE, SRI-03-CE, SRI-04-CE, SRI-06-CE, SRI-08-CE, SRI-09-CE, SRI-16-CE, SRI-18-CE, SRI-19-CE, SRI-20-CE, SRI-21-CE, SRI-22-CE e SRI-23-CE; e heterogeneidade do nível freático nos poços SRI-05-CE, SRI-07-CE e SRI-10-CE. Existe uma tendência geral do nível freático de rebaixamento do nível nos poços SRI-01-CE, SRI-02-CE, SRI-03-CE, SRI-04-CE, SRI-06-CE, SRI-08-CE, SRI-09-CE, SRI-16-CE, SRI-18-CE, SRI-19-CE e SRI-20-CE, e estabilidade do nível freático nos poços SRI-07-CE, SRI-10-CE, SRI-21-CE, SRI-22-CE e SRI-23-CE. O comportamento predominante do nível freático no Sistema Aquífero Missão Velha – Rio da Batateira no período estudado é de rebaixamento. O comportamento no período chuvoso é de recuperação nos poços SRI-01-CE, SRI-02-CE, SRI-03-CE, SRI-04-CE, SRI-05-CE, SRI-07-CE, SRI-09-CE, SRI-10-CE, SRI-18-CE, SRI-20-CE, SRI-21-CE, SRI-22-CE e SRI-23-CE; e de rebaixamento nos poços SRI-06-CE, SRI-08-CE, SRI-16-CE e SRI-19-CE. De forma geral, os níveis freáticos do Sistema Aquífero Missão Velha – Rio da Batateira tendem a homogeneidade, com comportamento predominante ao rebaixamento, e com recuperação no período chuvoso insuficiente para o retorno dos valores de níveis freáticos do início do monitoramento, em 2011/2012.
1843
Hidrogeologia dos Aquíferos Brasileiros
ANÁLISE HIDROQUÍMICA PRELIMINAR DE ÁGUAS MINERAIS DO SISTEMA AQUÍFERO SERRA GERAL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Autores: Jéssica Sindiana Pletsch, Pedro Antonio Roehe Reginato Palavras-chaves:
sistema aquífero serra geral
, água mineral
, hidroquímica
Resumo
ANÁLISE HIDROQUÍMICA PRELIMINAR DE ÁGUAS MINERAIS DO SISTEMA AQUÍFERO SERRA GERAL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
O Sistema Aquífero Serra Geral (SASG) na região sul do país, consiste no sistema que possui a maior abrangência e maior importância, visto que o mesmo apresenta águas de excelente qualidade, sendo muitas delas classificadas como água mineral. Neste trabalho estão sendo apresentados resultados preliminares da caracterização hidroquímica das águas minerais, que ocorrem nos aquíferos fraturados do SASG, no estado do Rio Grande do Sul. Os resultados de classificação das águas minerais indicaram que as mesmas, são do tipo fluoretada, sendo que as concentrações desse elemento variaram entre 0,03 e 0,60mg/l, com média de 0,18mg/l. As águas são frias com pH neutro, o bicarbonato é o principal íon constituinte da água, sendo que a relação cálcio>sódio>magnésio é destacada quando se avaliam os valores de mediana. As variações de CE, entre 60 e 346uS/cm, indicam diferentes graus de mineralização das águas, cuja explicação pode estar associada aos processos de circulação que ocorrem ao longo dos sistemas de fraturas. Embora a maioria das águas apresentam valores de CE dentro dos valores típicos de águas do SASG, observa-se que alguns poços apresentaram águas com valores de pH baixos (5,83), baixa CE (88,1uS/cm) e baixas concentrações para os principais cátions e ânions, enquanto que outros poços apresentaram águas com valores elevados de pH (>8,0), valores de CE mais elevados (346uS/cm), bem como valores maiores de sódio (40,6mg/l) e sulfato (22,02mg/l). As águas mais ácidas e com baixa mineralização indicam a ocorrência de processos de circulação e recarga mais rápida, enquanto as águas com pH alcalino, maior mineralização e concentração de sódio e sulfato, são indicativas da provável ocorrência de processos de misturas entre aquíferos.
1783
Águas subterrâneas e abastecimento público
ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICA DA ÁGUA DE UM POÇO TUBULAR DA ZONA RURAL DO MUNICÍPIO DE POCINHOS-PB Autores: Edmilson Dantas da Silva Filho, Pedro Lucas Nunes da Silveira, Josenildo Isidro dos Santas Filho, Francisco de Assis da Silveira Gonzaga, Geraldo da Mota Dantas, Aldeni Barbosa da Silva Palavras-chaves:
água
, análises
, poço
, tubular
, parâmetros
Resumo
ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICA DA ÁGUA DE UM POÇO TUBULAR DA ZONA RURAL DO MUNICÍPIO DE POCINHOS-PB
A água é um recurso imprescindível para a manutenção da vida no planeta, quaisquer alterações nos seus parâmetros de qualidade e quantidade podem acarretar em sérias adversidades, tanto para o desenvolvimento socioeconômico quanto para a sanidade dos organismos que dela dependem (SANTOS, 2015). No Brasil, as legislações vigentes que tratam da qualidade das águas subterrâneas são a resolução de nº 396 de 3 de abril de 2008, que Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas e dá outras providências do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA, 2008) e a portaria GM/MS de nº888 de 4 de maio de 2021 que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade (BRASIL, 2021). O presente trabalho tem como objetivo estudar as principais análises físicos-químicos da água de um poço tubular da zona rural do município de Pocinhos-PB. As análises físico-químicas foram realizadas no Laboratório de Química (LQ) do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), campus de Campina Grande-PB. A amostra foi demarcada no no GPS Garmim, sendo o ponto 1:7º04’36’’S. 2; 36º03’37’’W. A coleta foi realizada em garrafa de poli tereftalato de etileno (PET) no período seco (11 de outubro de 2019). De acordo com os resultados obtidos, observou-se que vários parâmetros estudados apresentaram valores médios fora dos padrões permitido pela legislação Brasileira. Conclui-se, que a água do poço tubular estudado, não pode ser consumida pela população local, pois somente o parâmetro de pH e cor estão dentro dos padrões de qualidade, os demais parâmetros estão fora dos padrões exigidos pela legislação Brasileira. O consumo humano de água potável constitui-se em uma das ações de saúde pública de maior impacto na prevenção de doenças e dos índices de mortalidade.
1793
Poluição, remediação e gerenciamento de águas subterrâneas
Aplicação de Técnica DTW em Remediação de Áreas Contaminadas Autores: Caetano Pontes Costanzo, Alexandre Campane Vidal, Lucas de Lima Guarnieri Palavras-chaves:
Remediação
, Pluma de Contaminação
, Parâmetros Hidrogeológicos
Resumo
Aplicação de Técnica DTW em Remediação de Áreas Contaminadas
A incerteza relacionada a previsão das propriedades hidráulicas no solo é um fator crítico para a definição de estratégias de remediação. Atualmente, existem vários métodos para a quantificação dos parâmetros hidrogeológicos, com destaque para as ferramentas de alta resolução como o uso de técnicas de Membrane Interface Probe (MIP). A técnica MIP é utilizada com sucesso para a delimitação de plumas de contaminação e definição de intervalos com maior capacidade de fluxo de fluidos. Entretanto, está ferramenta gera uma gama de informações que pode auxiliar na caracterização de outros parâmetros associados ao modelo conceitual hidrogeológico. O objetivo deste trabalho é utilizar as informações de MIP para auxiliar na caracterização espacial dos parâmetros hidrogeológicos e litológicos, possibilitando a obtenção de informações para a melhor compreensão do comportamento de fluxo em uma área contaminada. Para isso, o principal método aplicado foi a distância DTW (Dynamic Time Warping), que possibilita a obtenção da similaridade entre duas séries temporais, que podem estar distorcidas no tempo e espaço. Neste caso, foram analisadas as similaridades entres os perfis de condutividade hidráulica da ferramenta MIP, associadas com as informações das litologias descritas ao longo dos poços de monitoramento. Os resultados obtidos possibilitaram a delimitação de áreas similares ou regiões com melhores correlações do parâmetro de condutividade hidráulica, como também a relação destas áreas com os diferentes pacotes litológicos descritos na área de pesquisa.
1770
Recarga de Aquíferos
APLICAÇÃO DO MÉTODO DE VARIAÇÃO DO NÍVEL D’ÁGUA PARA O CÁLCULO DA RECARGA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO TRIÂNGULO MINEIRO Autores: José Cláudio Viégas Campos, Didier Gastmans, Lucas Vituri Santarosa Palavras-chaves:
recarga
, Triângulo Mineiro
, Sistema Aquífero Bauru
Resumo
APLICAÇÃO DO MÉTODO DE VARIAÇÃO DO NÍVEL D’ÁGUA PARA O CÁLCULO DA RECARGA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO TRIÂNGULO MINEIRO
A recarga das águas subterrâneas é um dos principais componentes para o sucesso no uso racional dos recursos hídricos. Existem diferentes técnicas para determinação da recarga das águas subterrâneas, sendo que um dos principais métodos que se utiliza de dados da zona saturada é o método de Variação do Nível d’Água (VNA). O Sistema Aquífero Bauru (SAB) é um aquífero predominantemente livre que ocorre na região centro-sul do Brasil, sendo que em Minas Gerais ocorre somente no Triângulo Mineiro. Embora seja um importante aquífero nacional, os estudos hidrogeológicos se concentram no estado de São Paulo, sendo incipientes os estudos na porção Mineira. O método VNA foi aplicado para o cálculo da recarga no SAB na sua zona de ocorrência no Triângulo Mineiro utilizando-se 23 piezômetros da Rede Integrada de Monitoramento de Águas Subterrâneas (RIMAS), pertencente ao Serviço Geológico do Brasil – CPRM, para o período 2010 a 2019. Foi considerado um valor médio de porosidade eficaz de 0,15, conforme estudos anteriores. Os valores médios de recarga anual para o período considerado variaram de 152 a 906 mm, com uma média anual de 457 mm. As porções oeste e noroeste da área de estudos se destacam pelas mais baixas taxas de recarga, enquanto a porção central concentra as maiores recargas. De modo geral, a recarga média anual caiu significativamente em quase todos os piezômetros no período 2013/2014, entretanto, ao final do período de estudo, há uma recuperação parcial das taxas de recarga. A integração das informações das taxas de recarga média anual nos 23 piezômetros no SAB do Triângulo Mineiro contribui significativamente para o entendimento da recarga na região, servindo como orientativo para definição das taxas de outorga das águas subterrâneas.
1742
Hidrogeologia aplicada a questões de engenharia
APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE THEIS E NEUMAN PARA DETERMINAÇÃO DO RAIO DE INFLUÊNCIA DO REBAIXAMENTO DE NÍVEL D’ÁGUA EM CONTEXTO DE MINERAÇÃO Autores: Felipe Abbas da Gama Palavras-chaves:
rebaixamento
, Theis
, Neuman
, raio de influência
Resumo
APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE THEIS E NEUMAN PARA DETERMINAÇÃO DO RAIO DE INFLUÊNCIA DO REBAIXAMENTO DE NÍVEL D’ÁGUA EM CONTEXTO DE MINERAÇÃO
O rebaixamento de nível freático é técnica recorrente nas minas de Ferro do quadrilátero ferrífero para permitir o avanço de lavra enquanto disponibiliza recursos hídricos para o empreendimento minerário e para o meio ambiente. O presente trabalho compara os resultados obtidos aplicando as metodologias de Theis (1935) e Neuman (1975) na determinação do raio de influência do rebaixamento de uma mina localizada na formação Cauê entre as formações Batatal (Supergurpo Caraça) e Gandarela (Supergrupo Itabira). A determinação do raio de influencia da cava pelos métodos analíticos indica que para Theis e Neuman, a diferença de valores para a transmissividade é considerável. Esse fato está intimamente relacionado à definição de espessura do aquífero, na construção do modelo, uma vez que a transmissividade é o produto da condutividade hidráulica pela espessura do aquífero. A simplificação para apenas um poço de rebaixamento de vazão elevada também ignora a compartimentação em menor escala que acontece dentro da Mina, sem colocar em evidência também as faixas de maior transmissividade que estão distribuídas por toda a formação ferrífera. Em comparação com os dados coletados em campo, as ferramentas analíticas permanecem relevantes a ponto de permitirem respostas em tempo hábil sem a necessidade de reformulações complexas dos modelos numéricos.
1904
Hidrogeologia dos Aquíferos Brasileiros
AQUÍFERO ALUVIONAR DE MINAS GERAIS Autores: Flávia Maria de Fátima Nascimento, Bruna Fiume Palavras-chaves:
Hidrogeologia
, Aluviões
, Minas Gerais
Resumo
AQUÍFERO ALUVIONAR DE MINAS GERAIS
Este trabalho apresenta uma síntese das informações hidrogeológicas obtidas para o Aquífero Aluvionar de Minas Gerais e compõe o Projeto Mapa Hidrogeológico de Minas Gerais, escala 1:500.000, a ser publicado em breve pela CPRM-BH. As coberturas colúvio-aluviais e eluviais cenozoicas ocupam uma área de aproximadamente 1.231.792 ha e possui expressiva ocorrência na região noroeste, nas planícies aluviais dos Rios São Francisco, Paracatu, Urucuia, Cariranha e Verde Grande. Outras ocorrências significativas estão associadas ao Rio Doce, Rio das Velhas e seus afluentes. Ao sul e sudeste de Minas, esses depósitos se encontram mais espaçados e são relacionados aos principais afluentes dos Rios Sapucaí-Mirim, Rio do Cervo e Rio Verde. Em alguns locais estes aquíferos representam a principal fonte de abastecimento de água. De acordo com os dados cadastrados no SIAGAS/CPRM, em 2021, a profundidade médiana, o nível estático mediano e o nível dinâmico mediano, a vazão de captação mediana e a vazão específica mediana apresentaram os respectivos valores: 39 m, 6,4 m e 9,7 m, 17,1 m³/h e 23,9 m³/h/m. A potencialidade de produção do aquífero variou de pouco produtiva a muito alta. O que indica a necessidade de se obter as características hidrogeológicas locais dos depósitos aluvionares para uma melhor classificação sobre a produtividade do aquífero, em escala de detalhe. Os dados somados à revisão bibliográfica permite concluir que o aquífero aluvionar na Bacia do Rio Verde e Córrego Água Santa são pouco produtivos. Permeabilidade mais elevadas são encontradas na Planície do Rio Piracicaba. Na calha do Rio São Francisco, as espessuras variam de 20 a 50 metros e a permeabilidade é variável.
1872
Águas subterrâneas e o ambiente urbano
AQUITARDO POTENGI-BARREIRAS DA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE NATAL-RN Autores: Melquisedec Medeiros Moreira, Newton Moreira de Souza, Kátia Alves Arraes Palavras-chaves:
Mapeamento Geotécnico
, Águas Subterrâneas
, Aquitardo
Resumo
AQUITARDO POTENGI-BARREIRAS DA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE NATAL-RN
A execução deste estudo consistiu de uma caracterização geológico-geotécnica de uma área costeira de aproximadamente 62 km2. O mesmo foi desenvolvido a partir dos procedimentos e premissas do Manual para o Zoneamento de Susceptibilidade de Perigo e Risco do Comitê Técnico Internacional para Deslizamentos (JTC-1) inseridos no programa “Construindo Nosso Mapa Municipal Visto do Espaço” do MCTIC/INPE/COENE. Foram apontadas diretrizes para maximizar o aproveitamento integrado dos recursos hídricos da região, o Aqüífero Dunas-Potengi, por sua própria natureza litológica e posição estratigráfica, é tipicamente livre, com alta taxa de infiltração e boas condições de armazenamento e circulação de água, está limitado na sua parte inferior pela fácies areno-conglomerática da Formação Barreiras/localmente pela fácies areno-argilosa da Formação Barreiras e a porção argilosa da Formação Potengi, usando o Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada (DRONE), será possível gerar imagens georreferenciadas e ortorretificadas da cidade, além de permitir que o processo de mapeamento seja exercitado e acompanhado em sua plenitude.
1839
Sustentabilidade e Resiliência Hídrica: Papel das Águas Subterrâneas
ÁREAS DE AFLORAMENTO E ÁREAS DE RECARGA DO SISTEMA AQUÍFERO GUARANI SÃO AS MESMAS? O PARADIGMA DO TERRITÓRIO URUGUAIO Autores: Didier Gastmans, Gerardo Veroslavsky, Lucas Vituri Santarosa, Alberto Manganelli, Lucía Samaniego, Roberto Carrión Palavras-chaves:
Sistema Aquífero Guarani
, piezometria
, recarga
Resumo
ÁREAS DE AFLORAMENTO E ÁREAS DE RECARGA DO SISTEMA AQUÍFERO GUARANI SÃO AS MESMAS? O PARADIGMA DO TERRITÓRIO URUGUAIO
O Sistema Aquífero Guarani (SAG) representa um dos mais importantes reservatórios de água subterrânea da América do Sul, e um dos maiores aquíferos transfronteiriços do mundo, e os modelos regionais consagrados de circulação de águas subterrâneas no SAG sempre consideraram que a recarga do aquífero ocorreria ao longo das áreas de afloramento localizadas a leste, a norte a no sul, soerguidas durante a reativação do Gondwana, dando origem a linhas de fluxo direcionadas ao centro de Bacia do Paraná. No Uruguai o SAG é constituído pelas formações Tacuarembó e Rivera aflorantes em uma faixa de direção N-NE, com 165 km de comprimento e 30-55 km de largura na região centro-norte do país e a partir de uma extensa revisão de dados de poços perfurados na faixa de afloramentos no Uruguai (>1.100 poços), onde o aquífero apresenta-se como um aquífero livre, foi realizada uma nova interpretação da geometria e piezometria do SAG na região. Com base nas características morfo-estruturais e estratigráficas o SAG pode ser subdividido em 3 grandes domínios (Sul, Centro e Norte), separados por lineamentos estruturais de direção NW: Arapey-Sopas-Tacuarembó Chico (ASTC) e Cuaró-Paguero-Isla Cristalina (CPIC), respectivamente de norte a sul. Apesar da estruturação a espessura do SAG é constante, variando entre 80-90 m. O fluxo de águas subterrâneas está relacionado com as características de relevo e drenagem. No Domínio Norte, o fluxo é direcionado para sul (Rio Tacuarembó). No Domínio Central, o fluxo das águas subterrâneas tem direção SE, controlado pelo Rio Tacuarembó, que tem direção NW, enquanto no Domínio Sul, a descarga geral é para Leste, com uma variação para a SSE no extremo sul. . Essa nova avaliação vai em direção oposta aos modelos conceituais de fluxo regional para o SAG no Uruguai, que consideravam a área de afloramento como área de recarga regional.
1810
Recarga de Aquíferos
ÁREAS ÚMIDAS ISOLADAS DA DEPRESSÃO PERIFÉRICA PAULISTA: CONTRIBUIÇÃO NA RECARGA DE AQUÍFEROS DE UM ECOSSISTEMA SUBVALORIZADO Autores: Lucas Moreira Furlan, César Augusto Moreira, Vânia Silvia Rosolen Palavras-chaves:
áreas úmidas isoladas
, recarga de aquíferos
, Depressão Periférica Paulista
Resumo
ÁREAS ÚMIDAS ISOLADAS DA DEPRESSÃO PERIFÉRICA PAULISTA: CONTRIBUIÇÃO NA RECARGA DE AQUÍFEROS DE UM ECOSSISTEMA SUBVALORIZADO
Na Depressão periférica Paulista (DDP), áreas úmidas isoladas de água doce são localizadas em colinas suaves e são facilmente reconhecidas da paisagem por conta de suas feições geomorfológicas características. São áreas que correspondem a depressões topográficas, com formas circulares a ovaladas e com regimes de alagamentos temporário, sazonal ou perene. Estudos vem demonstrando sistematicamente a importância ecossistêmica e a integração das áreas úmidas isoladas na paisagem, especialmente controle da hidrologia local e regional através do armazenamento de água superficial, controle na descarga e no fluxo da água superficial e sua importância na recarga direta de aquíferos rasos e profundos No entanto, na DDP esses ecossistemas nunca foram estudados de forma aprofundada. O objetivo deste trabalho é trazer resultados e discussões preliminares acerca da hidrodinâmica subsuperficial de uma das maiores áreas úmidas isoladas da DDP. Foi aplicado o método geofísico da eletrorresistividade para investigar a estrutura do embasamento, do saprólito e da água subterrânea da área úmida, com o objetivo de determinar as relações espaciais entre o meio físico e a hidrodinâmica. A área úmida atua como um baixo topográfico, onde a água superficial é direcionada dos altos topográficos para as vertentes, para posterior armazenamento. A partir dos perfis de eletrorressitividade, é possível observar que o nível aquífero está localizado abaixo das camadas litológicas horizontais (Formações geológicas sedimentares), mas não é possível observar pontos de interação direta entre a água superficial e água subterrânea. Nesse sentido, os únicos pontos possíveis de interação são os locais de rebaixamento topográfico (centro da área úmida).
1760
Conhecimento hidrogeológico voltado a exploração de águas subterrâneas
AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E OS ASPECTOS GEOAMBIENTAIS DO MEIO FISSURAL DE TAUÁ - CEARÁ Autores: Mateus Pinto Araújo, Daniel Chaves Almeida, Carlos Eduardo Maciel Cruz, Juan Álefe Oliveira Sousa, João Wilton Oliveira Eustáquio, Itabaraci Nazareno Cavalcante Palavras-chaves:
SIAGAS
, Aquífero Fissural
, Poços
Resumo
AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E OS ASPECTOS GEOAMBIENTAIS DO MEIO FISSURAL DE TAUÁ - CEARÁ
Este trabalho objetiva traçar uma relação dos dados do SIAGAS (Sistema de Informações de Águas Subterrâneas)/CPRM acerca dos poços do município de Tauá-Ceará, com os aspectos geoambientais. Nesta avaliação utilizamos padrões hidrogeológicos como distribuição dos poços, profundidade, vazão, condutividade hidráulica, coeficiente de armazenamento e retenção específica, relacionando-os com solos, clima, litologia e relevo, para se entender como esses aspectos influenciam nos dados hidrodinâmicos.
Localizado no sudoeste do Ceará, Tauá está a 337 km da capital Fortaleza. Segundo o IPECE (2014), o município possui clima tropical quente semiárido, que em termos pluviométricos é caracterizado por variações pluviométricas sazonais, com 7 a 8 meses secos e um período chuvoso concentrado entre fevereiro e maio que detém cerca de 72% das precipitações anuais, com média pluviométrica anual de 597,2 mm, insolação anual acima de 2.515 horas e índice de aridez de 0,31.
Após obtenção de dados dos poços do SIAGAS, foi feito uma prévia avaliação estatística, visando retirar dados espúrios e anômalos, para a profundidade foram analisados dados de 411 poços, onde obteve-se a média de 59,85 metros, em relação às vazões, foram utilizados 131 poços, onde a mediana das vazões segue um comportamento linear e possui valor aproximado de 2,7 m³/h, apesar de que existem poços com vazões acima de 9.81 m³/h e vazões abaixo de 0,11 m³/h. Para o nível estático (NE) os valores encontrados foram em média de 8.57 m.
1856
Águas subterrâneas e o ambiente urbano
ASPECTOS DA CAPTAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRANEAS NA CIDADE DE MOSSORÓ - RN Autores: Anderson Mikael de Souza Silva, Filipe da Silva Peixoto Palavras-chaves:
Captação
, Usos da água
, Abastecimento hídrico
Resumo
ASPECTOS DA CAPTAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRANEAS NA CIDADE DE MOSSORÓ - RN
Esse estudo realizou uma análise da captação e uso das águas subterrâneas na cidade de Mossoró por meio da pesquisa bibliográfica, informações de banco de dados e pesquisa de campo. Foi elaborado um cadastro de poços com informações úteis para auxiliar na gestão, controle e monitoramento dos pontos de água espalhados na cidade. Como resultado, tem-se uma caracterização do atual cenário da captação e uso das águas subterrâneas na cidade de Mossoró - RN.
1891
Geoquímica e isótopos nas águas subterrâneas
ASSINATURAS NATURAIS E ANTRÓPICAS NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DO SISTEMA AQUÍFERO SERRA GERAL (SASG), BACIA PARANÁ 3, ESTADO DO PARANÁ Autores: Camila de Vasconcelos Müller, Gustavo Barbosa Athayde Palavras-chaves:
SASG
, assinaturas antrópicas
, assinaturas naturais
Resumo
ASSINATURAS NATURAIS E ANTRÓPICAS NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DO SISTEMA AQUÍFERO SERRA GERAL (SASG), BACIA PARANÁ 3, ESTADO DO PARANÁ
A Bacia Paraná 3 é uma bacia hidrográfica com peculiaridades em escalas continentais: drena suas águas para uma das maiores hidroelétricas do mundo (Itaipu Binacional), ser trata da porção com maior potencial de produção dos poços tubulares no Sistema Aquífero Serra Geral (SASG), segundo Athayde et al (2014).
O monitoramento hidroquímico realizado no projeto Hidrosfera compreendeu oito campanhas de amostragem, no período entre abril de 2019 e fevereiro de 2022, em 35 poços tubulares em operação, que captam o Sistema Aquífero Serra Geral, na Bacia Paraná 3 (BP3).
Predominam águas bicarbonatadas cálcicas, fácies com mais sódio, carbonatos, sulfato e pH mais alcalino representam águas com maior tempo de residência no aquífero, e estão associadas à poços tubulares cujos fluxos ocorrem em profundidades maiores que 120 metro. Estas águas apresentam enriquecimento químico em álcalis (Na+ e K+), Cl-, SO42- e F-.
Com relação as assinaturas antrópicas, a detecção de poluentes como: nitrato, nitrito, e micropoluentes como agrotóxicos, indicam que fluidos de superfície, estão presentes em meio subterrâneo, principalmente nos poços onde a circulação das águas ocorre até 50 metros de profundidade.
Estes elementos indesejáveis decorrem do uso e ocupação do solo, onde predominam atividades agrícolas e granjas, cujo aporte de nitrogênio no sistema natural é bastante elevado.
1901
Recarga de Aquíferos
Automatização de metodologias para cálculo indireto da recarga a partir da variação do nível d’água subterrâneo e escoamento de base Autores: Felipe André Ferreira Costa, Caio Augusto Reis Macedo, Rafaela Assunção Gurita, Mateus Laboissiere Mol, Vitor Goulart Henrique Leite Palavras-chaves:
Recarga
, Water-Table Fluctuation
, Escoamento de Base
Resumo
Automatização de metodologias para cálculo indireto da recarga a partir da variação do nível d’água subterrâneo e escoamento de base
Usualmente, a definição, com maior exatidão, da recarga de determinada unidade hidrógeológica não é tarefa fácil, tornando-se, muitas vezes, necessário a aplicação de mais de uma metodologia de cálculo. O presente trabalho apresenta a automatização, via linguagem VBA e fórmulas em Excel, de duas metodologias utilizadas amplamente em estudos hidrogeológicos, são elas: separação de escoamento de base em hidrogramas com frequência de dados mensais, em que a metodologia associa os fluxos superficiais e subterrâneos a equações teóricas da física ondulatória, nas quais as ondas de baixa frequência (menor variação no tempo) representam o fluxo de base, e as ondas de alta frequência (maior variação no tempo) o fluxo superficial, e; a avaliação da variação sazonal do nível d’água pelo método Water-Table Fluctuation – WTF, em que define-se a recarga por meio da análise das flutuações sazonais do nível da água em poços de observação, supondo que o aumento na elevação do lençol freático medido em poços é causado exclusivamente pela adição de recarga natural no aquífero livre. Salienta-se que o segundo método também pode ser utilizado de forma a se definir o armazenamento específico/porosidade efetiva, assumindo-se que a recarga seja conhecida através de outras metodologias. Sendo possível, inclusive, utilizar soluções estatísticas para se definir ambas as informações, contanto que se tenham instrumentos suficientes e representativos para tais cálculos mais robustos. Para ambas as metodologias, as equações utilizadas foram automatizadas, de forma a se calcular a recarga ponto a ponto, para cada ano hidrológico ao longo de toda a série histórica monitorada.
1824
Hidrogeologia dos Aquíferos Brasileiros
AVALIAÇÃO DA ACURÁCIA DE ENSAIOS SLUG-TEST EM AQUÍFERO LIVRE – ESTUDO DE CASO DO CAMPUS DA UFPA EM BELÉM/PA Autores: Giovanni Chaves Penner, Milena Jessica Guimarães Monteiro, André Lima da Costa, Juliana Silva do Nascimento, Paulo Victor Nobre Lopes, Rubens Takeji Aoki Araujo Martins Palavras-chaves:
propriedades hidráulicas
, condutividade hidráulica
, acuracidade
Resumo
AVALIAÇÃO DA ACURÁCIA DE ENSAIOS SLUG-TEST EM AQUÍFERO LIVRE – ESTUDO DE CASO DO CAMPUS DA UFPA EM BELÉM/PA
A condutividade hidráulica K é um parâmetro que indica a facilidade que o aquífero tem de exercer uma função de condutor hidráulico, pode ser determinado por meio de fórmulas, métodos laboratoriais ou ensaios em campo. O presente trabalho visou avaliar a acuracidade dos ensaios de slug test pela metodologia proposta por Chapuis onde é avaliado por gráficos de diagnósticos, em especial o gráfico de velocidade, do qual é extraído o erro sistemático e realizado a correção nos dados do ensaio. Em oito poços de monitoramento instalados no campus da UFPA em Belém foi determinada a condutividade hidráulica do aquífero livre. Os ensaios foram conduzidos com o kit de condutividade hidráulica horizontal composto pelo software Winslug 3.1, transdutor de pressão para acompanhar as variações da coluna d’água dentro do poço, cabo de comunicação com conversor tipo USB-RS485 e tarugo em poliamida desmontável. Com os ensaios realizados, foi determinada a condutividade hidráulica para as metodologias de Hvorslev e Bouwer & Rice, que variaram respectivamente de 2,29 x 10-5 cm/s a 5,51 x 10-3 cm/s e 3,56 x 10-5 cm/s e 1,78 x 10-2 cm/s. Para o presente trabalho, tanto a comparação quanto a verificação da acuracidade dos ensaios, foi considerado o método de Hvorslev por ser o único com ampla documentação na literatura. A verificação da acurácia mostrou uma boa aplicabilidade do método de Chapuis onde foi extraído um erro sistemático Ho entre 2 a 5 cm e realizado a correção dos dados de slug test, distribuindo-se de forma diferente para cada poço de monitoramento. Efetuadas as correções aos dados foi obtido ajuste linear conforme sugerido nos trabalhos de Chapuis e Hvorslev.
1888
Recarga de Aquíferos
Avaliação da Aplicabilidade do Modelo WetSpass para o Cálculo de Recarga em Regiões de Clima Subtropical Úmido Autores: Tamires Nogueira, Lucas Santos de Souza, lorrayne.geo@gmail.com, Ulisses Cyrino Penha, Ana Luiza Soares Viegas Palavras-chaves:
Balanço Hídrico
, Modelo Matemático
, WetSpass
Resumo
Avaliação da Aplicabilidade do Modelo WetSpass para o Cálculo de Recarga em Regiões de Clima Subtropical Úmido
O conhecimento abrangente e detalhado dos recursos hídricos são fatores determinantes para uma gestão com qualidade das águas de uma bacia hidrográfica. O balanço hídrico é uma das ferramentas utilizadas nessa gestão. Existem vários modelos matemáticos para avaliação do balanço hídrico com capacidade de simular recargas espacialmente distribuídas, um deles é o WetSpass-M. Este modelo é capaz de calcular o balanço hídrico de forma simplificada pois possui um menor número de dados de entrada comparado a outros softwares. Porém sua validação e aplicação ocorreu somente em locais de clima árido. Neste contexto, o presente trabalho objetiva avaliar os resultados gerados pelo WetSpass-M na bacia hidrográfica do Ribeirão Mateus Leme, ambiente subtropical úmido, em Minas Gerais, bem como analisar a sensibilidade dos parâmetros de calibração. O método proposto constitui-se de quatro partes, a primeira parte consistiu em um levantamento bibliográfico da sub-bacia estudada e sobre o entendimento acerca da modelagem de balanço hídrico e do código WetSpass-M, a segunda parte consistiu no levantamento de informações sobre os processos físicos, bem como a elaboração dos dados de entrada no modelo, são eles: clima, relevo, geologia, tipo de solo e uso e ocupação do solo da sub-bacia em estudo. A terceira etapa foi realizado a análise de sensibilidade do modelo tendo como objetivo avaliar os parâmetros mais sensíveis. E por fim, a quarta etapa consistiu na calibração do modelo. A partir dos resultados obtidos podemos concluir que, os parâmetros de calibração “a” interception, alfa coeficiente e Soil factor apresentam alta sensibilidade. Quanto a calibração, os valores para cálculo de recarga chegaram a resultados satisfatórios, porém o modelo não conseguiu ajustar um bom resultado para o cálculo do escoamento total.
1838
Investigação, monitoramento e modelagem numérica de águas subterrâneas
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE MODELOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA ESPACIALIZAÇÃO DO NÍVEL ESTÁTICO MÉDIO NO AQUÍFERO BAURU-CAIUÁ, BRASIL Autores: Clyvihk Renna Camacho, Laiz Maria Gonçalves Falcão, Júlia Beatriz Rezende Reis, Clarice Grossi de Oliveira Gomes, Paulo Galvão, Otto Correa Rotuno Filho Palavras-chaves:
Inteligência Artificial
, Bauru-Caiua
, Deep Learning
, SIAGAS
, Nível Estático
Resumo
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE MODELOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA ESPACIALIZAÇÃO DO NÍVEL ESTÁTICO MÉDIO NO AQUÍFERO BAURU-CAIUÁ, BRASIL
Diversas áreas da ciência tem se beneficiado da grande capacidade de previsão de modelos de Inteligência Artificial (IA); contudo, a IA ainda tem sua utilização limitada no estudo de águas subterrâneas, com menos de 200 trabalhos publicados nos últimos vinte anos. Com o avanço de modelos de IA, surgiram os modelos de aprendizado profundo de máquina (deep learning - DL) que são métodos de aprendizagem por representação com vários níveis. Com capacidade para aproximar valores da variação de níveis estáticos ou dinâmicos com grande precisão, os métodos de DL são utilizados para prever o comportamento das águas subterrâneas em diversas partes do mundo, já apresentando superioridade frente a modelos numéricos tradicionais em diversas aplicações. No estudo de grandes aquíferos, a aproximação do nível estático (NE) médio é um grande desafio, visto que o reconhecimento hidrogeológico dessas áreas é feito a partir de redes de monitoramento esparsas ou mesmo estudos pontuais, o que não proporciona uma continuidade lateral para as observações de NE. O Aquífero Bauru-Caiuá se enquadra nessa situação; com área total de mais de 370.000 km2, possui cerca de 80.000 poços cadastrados no SIAGAS, mas sem uma sistematização para a aproximação do NE por todo o aquífero. Um modelo baseado em IA foi construído para testar a capacidade em espacializar o NE médio do Aquífero Bauru-Caiuá utilizando dados do SRTM, dados obtidos do Mapa Hidrogeológico do Brasil e dados do SIAGAS. Para o aquífero Bauru os resultados apontam boa aproximação dos valores de NE a partir dos dados de entrada, com valores de MAE = 5,7 m; RMSE = 10,8 m e NSE = 0,75. No aquífero Caiuá os resultados foram MAE = 4,4 m; RMSE = 7,8 m e NSE = 0,81. Demonstrando a grande capacidade de modelos de IA em aplicações na hidrogeologia.
1738
Geoquímica e isótopos nas águas subterrâneas
AVALIAÇÃO DA INTERFERÊNCIA DA DISPOSIÇÃO DE REJEITO NAS CAVAS PERIQUITO E ONÇA SOBRE A QUALIDADE DAS ÁGUAS DOS POÇOS DE REBAIXAMENTO – COMPLEXO ITABIRA, MG. Autores: Thiago Andre Manzini, Thiago Elias Ramos Bonis Silva, Marcelo Sousa Bastos de Moraes, Gerson Luiz Dias da Rocha Junior, José Aureliano de Oliveira Neto, Alex Sandro Cota da Silva Palavras-chaves:
rejeito
, qualidade
, água subterrânea
Resumo
AVALIAÇÃO DA INTERFERÊNCIA DA DISPOSIÇÃO DE REJEITO NAS CAVAS PERIQUITO E ONÇA SOBRE A QUALIDADE DAS ÁGUAS DOS POÇOS DE REBAIXAMENTO – COMPLEXO ITABIRA, MG.
O beneficiamento do minério de ferro envolve a produção de grandes quantidades de rejeitos, normalmente dispostos em barragens. Porém, com o passar do tempo e o aumento da produção nas plantas de beneficiamento, os locais para instalação de novas barragens tornaram-se mais escassos. Uma alternativa para disposição de rejeitos corresponde à disposição em cavas exauridas ou ainda em cavas com potencial de produção, como é o caso das cavas Periquito e Onça, no Complexo Itabira, cuja disposição teve início em março/2020 e finalizada em maio/2021, atingindo as cotas 741m e 743m, respectivamente.
Para o acompanhamento da qualidade das águas subterrâneas no entorno destas cavas, a Vale realiza o monitoramento periódico mensal e sistemático das águas dos poços de rebaixamento e dos lagos formados pela disposição de rejeitos. Adicionalmente, em julho/2021 foi também realizada uma campanha de caracterização isotópica, com a análise dos isótopos estáveis Deutério (D) e Oxigênio-18 (18O). Os resultados até então obtidos indicam que alguns dos poços de rebaixamento apresentam interconexão hidráulica com os lagos das cavas, resultando em alterações nas relações iônicas entre os cátions e ânions principais, porém, sem alterações significativas nas concentrações de Ferro e Manganês, principais metais constituintes dos rejeitos.
1784
Águas subterrâneas e o ambiente urbano
AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE NITRITO EM ÁGUA SUBTERRÂNEA NA BACIA HIDROGRÁFICA DOS IGARAPÉS TRAÍRA E CORBÉLIA - ARIQUEMES - RO Autores: Angelita Chaparini, Felipe Cordeiro de Lima, Driano Rezende Palavras-chaves:
Saneamento
, Manancial
, Nitrito
Resumo
AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE NITRITO EM ÁGUA SUBTERRÂNEA NA BACIA HIDROGRÁFICA DOS IGARAPÉS TRAÍRA E CORBÉLIA - ARIQUEMES - RO
As águas subterrâneas são parte importante do ciclo hidrológico. Elas se originam da chuva, que se infiltram no solo e nas rochas, preenchendo os poros, rachaduras e outros espaços abertos sob a superfície da terra (NIEMEYER, 2012). A reduzida abrangência da coleta de esgoto determina que o principal tipo de poluição ou contaminação identificada na captação de água doce tenha sido exatamente por esgoto sanitário. Uma das causas é a falta de investimento no setor de saneamento básico, o que compromete a qualidade da água distribuída e a eficiência da rede de distribuição, com prejuízos ao meio ambiente e à saúde pública (IBGE, 2021). Campos et al. (2002), afirmam em seu estudo que uma das grandes preocupações levantadas durante os trabalhos na área urbana de Ariquemes é que, embora, se dê uma grande importância para a água subterrânea no abastecimento público, há a ausência total de rede de esgotamento sanitário. Diante desses aspectos, essa pesquisa irá levantar dados quanto a possíveis alterações por Nitrito no manancial de água subterrânea da bacia hidrográfica dos Igarapés Traíra e Corbélia, com característica de aquífero livre, levando em consideração que a falta de coleta de esgotos e a precária distribuição de água na região pode afetar a saúde humana de maneira significativa.
1825
Águas subterrâneas e abastecimento público
Avaliação da qualidade química de águas subterrâneas na calha do Rio Negro - AM Autores: Lucindo Antunes Fernandes Neto, Ingo Daniel Wahnfried Palavras-chaves:
Contaminação geogênica
, Contaminação antrópica
, Abastecimento público
Resumo
Avaliação da qualidade química de águas subterrâneas na calha do Rio Negro - AM
A Amazônia possui uma gigantesca rede hidrográfica. Entretanto, a maior parte das sedes municipais obtêm água a partir de poços tubulares, o que também ocorre em muitas comunidades ribeirinhas. Sem o estudo da qualidade química e, consequentemente, da potabilidade de suas águas, estes ribeirinhos podem ficar expostos a doenças de veiculação hídrica. A região amazônica possui áreas com alta probabilidade de contaminação geogênica em águas subterrâneas, já atestada em trabalhos realizados nos rios Solimões e Madeira, mas sem levantamentos sistemáticos feitos no rio Negro. O objetivo deste projeto foi analisar a qualidade química da água de poços localizados ao longo da calha do rio Negro, relacionando está com a geologia da região. Foram coletadas amostras de água de 21 poços e 4 nascentes, todos utilizados como fonte de água para consumo humano. Em campo, foram medidos os parâmetros físico-químicos das águas e foram feitos os testes de alcalinidade nas amostras. Os cátions foram analisados no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e os ânions no Laboratório de Análises Minerais (LAMIN), do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Dos 25 pontos de amostragem, 17 apresentaram contaminações por As, Mn, Al, Pb e Fe em concentrações acima do valor máximo permitido (VMP) para água potável, que podem ser de origem geogênica. Houve ocorrência de NO3- em 17 pontos, sendo uma acima de VMP, e 16 abaixo de VMP e acima uma concentração que pode ser considerada natural, indicando a ocorrência de contaminação antrópica. Fica evidente que há frequente alteração da qualidade química das águas subterrâneas da região da Bacia do rio Negro. Sabendo dos riscos que esses contaminantes apresentam para a saúde humana, é necessário tanto oferecer fontes seguras de abastecimento para a população, quanto investigar com mais detalhes as origens das contaminações.
1762
Águas Subterrâneas na Política e Governança dos Recursos Hídricos
AVALIAÇÃO DAS OUTORGAS DEFERIDAS PARA AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA BACIA DO RIO PARAOPEBA-MG E SUA ESPACIALIZAÇÃO EM RELAÇÃO AOS DOMÍNIOS HIDROGEOLÓGICOS Autores: Alisson Pietro Santos Duarte, Eduardo Nogueira Gomes Rios, José Augusto Costa Gonçalves, Ana Carolina Vasques Freitas Palavras-chaves:
Outorga
, Bacia Hidrográfica
, Hidrogeologia
Resumo
AVALIAÇÃO DAS OUTORGAS DEFERIDAS PARA AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA BACIA DO RIO PARAOPEBA-MG E SUA ESPACIALIZAÇÃO EM RELAÇÃO AOS DOMÍNIOS HIDROGEOLÓGICOS
A Política Nacional de Recursos Hídricos se apoia em cinco instrumentos para a gestão e regulação dos recursos hídricos. Dentre estes, pode-se destacar a outorga, que tem o papel de assegurar aos usuários o direito pelo uso das águas superficiais e subterrâneas. A área de estudos do presente trabalho é a Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba, que ganhou destaque mundial em 2019, após o rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão, no município de Brumadinho, Minas Gerais. A bacia encontra-se inserida na porção meridional do Cráton do São Francisco. A porção central da bacia é de idade predominantemente arqueana, onde se encontram suas principais unidades litoestratigráficas: o Complexo Belo Horizonte e o Complexo do Bonfim. O domínio Cristalino ocupa grande parte da área da bacia, compõe aquíferos de regime fissural, com litologias diversas, descritas no decorrer do trabalho. Os Carbonatos-Metacarbonatos ocorrem em pequenas porções da área e caracterizam um domínio cárstico fissural. As Formações Cenozoicas incluem desde depósitos de aluvião a depósitos com predomínio das frações granulométricas silte e argila. Estes depósitos de finos podem atuar como aquitardos, pois apesar da natureza semipermeável, possuem baixa transmissividade. A quantificação de determinados parâmetros referentes às outorgas pelo uso das águas subterrâneas permite identificar a forma como estas vêm sendo geridas, sob diferentes formas de uso. O trabalho apresenta uma breve discussão a respeito da média das vazões outorgadas entre os anos de 2002 a 2021, bem como a quantificação das vazões em diferentes intervalos. O tempo de captação foi analisado no intuito de identificar o número de horas concedidas aos usuários e quantificar os intervalos predominantes. As principais finalidades de uso das águas subterrâneas na Bacia do Rio Paraopeba foram identificadas e quantificadas, de forma a evidenciar as maiores demandas para o uso destas na referida bacia.
1767
Águas subterrâneas e o ambiente urbano
AVALIAÇÃO DAS OUTORGAS E VOLUMES DE ÁGUA CAPTADOS NO ENTORNO DE POSTOS DE COMBUSTÍVEIS NA BACIA DO RIO PIRACICABA, MG Autores: Carolina Barcelos Silva de Andrade, Maíra Moreira Morais, José Augusto Costa Gonçalves Palavras-chaves:
BTEX
, Hidrocarbonetos de Petróleo
, Água Subterrânea
Resumo
AVALIAÇÃO DAS OUTORGAS E VOLUMES DE ÁGUA CAPTADOS NO ENTORNO DE POSTOS DE COMBUSTÍVEIS NA BACIA DO RIO PIRACICABA, MG
Os postos revendedores de combustíveis são empreendimentos com grande potencial de contaminação ambiental e muitas dessas contaminações ocorrerem de forma silenciosa e contínua. Os Hidrocarbonetos de Petróleo (HP) originados dessa contaminação atingem recursos hídricos e alimentos consumidos pelo ser humano. Este trabalho objetiva: i) avaliar possíveis correlações das localizações dos postos de combustíveis e as outorgas de captação da água para consumo humano na circunscrição hidrográfica do Rio Piracicaba; ii) avaliar o volume de água captado em diferentes buffers de risco de contaminação por HP. A localização dos postos foi georreferenciada através do software Arcgis 10.1 e foram criadas circunferências, chamadas nesse trabalho de buffers de risco de contaminação dos locais de captação de água para consumo humano, sendo eles de 40, 100, 150, 300 e 500 metros. No entorno dos empreendimentos, foram observados 438 registros de outorgas de uso da água distribuídas em pelo menos um dos buffers de seu entorno, sendo 372 desses registros de outorgas subterrâneas e 66 registros superficiais. As 372 outorgas de uso da água tem uma média de 6,8 m³/dia de captação, sendo 96 delas igual ou inferior a 1 m³/dia, ou seja, menos de 25% das outorgas de uso da água subterrânea correspondem à captação de baixo volume, para provável abastecimento de uma única residência. As outorgas com captação entre 1,01 e 10 m³/dia são mais representativas na amostra, correspondendo a 262 registros, demonstrando que a captação de água identificada nas proximidades dos postos de combustíveis é distribuída, muito provavelmente, para várias residências. Além disso, 34 outorgas tem captação acima de 10 m³/dia, havendo, entre elas, captações de abastecimento público e de condomínios que atingem 100m³/dia. Sugere-se aos órgãos competentes análises rotineiras das captações de água para consumo humano identificadas nessa amostragem para avaliar a presença de HP garantindo maior segurança da população.
1798
Hidrogeologia dos Aquíferos Brasileiros
AVALIAÇÃO DA VARIAÇÃO DE NÍVEIS DA ÁGUA EM POÇOS DO SISTEMA AQUÍFERO COSTEIRO LOCALIZADOS NA PLANÍCIE COSTEIRA DO RIO GRANDE DO SUL Autores: Fernando Schuh Rörig, Pedro Antônio Roehe Reginato Palavras-chaves:
Variaçao do nível d'água
, Aquífero costeiro
, Tempo de resposta
Resumo
AVALIAÇÃO DA VARIAÇÃO DE NÍVEIS DA ÁGUA EM POÇOS DO SISTEMA AQUÍFERO COSTEIRO LOCALIZADOS NA PLANÍCIE COSTEIRA DO RIO GRANDE DO SUL
Localizado na planície costeira do Rio Grande do Sul, o Sistema Aquífero Costeiro (SAC) é de grande importância para os usos múltiplos na região e abrange camadas aquíferas compostas predominantemente por areias finas e médias intercaladas por camadas finas de argilas. Esse trabalho analisa a variação do nível d’água no SAC e sua interação com a precipitação, através de poços de monitoramento da rede RIMAS/CPRM, para avaliar o comportamento dos aquíferos e da recarga subterrânea. Foram selecionados dois poços de monitoramento, em Xangri-lá e Osório, com dados de nível entre 2016 e 2019, e foram obtidos dados de precipitação de estações pluviométricas da RHN próximas aos poços. Como método, utilizou-se correlação cruzada, que mede o grau de correlação entre séries de entrada e saída deslocadas no tempo. Assim, avaliou-se o tempo de resposta médio da variação dos níveis em relação à precipitação, entendido como o tempo para o máximo absoluto da função de correlação cruzada. O poço de Xangri-lá, com níveis d’água bastante variáveis (aumentos médios de nível em torno de 0,14 m/dia), apresentou um tempo médio de resposta instantâneo (pico de r = -0,32 para t = 0). O poço de Osório, com níveis d’água com variações menos intensas (aumentos médios diários de 0,02 m/dia), apresentou baixa relação entre níveis e a precipitação (único valor significativo de r = -0,06 para t = 15 dias). Desse modo, indica-se que a recarga subterrânea ocorre de maneira mais rápida do poço de Xangri-lá, como resposta aos eventos diários de precipitação, enquanto no poço de Osório, há indícios de uma recarga com ocorrência mais lenta e gradual. Essa diferenciação, associada a vários fatores, como as condições de solo, litologia e configuração dos poços, contribuem para a compreensão das dinâmicas presentes nas unidades aquíferas da região costeira do RS.
1899
Investigação, monitoramento e modelagem numérica de águas subterrâneas
Avaliação de monitoramento de qualidade de água superficial e subterrânea com a aplicação de PowerBI Autores: Vitor Goulart Henrique Leite, Rafaela Assunção Gurita, Felipe André Ferreira Costa, Mateus Laboissiere Mol, Eduardo Cimino Cervi, Henrique Guerzoni, Antônio Freitas Palavras-chaves:
PowerBI
, Hidrogeoquímica
, Monitoramento ambiental
, Inovação
, Bancos de dados
Resumo
Avaliação de monitoramento de qualidade de água superficial e subterrânea com a aplicação de PowerBI
O monitoramento de água subterrânea é um dos aspectos chaves para garantir a sustentabilidade de ambientas naturais próximos à áreas de mineração e de complexos industriais. A investigação técnica do monitoramento de dados pode ser desafiadora dada a proporção de grandes bancos de dados que podem ser gerados, e ferramentas que possam organizar e facilitar a visualização de informações é crucial a tomada de decisões. Programação em VBA, e planilhas em Excel podem consumir muito tempo, e o PowerBI utiliza os mesmos princípios organizacionais de bancos de dados, entretanto, possui uma interface mais intuitiva e um processamento mais rápido. Ainda, fornece maior acessibilidade e ferramentas de visualização melhoradas, o que pode fornecer ao cliente produtos customizados, sem a necessidade de conhecimentos aprofundados sobre o uso do software para a navegação nas “templates” geradas. A Golder/WSP Brasil desenvolveu interfaces em PowerBI para avaliação do monitoramento de qualidade de água subterrânea e superficial para a aplicação em projetos com demandas específicas. Uma das aplicações mais recentes de PowerBI desenvolvida pela Golder/WSP envolve o desenvolvimento de uma interface para um grande banco de dados de qualidade de água subterrânea de um complexo industrial brasileiro, que auxiliou a investigação da migração de contaminantes do local, e o potencial impacto na bacia hidrográfica regional. Essas interfaces em PowerBI se provaram uma maneira confiável e eficiente de avaliar grandes bancos de dados, com a possibilidade de selecionar e combinar rapidamente dados de diferentes fontes, para oferecer suporte em uma vasta gama de avaliações, incluindo a identificação de tendências espaciais e temporais, a interdependência entre variáveis e as prioridades para o controle e manejo ambiental.
1883
Geoquímica e isótopos nas águas subterrâneas
AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS E TEORES DE METAIS PESADOS EM ÁGUA SUBTERRÂNEA DE POÇO COMUNITÁRIO DO MUNICÍPIO DE SOLEDADE, NA REGIÃO DO CURIMATAÚ PARAIBANO Autores: Cailane Barbosa Gomes Guerra, Pedro Lucas Nunes da Silveira, Josenildo Isidro dos Santos Filho, Edmilson Dantas da Silva Filho, Francisco de Assis da Silveira Gonzaga Palavras-chaves:
águas subterrâneas
, metais pesados
, salinidade
Resumo
AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS E TEORES DE METAIS PESADOS EM ÁGUA SUBTERRÂNEA DE POÇO COMUNITÁRIO DO MUNICÍPIO DE SOLEDADE, NA REGIÃO DO CURIMATAÚ PARAIBANO
A diversificação do uso das águas subterrâneas é crescente e, com isso, acrescenta a importância da qualidade dessas águas. Entretanto, essa diversificação no uso da água, quando alcançada de forma inadequada, gera alterações na qualidade da mesma, danificando os recursos hídricos e por consequência seus usos para os diversos fins. São nos terrenos cristalinos do Semiárido nordestino que a elevada salinidade das águas subterrâneas está associada com a baixa pluviometria, de forma que, os sais transportados pela chuva são acumulados no solo e não são lixiviados. Com base na necessidade de avaliação da poluição das águas subterrâneas e o nível de salinização dessas águas foram desenvolvidos estudos físico-químicos para determinação das propriedades da água de um poço comunitário na área urbana de Soledade/PB.
1855
Poluição, remediação e gerenciamento de águas subterrâneas
Avaliação e proposta de recuperação de uma nascente degradada por mau uso do solo, Santo Hipólito - MG Autores: Natália Lessa Chaves, Mariangela Garcia Praça Leite, Maria Augusta Gonçalves Fujaco Palavras-chaves:
Nascentes
, Serviços ambientais
, Ciclo hídrico
Resumo
Avaliação e proposta de recuperação de uma nascente degradada por mau uso do solo, Santo Hipólito - MG
A contribuição de microbacias para a disponibilidade de água com qualidade e a quantidade necessárias ao abastecimento de populações rurais é indiscutível. Isso é especialmente verdadeiro para microbacias com nascentes degradadas em áreas kársticas. O cercamento de nascentes nestas áreas tem o potencial de mudar substancialmente a qualidade e a quantidade de águas de microbacias tropicais. Este é o caso do local deste estudo, localizada sobre rochas do Grupo Bambuí, no Município de Santo Hipólito-MG. Para se avaliarem os serviços ambientais dessa microbacia, foram monitoradas a vazão de seu córrego principal ao longo de 12 meses, assim como a qualidade de suas águas superficiais, e de subsuperfície. Um lisímetro, foi instalado especialmente para este estudo. Foram coletadas 115 amostras, sendo 81 em três pontos ao longo do córrego, 9 no lisímetro, 22 em um poço artesiano e 3 da chuva analisadas em um ICP-OES. Apesar de fornecer um volume de água compatível com outras microbacias semelhantes (média de 3,6 x 10-5 m3/s) e apresentar águas superficiais tipo 1 (Resolução CONAMA 357), provavelmente reflexos do cercamento de sua nascente, o aquífero que abastece a microbacia apresenta fortes indícios de contaminação por atividades antrópicas, com elevadas concentrações de nitrato e de fósforo total. Os resultados mostram o potencial de contaminação de aquíferos kásrticos, apontando para a necessidade do contínuo monitoramento de águas subterrâneas em bacias hidrográficas sobre rochas calcáreas que apresentem atividades agropastoris.
1763
Recarga de Aquíferos
AVALIAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DA RECARGA POTENCIAL EM AQUÍFEROS NÃO CONFINADOS Autores: Lucas Vituri Santarosa, Guilherme Vituri Fernandes Pinto, Eduardo Marcel Lazzarotto, Didier Gastmans, Pedro de Medeiros Correia, Marcelo Donadelli Sacchi, José Cláudio Viégas Campos Palavras-chaves:
Recarga de aquífero
, Método SCS
, Aquíferos não confinados
Resumo
AVALIAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DA RECARGA POTENCIAL EM AQUÍFEROS NÃO CONFINADOS
Os recursos hídricos subterrâneos são limitados e estão diminuindo em qualidade e quantidade devido à contaminação e impactos das mudanças climáticas. Esta situação somada a um contexto de demanda crescente torna a gestão dos recursos hídricos subterrâneos uma tarefa desafiadora. Os métodos de estimativa de recarga são fundamentais para definir os volumes que ingressam e que podem ser extraídos nos aquíferos. Portanto, este estudo pretende avaliar o alcance da utilização de bases de dados de sensores remotos e técnicas de geoprocessamento para estimar a recarga potencial (SR) em larga escala espacial (~116.000 km²) e temporal (~20 anos), validado por método convencional (WTF). A área de estudo proporciona a avaliação da recarga em aquíferos não confinados, os Sistema Aquífero Guarani (SAG) e o Bauru (SAB) no estado de São Paulo. Os resultados da recarga potencial para o método SR estimaram a variação espacial e temporal da recarga de 50 a 800 mm, com média de 327±150. Para o método WTF, estimado em 17 poços entre os anos de 2010 e 2019, a média foi de 236±88 mm. Os valores médios anuais para os dois métodos mostram semelhança entre os anos de 2010 e 2019. O método SR alcançou seu objetivo principal de estimar a probabilidade de recarga por meio de interações de superfície, utilizando variáveis climatológicas e das características das camadas superficial (características hidrológicas e cobertura dos solos). O método apresenta limitação para descrever a recarga a nível de substrato geológico, algo que o método WTF faz muito bem, entretanto, o sucesso da estimativa de recarga real obtida pelo WTF despende de boas estimativas da produtividade efetiva (Sy). Portanto, estimar a recarga potencial pelo método SR apresenta grande vantagem ao ampliar a capacidade de análise espacial e temporal da recarga potencial.
1741
Águas subterrâneas e abastecimento público
AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA, MICROBIOLÓGICA E PARASITOLÓGICA DA ÁGUA SUBTERRÂNEA EM UM MUNICÍPIO DA MESORREGIÃO DO SUDESTE PARAENSE – BRASIL Autores: EDUARDA SOUSA ARAGÃO, LUCIANA MENDES FERNANDES, ODILÉIA RODRIGUES DA IGREJA, ROSIETE LOPES RIBEIRO, WERLEY WIRLON VIANA LOUZADA, Mary Helen Pestana da Costa Palavras-chaves:
Água Subterrânea
, Avaliação
, Qualidade
Resumo
AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA, MICROBIOLÓGICA E PARASITOLÓGICA DA ÁGUA SUBTERRÂNEA EM UM MUNICÍPIO DA MESORREGIÃO DO SUDESTE PARAENSE – BRASIL
A água é essencial para a manutenção e desenvolvimento da vida. Um método eficiente para assegurar sua qualidade para consumo consiste em evitar contaminações de dejetos animais e humanos, os quais podem conter uma grande variedade de bactérias, vírus, protozoários e helmintos. Falhas no tratamento e proteção efetivos expõem a comunidade ao risco no desenvolvimento de doenças intestinais, bem como outras doenças infecciosas. O presente estudo, teve por objetivo avaliar a qualidade físico-química, microbiológica e parasitológica da água subterrânea em um bairro do município de Tucuruí, Mesorregião Sudeste do Pará. O bairro Pimental foi escolhido devido à maior parte do abastecimento de água do bairro ser obtida através de poços tubulares. Para a realização do estudo foram coletadas 17 amostras no mês de janeiro/2020. Para as análises parasitológicas e bacteriológicas foram coletadas, respectivamente, 2L e 100mL de amostras de água em frascos estéreis e, posteriormente encaminhadas para análise em laboratório. A pesquisa de coliformes totais, fecais e E.coli, foi realizada através da técnica do COLITEST®, um substrato cromogênio e fluoro gênico para detecção simultânea dos dois grupos de coliformes. A pesquisa de parasitas na água foi realizada pelo método de Hoffman, Pons e Janer, de sedimentação espontânea (NEVES et al, 2003). Foram coletados 250mL de água nos poços para análise dos seguintes parâmetros físico-químicos: alcalinidade, cloreto, cor, condutividade, dureza total, ph e turbidez. Para todas as análises físico-químicas foi utilizado o método de STANDARD METHODS (2011). As análises realizadas para a determinação de ovos de helmintos e cistos de protozoários mostraram que a infiltração no solo é muito baixa. Porém, no que se refere ao grupo de termotolerantes a maioria das amostras apresentou-se em desacordo com a legislação.
1882
Geoquímica e isótopos nas águas subterrâneas
AVALIAÇÃO HIDROGEOLÓGICA E QUÍMICA DE POÇOS TUBULARES CONSTRUÍDOS NO MUNICÍPIO DE CONGO-PB Autores: Josenildo Isidro dos Santos Filho, Francisco de Assis da Silveira Gonzaga, Edmilson Dantas da Silva Filho, Pedro Lucas Nunes da Silveira, Cailane Barbosa Gomes Guerra, Wilalba Leite De Andrade Palavras-chaves:
Aquífero cristalino
, Congo
, Cariri Paraibano
Resumo
AVALIAÇÃO HIDROGEOLÓGICA E QUÍMICA DE POÇOS TUBULARES CONSTRUÍDOS NO MUNICÍPIO DE CONGO-PB
A cidade do Congo faz parte da região semiárida do Nordeste Brasileiro, tendo problemas significativos com a quantidade, qualidade e distribuição das águas subterrâneas. Nesse contexto, esse trabalho teve como objetivo analisar a qualidade físico-química das águas de poços tubulares da região e sua relação com as rochas cristalinas (migmatito e gnaisse) encontradas nessa região.
1809
Hidrogeologia dos Aquíferos Brasileiros
AVALIAÇÃO HIDROQUÍMICA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DOS SISTEMAS AQUÍFEROS GUARANI, BAURU E SERRA GERAL NA BACIA HIDROGRÁFICA DO BAIXO PARDO-GRANDE (UGRHI-12) Autores: Ariane Penteado Constantino, Didier Gastmans, Carolina Stager Quaggio, Hélio Correio da Silva Júnior, Bruno Henrique Valdambrini Vieira, Edson Wendland, Lia Nogueira Garpelli, Amanda Rodrigues Soares, Pedro de Medeiros Correia, Leandro Torelli Palavras-chaves:
Água subterrânea
, Hidroquímica
, UGRHI-12
Resumo
AVALIAÇÃO HIDROQUÍMICA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DOS SISTEMAS AQUÍFEROS GUARANI, BAURU E SERRA GERAL NA BACIA HIDROGRÁFICA DO BAIXO PARDO-GRANDE (UGRHI-12)
A Bacia do Baixo Pardo-Grande (UGRHI-12) está em um crescente desenvolvimento econômico agroindustrial, o que acarretou em uma maior utilização dos recursos hídricos subterrâneos para a irrigação das culturas presentes na região. Esse cenário de exploração excessiva está relacionado aos três principais sistemas aquíferos que ocorrem na Bacia: Bauru, Serra Geral e Guarani, sendo este último o de maior atenção. O presente projeto tem como objetivo principal o estudo hidroquímicos das águas subterrâneas da UGHRI 12, buscando realizar o mapeamento da distribuição espacial das fácies hidroquímicas com base em dados hidroquímicos, como já aventado em estudos anteriores. O tratamento dos dados foi realizado por meio de diagramas hidroquímicos, como o Diagrama de Piper e de Stiff, a fim de se obter as razões hidroquímicas e distribuição de fácies hidroquímicas. Este trabalho ajudará a fornecer informações para os gestores e tomadores de decisão sobre o uso e qualidade das águas subterrâneas da região, possibilitando a adoção de medidas racionais para a utilização desse recurso.
1852
Águas Subterrâneas na Política e Governança dos Recursos Hídricos
AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DAS OUTORGAS DEFERIDAS NOS MUNICÍPIOS ATINGIDOS PELO ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE MARIANA NO ESTADO DE MINAS GERAIS Autores: Eduardo Nogueira Gomes Rios, Alisson Pietro Santos Duarte, José Augusto Costa Gonçalves, Ana Carolina Vasques Freitas Palavras-chaves:
Desastre Ambiental
, Águas Subterrâneas
, Gestão de Recursos Hídricos
Resumo
AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DAS OUTORGAS DEFERIDAS NOS MUNICÍPIOS ATINGIDOS PELO ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE MARIANA NO ESTADO DE MINAS GERAIS
O Estado de Minas Gerais vem sendo marcado pelos desastres ambientais na mineração, diante dos rompimentos de barragens ocorridos nas últimas décadas. Podem-se destacar os acidentes ocorridos em Itabirito (1986), Cataguases (2003), Mariana (2015) e Brumadinho (2019). O trabalho destaca o acidente ocorrido em Mariana, na mina de Fundão, considerado o maior desastre ambiental da história do Brasil. O acidente impactou fortemente os ecossistemas em águas continentais e marinhas, visto que os rejeitos alcançaram 46 municípios, sendo 36 no Estado de Minas Gerais e 10 no Espírito Santo. O objetivo principal deste trabalho é analisar quantitativamente as outorgas deferidas para o uso das águas subterrâneas, anteriormente e após o acidente, nos municípios atingidos no Estado de Minas Gerais. A interrupção da captação de águas nos trechos atingidos pelos rejeitos da mineradora, sobretudo no Rio Doce, levou os usuários a buscarem fontes alternativas para captação de água. Este fato culminou em um aumento significativo do número de outorgas deferidas para estes municípios após o rompimento da barragem. Foram quantificados alguns parâmetros para os processos deferidos para o uso de águas subterrâneas nos municípios atingidos, após o rompimento, incluindo as porcentagens de cada modo dos recursos hídricos e suas finalidades. Foram avaliadas as porcentagens de processos deferidos para os municípios atingidos, setorizados pelas circunscrições hidrográficas, apresentando-se as vazões médias em cada uma delas para os processos considerados. As análises quantitativas das outorgas deferidas evidenciam a busca dos usuários por fontes alternativas, capazes de suprir suas demandas. Novos estudos são sugeridos no intuito de avaliar o comportamento hidrológico em cada circunscrição hidrográfica, indicando se a explotação de água dos aquíferos subterrâneos está causando ou não oscilações significativas nos níveis de água subterrâneos e perturbações no ciclo hidrológico das bacias hidrográficas atingidas pelos rejeitos da barragem de Mariana.
1792
Águas Subterrâneas na Política e Governança dos Recursos Hídricos
AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DAS OUTORGAS EMITIDAS PARA ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO MUNICÍPIO DE UBERABA-MG Autores: Joice Rodrigues da Cunha, Gislene da Conceição Marcelino, Eliane Maria Vieira, José Augusto Costa Gonçalves Palavras-chaves:
Outorga
, Água Subterrânea
, Uberaba
Resumo
AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DAS OUTORGAS EMITIDAS PARA ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO MUNICÍPIO DE UBERABA-MG
As variações climáticas e degradação das áreas de contribuição das bacias impactam na qualidade e na quantidade de água disponível. Nesse sentido, a outorga de direito de uso de recursos hídricos constitui-se em ferramenta de grande relevância para assegurar a vazão mínima dos mananciais. Nesse contexto, o município de Uberaba, localizado na porção oeste do estado de Minas Gerais, tem como principal manancial de abastecimento o rio Uberaba, mas diante dos sinais de insuficiência para atender a demanda utiliza água subterrânea para complementar o volume necessário. O município encontra-se sob três importantes sistemas aquíferos: Bauru, Serra Geral e Guarani Considerando-se o total de outorgas deferidas no período de 2004 a 2021, observa-se que as principais finalidades de utilização da água subterrânea concentram-se no consumo humano (81,90% e 88,28%), seguido por irrigação (5,23% e 4,95%) e consumo industrial (2,95% e 0,78%).Considerando o fundamento da preservação do uso múltiplo das águas, a análise quantitativa de captações subterrâneas torna-se ferramenta essencial para a gestão de recursos hídricos e tomada de decisões com a finalidade de prevenir conflitos pelo uso da água ou crise hídrica.
1800
Águas subterrâneas e o ambiente urbano
AVALIAÇÃO SAZONAL DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO ATERRO SANITÁRIO DE BELO HORIZONTE, MG Autores: JULIA RODRIGUES BARROSO COELHO, Cícero Antonio Antunes Catapreta, Valéria Cristina Palmeira Zago Palavras-chaves:
Águas Subterrâneas
, Aterros Sanitários
, Monitoramento
, Resíduos Sólidos
Resumo
AVALIAÇÃO SAZONAL DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO ATERRO SANITÁRIO DE BELO HORIZONTE, MG
A qualidade das águas subterrâneas nas áreas onde se encontram implantados aterros sanitários deve ser analisada constantemente, sendo necessário que esses empreendimentos possuam um programa de monitoramento, para assegurar um bom acompanhamento do desempenho ambiental desses aterros. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo analisar a qualidade das águas subterrâneas na área de influência do aterro sanitário de Belo Horizonte, onde foram dispostas cerca de 23Mt de RSU, para verificar se existe influência do regime de chuvas a região e a possibilidade da contaminação destas águas devido à presença do aterro. Nesse trabalho foi analisada a qualidade das águas subterrâneas em 9 poços de monitoramento, distribuídos no entorno do aterro, sendo considerado o período compreendendo os últimos 5 anos, entre 2017 e 2021, e foram analisados os parâmetros DBO, DQO, turbidez, coliformes totais, série nitrogenada, pH, alcalinidade, eh e série de sólidos. Também foram analisados o nível d’água dos poços e sua relação com as precipitações pluviométricas. Em relação aos resultados, nota-se que há uma tendência do nível d’água nos poços estes ficar mais profundo com o tempo, independentemente da estação do ano em que foi realizada a coleta. A baixa variação no nível dos poços se deve, provavelmente, à camada espessa de RSU aterrados no local, dificultando a recarga do lençol freático ou à baixa permeabilidade natural do solo local (10-5 cm/s). Os resultados também indicaram que a qualidade das águas subterrâneas nessa região possui pouca influência do aterro sanitário e das precipitações pluviométricas, à exceção da série sólidos e turbidez, onde pode-se perceber que no período chuvoso a concentração desses parâmetros aumenta. Apesar disto, o monitoramento realizado, demonstra a importância da realização contínua deste ao longo do tempo, já que os contaminantes presentes nessas áreas de disposição final de RSU geralmente possuem um longo período de estabilização.
1724
Conhecimento hidrogeológico voltado a exploração de águas subterrâneas
BACIA DO RIO PARDINHO: DOMÍNIOS HIDROGEOLÓGICOS, PRODUTIVIDADE DOS AQUÍFEROS, VOLUMES ANUAIS EXPLOTADOS, SOLOS, CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO DO SOLO E ESPACIALIZAÇÃO DA CHUVA MÉDIA ANUAL Autores: Francisco Fernando Noronha Marcuzzo, Edson Cezar Wendland, Rodrigo Lilla Manzione Palavras-chaves:
Hidrogeologia
, Produtividade de Aquífero
, Capacidade de Infiltração
, Rio Grande do Sul
, Domínios Hidrogeológicos
Resumo
BACIA DO RIO PARDINHO: DOMÍNIOS HIDROGEOLÓGICOS, PRODUTIVIDADE DOS AQUÍFEROS, VOLUMES ANUAIS EXPLOTADOS, SOLOS, CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO DO SOLO E ESPACIALIZAÇÃO DA CHUVA MÉDIA ANUAL
Localizada na sub-bacia 85, a bacia hidrográfica do rio Pardinho possui grande importância na região central do estado, pois é a principal fonte do abastecimento de água potável do município de Santa Cruz do Sul. A amplitude altimétrica (Figura 1), considerando o SRTM 30, é de 704m, indo de 10m em seu exutório no rio Pardo, no extremo sul da bacia do rio Pardinho, a 714m no norte da bacia, na região entre os munícipios de Gramado Xavier e Boqueirão do Leão. O objetivo deste trabalho é analisar e discutir as informações e os mapas de domínios hidrolitológicos, hidrogeologia, volumes anuais explotados, solos, capacidade de infiltração da água no solo e espacialização da chuva média anual na área de drenagem da bacia do rio Pardinho, na região central do RS.
Os domínios hidrogeológicos da bacia do rio Pardinho são fraturados e granular, sendo que a maior parte, ao norte da RS-287, é granular, ficando a menor parte, no sul da bacia, com fraturado. Quanto a produtividade dos aquíferos, ao norte da RS-287, há predomínio de unidade fraturada produtividade geralmente muito baixa e localmente baixa e, ao sul da RS-287, verifica-se a unidade granular de produtividade moderada ou, mais próximo do exutório do rio Pardinho, com produtividade muito baixa. Quanto ao volume anual explotado, varia de 1 a 250.000m3 no nordeste da bacia, de 2.500.000 a 5.000.000m3 no lado oeste da bacia, e de 1.000.000 a 2.500.000m3 na porção sudeste da bacia. Quanto a capacidade de infiltração de água no solo, a parte norte da bacia é classificada como boa, a central como moderada e no sul é considerada ruim. A espacialização da precipitação pluviométrica, varia de 1.632mm.ano-1, na parte sudeste da bacia, onde está Santa Cruz do Sul, a 1.781mm.ano-1 na parte noroeste, em Herveiras e Gramado Xavier.
1764
Conhecimento hidrogeológico voltado a exploração de águas subterrâneas
O presente trabalho busca apresentar o conceito de bacias hidrogeológicas, e trazer à tona sua importância como unidade básica de gestão dos recursos hídricos subterrâneos, analogamente às bacias hidrográficas, que são a unidade básica de gestão dos recursos hídricos superficiais, e estão muito mais bem definidas e conceituadas na literatura. As técnicas de investigação indiretas mais utilizadas para definição dos limites das bacias hidrogeológicas são estudos hidrológicos, estudos potenciométricos, ensaios de traçador, geoquímica isotópica, análise de lineamentos regionais, dentre outros.
A definição dos limites das bacias hidrogeológicas também se faz imprescindível porque frequentemente pode haver diferença entre os limites destas e das bacias hidrográficas subjacentes. Esse caso em que os limites não coincidem ocorre quando há assimetria entre eles, a qual pode ser devida a inúmeros fatores, como existência de estrutura geológica de grande porte, dobras ou falhas, presença de forte anisotropia e/ou heterogeneidades no meio subterrâneo, quebras pronunciadas de relevo, dentre outros. As implicações que uma investigação de qualidade do meio subterrâneo, da sua dinâmica de fluxo, e a caracterização de suas bacias e sub-bacias hidrogeológicas têm são diversas, como a gestão integrada dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos, questões envolvendo aquíferos transfronteiriços, estudos de remediação in situ de aquíferos contaminados, definição de perímetro de proteção de poços, simulações numéricas de fluxo, quantificação de reservas hídricas subterrâneas, caracterização conceitual de aquíferos, enquadramento das águas subterrâneas, dentre outras. Desta maneira demonstra-se a crescente importância da definição das bacias hidrogeológicas tanto para gestão integrada das águas superficiais e subterrâneas, quanto para estudos dos mais diversos tipos e inúmeros enfoques.
1765
Poluição, remediação e gerenciamento de águas subterrâneas
BIORREMEDIAÇÃO DE CORANTES EM EFLUENTES DA INDÚSTRIA TÊXTIL Autores: Luan Alves Furtado, Gabriel Everton Marinho Neves Bezerra, Jocélia Braz da Silva, Josielly Braz da Silva, Marcelo Carlos de Oliveira Silva, Gisely Leite de Oliveira Silva, Sidrack Felipe da Silva Júnior, Maria das Graças Monteiro Almeida de Melo, Glauce Maria de Lemos Silva, Fernanda Gabriella Liberato Santos, Artur Paiva Coutinho Palavras-chaves:
Indústria têxtil
, Aquíferos
, Biochar
, Contaminação
Resumo
BIORREMEDIAÇÃO DE CORANTES EM EFLUENTES DA INDÚSTRIA TÊXTIL
As indústrias têm sido responsáveis pelo aumento da poluição ambiental, devido à emissão de compostos orgânicos e inorgânicos, com alto potencial contaminante, dada a sua origem sintética, representando uma ameaça à saúde humana e ao meio ambiente. Dentre os efluentes que demandam um elevado grau de complexidade em sua remediação estão aqueles oriundos das indústrias têxteis, contaminados por corantes, sendo seu lançamento sem tratamento no meio ambiente um risco potencial à contaminação de reservas hídricas subterrâneas, que são responsáveis por boa parcela do suprimento de água no planeta. Os biochars surgem como alternativa sustentável à biorremediação de contaminantes, principalmente em detrimento de suas propriedades adsorventes. Neste sentido, avaliou-se, através de revisão sistemática, estudos relevantes publicados no último triênio, a fim de avaliar os avanços recentes na aplicação do biochar e suas possíveis contribuições à remediação da degradação causada pela emissão de efluentes têxteis na natureza. Os estudos revelaram a utilização de diferentes tipos de biomassa na produção de biochar e remediação de corantes diversos, provenientes do setor têxtil, obtendo valores de remoção com eficiência superior a 90%. Consluiu-se que os biochars representam um importante avanço ao tratamento sustentável e a biorremediação de aquíferos contaminados expostos à contaminação por corantes, sendo crucial o desenvolvimento de pesquisas mais aprofundadas sobre sua regeneração.
1722
Hidrogeologia dos Aquíferos Brasileiros
BLOCOS HIDROGEOLÓGICOS, VULNERABILIDADE NATURAL E RISCO À CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS DO SISTEMA AQUÍFERO INTEGRADO GUARANI/SERRA GERAL (SAIG/SG) EM SANTA CATARINA. Autores: Arthur Schmidt Nanni, Luiz Fernando Scheibe Palavras-chaves:
Sistema Aquífero Integrado Guarani/Serra
, Blocos hidrogeológicos
, Vulnerabilidade natural
, Risco à contaminação
Resumo
BLOCOS HIDROGEOLÓGICOS, VULNERABILIDADE NATURAL E RISCO À CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS DO SISTEMA AQUÍFERO INTEGRADO GUARANI/SERRA GERAL (SAIG/SG) EM SANTA CATARINA.
O Projeto Rede Guarani/Serra Geral (RGSG), por meio dos laboratórios de Análise Ambiental e de Hidrogeologia da UFSC, lançou, em dezembro de 2020, os mapas de Blocos Hidrogeológicos, Vulnerabilidade Natural e Risco à Contaminação das águas subterrâneas do Sistema Aquífero Integrado Guarani/Serra Geral (SAIG/SG) em Santa Catarina. Acompanhados da nota técnica, os mapas são importantes instrumentos para a tomada de decisão de órgãos e instituições protagonistas na gestão das águas subterrâneas, como os Comitês de Gerenciamento de Bacias Hidrográficas, a Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável – SDE/SC, concessionárias de águas, a Epagri, Prefeituras Municipais entre outros. O projeto, que contou com o financiamento da Agência Nacional de Águas (ANA), através do CNPq e Caixa Econômica Federal e da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina – FAPESC, apresentou os resultados de mais de dez anos de pesquisas e que buscaram diagnosticar como o maior e mais importante sistema aquífero de Santa Catarina funciona e responde às pressões civilizatórias.
1857
Águas Subterrâneas na Política e Governança dos Recursos Hídricos
CÁLCULO DE DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO Autores: Angélica Haralampidou, Vinicius Medina Peixoto, Jeverson Vasconcelos de Souza, Thamiris Fontoura de Araujo Palavras-chaves:
gestão
, disponibilidade hídrica
, sistemas aquíferos
Resumo
CÁLCULO DE DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO
Os recursos hídricos sofrem alterações negativas associadas a gestão inadequada deste bem necessário a diversos empreendimentos e a sobrevivência humana. Atualmente temos como foco a utilização das águas subterrâneas para o abastecimento público, funcionamento de indústrias e produção agrícola devido ao fácil acesso, tratamento e utilização. O grande crescimento na explotação de águas subterrâneas pode gerar diversos problemas como rebaixamento de lençóis freáticos, contaminação da água e recalque do solo. Portanto, devemos aliar pesquisadores e órgãos tomadores de decisão para desenvolvimento e aplicação de ações para prever tais problemas. Logo, neste estudo foi aplicado um método com delimitação por município para analisar a disponibilidade hídrica de água subterrânea no estado de Mato Grosso do Sul. Esta metodologia foi incluída no sistema de análises de outorga do Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul auxiliando no controle da vazão disponível e evitando futuros de conflitos sociais e econômicos atrelados a superexplotação de aquífero.
1732
Águas subterrâneas e abastecimento público
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO E A SUSTENTABILIDADE DE POÇOS TUBULARES NO ABASTECIMENTO PÚBLICO Autores: Tiago De Vargas, Vinícius Sgorla, Stefano Ballardin, Rossano Belladona, Volnei Dal Bosco Palavras-chaves:
Teste de produção
, Superexplotação
, Sustentabilidade hídrica
Resumo
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO E A SUSTENTABILIDADE DE POÇOS TUBULARES NO ABASTECIMENTO PÚBLICO
A sustentabilidade dos recursos hídricos subterrâneos tem sido discutida com maior vigor nos últimos anos. O objetivo deste estudo é analisar o alcance, no tempo, da capacidade de produção de dois poços tubulares e a sustentabilidade deles para o abastecimento público diante de cenários de crescimento populacional urbano no distrito de Vila Cristina, município de Caxias do Sul, RS. Os poços PS10 e PS-Lot foram avaliados pelo teste de produção em etapa única e utilizou-se o método de decaimento da capacidade específica para meios homogêneos para estimar as vazões para os anos de 2027, 2032, 2042 e 2052. Estimou-se o tempo de bombeamento por dia e a população futura através do método aritmético. O poço PS10 apresentou uma redução de 90% da vazão para o ano 2052, enquanto o PS-Lot decresceu 87%. Diante dos cenários avaliados, a estimava das horas de operação e da vazão de explotação diária máxima para o PS10 foram 6,6 horas/dia e 56,81 m3/dia e para o PS-Lot foram 12,5 horas/dia e 44,52 m3/dia. Os dois poços somam uma capacidade de produção de 101,33 m3/dia. Relacionando a capacidade de produção com as estimativas de crescimento populacional do distrito é observado déficit no abastecimento de água desde o cenário de 2027. O método de decaimento da capacidade específica mostrou que os poços PS10 e PS-Lot apresentam uma acentuada diminuição de eficiência com bombeamento contínuo. O dimensionamento da vazão e do tempo de operação/dia constatou que os poços possuem uma capacidade de produção abaixo da demanda futura estimada para abastecimento da população. Nesses cenários futuros, seria necessária a obtenção de um terceiro poço, a fim de tornar sustentável a explotação do aquífero e o atendimento da demanda populacional do distrito.
1871
Águas Subterrâneas na Política e Governança dos Recursos Hídricos
CAPACITAÇÃO EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SOROCABA E MÉDIO TIETÊ Autores: Natália Zanetti, Caroline Túbero Bacchin, Jodhi Jefferson Allonso, Rosângela Aparecida César, André Cordeiro Alves dos Santos, Carolina Yumi Nozawa Kokubun Palavras-chaves:
água subterrânea
, Comitê de bacia
, gestão
Resumo
CAPACITAÇÃO EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SOROCABA E MÉDIO TIETÊ
O CBH-SMT é parceiro no desenvolvimento do projeto “Curso de transferência de conhecimento visando a gestão em águas subterrâneas no âmbito dos Comitês de Bacia do Estado de São Paulo”, coordenado pelo do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA/SIMA). O CBH-SMT e a FABH-SMT participaram da concepção e estruturação do curso, no qual assumiram o compromisso de identificar demandas extraídas da situação real da bacia hidrográfica, levando em consideração suas necessidades atuais e futuras. Para tanto, foram realizadas reuniões preparatórias, definindo a estrutura de 3 módulos para o curso, que contempla conceitos básicos, disponibilidade hídrica e proteção da qualidade das águas subterrâneas e aspectos da gestão. O trabalho apresenta o produto de uma roda de conversa realizada entre alunos e professores, onde foram levantadas diversas demandas, que contribuíram significativamente para alinhar as expectativas de alunos e professores, além de facilitar a constante reavaliação do curso. O curso encontra-se, atualmente, na metade do conteúdo programado e há previsão de mais aulas práticas de campo, seguindo o escopo planejado para cada módulo. O processo de aprendizado relacionando aspectos teóricos da gestão a casos reais abordados pelos alunos tem contribuído para a formação de multiplicadores de conteúdo e auxiliado a elaboração de termos de referência para a contratação de estudos dos recursos hídricos em todo território da bacia hidrográfica do rio Sorocaba Médio Tietê.
1771
Águas subterrâneas e o ambiente urbano
CARACTERÍSTICAS DAS OBRAS DE CAPTAÇÃO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS EM JOINVILLE-SC Autores: Marcos Alexandre de Freitas, Marcelo Goffermann, Eliel Martins Senhorinho Palavras-chaves:
águas subterrâneas
, poços tubulares
, Joinville
Resumo
CARACTERÍSTICAS DAS OBRAS DE CAPTAÇÃO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS EM JOINVILLE-SC
O crescimento populacional e a variedade de atividades presentes no município de Joinville-SC demandam um maior conhecimento do meio físico para aprimorar o planejamento da ocupação do seu território. A administração municipal contratou o Serviço Geológico do Brasil-CPRM para executar o mapeamento geológico e hidrogeológico em seu território. O tema água subterrânea, abordado na escala 1:50.000, resultou em um banco de dados de captações de água subterrânea, mapas de vulnerabilidade e risco a contaminação dos aquíferos, hidrogeoquímico, hidrogeológico e de favorabilidade hídrica subterrânea. Ocorrem dois sistemas aquíferos, o fraturado e o granular. O primeiro é originado pela deformação rúptil sobre as rochas do embasamento cristalino, representadas pelos gnaisses granulíticos arqueanos do Cráton Luís Alves e granitos anorogênicos. O aquífero granular é formado por depósitos sedimentares de origem flúvio marinha e colúvio aluvionares. Foram inventariados em campo 380 pontos de captação de água subterrânea entre poços tubulares, fontes, poços escavados e poços ponteiras, muitas vezes construídos clandestinamente, apresentando sérios problemas construtivos que podem comprometer a qualidade das águas subterrâneas. Os poços tubulares exibem profundidades que variam de 3,9 m a 370 m. Também há vários poços com profundidades maiores que 200 metros, no entanto a maioria não mostra significativas entradas d’ água acima de 150 metros. Os poços de pequeno diâmetro apresentam profundidades entre 4 a 63 m. As vazões dos poços tubulares variam entre 0,4 e 29,0 m3/h, sendo que em 76% dos casos as vazões são de até 10,0 m3/h, o que é considerado muito satisfatório para aquíferos fraturados. Os poços de pequeno diâmetro apresentam vazões de até 1,0 m3/h, podendo atingir até 2,0 m3/h caso o nível dinâmico não seja muito profundo. As captações de fontes alcançam vazões superiores a 5 m3/h. São sugeridas diretrizes visando o melhor planejamento e gestão do uso das águas subterrâneas em Joinville.
1812
Serviços Ecossistêmicos das Águas Subterrâneas
CARACTERIZAÇÃO BIOLÓGICA DA ZONA HIPORREICA EM UM TRECHO MÉDIO DO RIO SÃO FRANCISCO Autores: Anderson Luiz Ribeiro de Paiva, Lucas Caitano da Silva, Raquel Ferreira do Nascimento, José Adson Andrade de Carvalho Filho, João Lucas Alves Callou de Sá, Jaime Joaquim da Silva Pereira Cabral Palavras-chaves:
interação rio-aquífero
, meiofauna
, meiobentos
Resumo
CARACTERIZAÇÃO BIOLÓGICA DA ZONA HIPORREICA EM UM TRECHO MÉDIO DO RIO SÃO FRANCISCO
INTRODUÇÃO: A Zona Hiporreica (ZH) é uma zaona interfacial entre o manancial superficial e o aquífero subterrâneo que funciona como regulador de fluxo entre os dois ambientes servindo como um filtro natural, além de ser uma zona importante para muitos processos e organismos essenciais. Entre os diversos grupos de organismos que possuem o ambiente hiporreico como habitat, destaca-se a meiofauna, definidos como os menores metazoários que colonizam sedimentos e outros substratos de habitats aquáticos. O presente trabalho propõe avaliar a ZH do Rio São Francisco em termos de suas características biológicas (abundância de organismos de meiofauna).
METODOLOGIA: A pesquisa foi realizada na região do submédio São Francisco nas cidades de Orocó e Santa Maria da Boa Vista. Foram realizadas coletas do sedmento hiporreico de forma estratificada, dividida em duas profundidades, 0-5 cm e 5-10 cm. Foi calculado a densidade meiofaunística das amostras.
RESULTADOS: Indivíduos da meiofauna foram contabilizados ao todo, distribuidos em 8 grupos taxonômicos: Nematoda (N), Annelida (ANN), Rotifera (R), Ostracoda (O), Insecta (I), Anfipoda (ANF), Copepoda (C) e Acari (ACA). Os grupos que apresentaram maior densidade foram Nematoda (72,8%), Copépoda (3,9%) e Annelida (3,6%). Santa Maria da Boa Vista foi a cidade que obteve uma maior abundância de indivíduos, com 58,5%. Observou-se que houve uma diminuição na densidade média da meiofauna na camada mais profunda da ZH.
CONCLUSÃO: Grupos com maior representatividade: Nematoda (72,8%), Copépoda (3,9%) e Annelida (3,6%). Foi observado uma diferença estrutural e quantitativa na distribuição de indivíduos quando observados por: Localização (STª Mª da Boa Vista, 137 indivíduos; e Orocó, 97 indivíduos) e Estrato (0-5 cm, 185 indivíduos; e 5-10 cm, 49 indivíduos).
1840
Conhecimento hidrogeológico voltado a exploração de águas subterrâneas
Caracterização de Aquíferos Físsuro-Cársticos: Bases Conceituais e Proposições Autores: Drielly Souza Rodrigues, José Eloi Guimarães Campos, Marco Antônio Caçador Martins Ferreira Palavras-chaves:
Aquífero Físsuro-Cárstico
, Modelo Conceitual
, Disponibilidade Hídrica
Resumo
Caracterização de Aquíferos Físsuro-Cársticos: Bases Conceituais e Proposições
Neste trabalho propomos que os aquíferos físsuro-cársticos são aqueles em que a porosidade planar (principalmente fraturas e planos de acamamento) ocorre juntamente com a porosidade secundária por dissolução cárstica na mesma unidade hidroestratigráfica. Esses aquíferos podem ser bastante complexos, uma vez que o fluxo pode modificar ao longo do maciço de laminar para turbulento ou o oposto, quando a água subterrânea migra nos diferentes tipos de rocha. Esses aquíferos são anisotrópicos, mas podem ser homogêneos quando associados a rochas margosas ou heterogêneos quando relacionados a lentes carbonáticas interdigitadas em rochas pelíticas (silte e folhelho). Um aspecto importante a ser avaliado é a escala e a dimensão desses corpos de rochas. Os aquíferos físsuro-cársticos são compostos por lentes carbonáticas com no máximo dez metros de espessura e centenas de metros de largura. Quando o carbonato é contínuo ou as lentes são muito espessas e lateralmente amalgamadas os aquíferos devem ser tratados com como sistemas fraturados e cársticos individuais. Outro ponto importante é que a água dos os aquíferos físsuro-cársticos é explotada por poços únicos que cortam seções diferentes de ambos os tipos de rocha e o gerenciamento do reservatório deve ser tratado como um sistema único. O entendimento do modelo descritivo conceitual é o primeiro passo para a aplicação de diferentes técnicas aos estudos dos aquíferos, incluindo hidroquímica avançada, isótopos, teste de traçador e modelo numérico.
1769
Hidrogeologia dos Aquíferos Brasileiros
CARACTERIZAÇÃO DO AQUÍFERO ENTRE RIBEIROS, MUNICÍPIO DE PARACATU, NOROESTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS Autores: José Eloi Guimarães Campos, Lucas Santana Batista Teles, Alexandrina Maria Alves Machado, Drielly Souza Rodrigues Palavras-chaves:
Aquífero Físsuro-Cárstico
, Disponibilidade Hídrica
, Grupo Bambuí
Resumo
CARACTERIZAÇÃO DO AQUÍFERO ENTRE RIBEIROS, MUNICÍPIO DE PARACATU, NOROESTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS
O trabalho apresenta a síntese da descrição do Aquífero Entre Ribeiros, situado no noroeste do estado de Minas Gerais. Trata-se de um aquífero físsuro-cárstico, heterogêneo e anisotrópico, confinado com grande potencial produtor de água, cujo conhecimento ainda é incipiente. Os dados hidrodinâmicos determinados a partir de testes de bombeamento e recuperação de 10 poços tubulares profundos resultam nos seguintes valores de ordens de grandeza de 10-7 m/s para a condutividade hidráulica, 10-5 m2/s para a transmissividade e 10-3 para o coeficiente de armazenamento. Este reservatório subterrâneo fissuro-cárstico apresenta excelentes condições de explotação, com poços tubulares profundos com vazões variáveis de 8 a 100 m3/h, e capacidades específicas variáveis de 0,1420 e 1,3698 m3/h/m. O aquífero está associado a rochas da base do Grupo Bambuí, sendo que as rochas pelíticas do Grupo Bambuí funcionam como aquitarde e as lentes de rochas carbonáticas interdigitadas com margas e folhelhos compõem o principal reservatório. As variações das capacidades específicas e vazões individuais dos poços são atribuídas aos seguintes fatores: variações laterais das espessuras das camadas e lentes de calcários (de forma que quanto mais carbonatos interceptados maiores são as vazões potenciais), número de entradas d’água interceptadas pelos poços (com diferenças em função da abertura destas anisotropias) e variações da condutividade hidráulica e da transmissividade. O clima da região com precipitação da ordem de 1400 mm/ano, os solos espessos e estruturados e o relevo aplainado contribuem para um balanço hídrico favorável á recarga do aquífero, o que amplia as perspectivas de sustentabilidade de sua explotação no futuro. Para as estimativas das disponibilidades hídricas foram consideradas reservas por saturação e por pressão no aquífero confiando, bem como as reservas renováveis e permanentes do aquitarde.
1754
Águas subterrâneas e o ambiente urbano
CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA EM AGUA SUBTERRÂNEA DA ZONA URBANA NO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE-PB Autores: Edmilson Dantas da Silva Filho, Pedro Lucas Nunes da Silveira, Josenildo Isidro dos Santos Filho, Francisco de Assis da Silveira Gonzaga, Geraldo da Mota Dantas, Aldeni Barbosa da Silva, Gyslayne Sabrina Lira Bertoldo, Maria da Conceição Silva de Melo Caracol, Elizabeth Feciliano Barbosa, Pedro Victor Leal de Araujo, Alan Mateus dos Santos AlveS, Maria Auxiliadora de Brito Lira Dal Monte Palavras-chaves:
água
, poço
, análises
, saúde
, parâmetros
Resumo
CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA EM AGUA SUBTERRÂNEA DA ZONA URBANA NO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE-PB
A água é um recurso natural indispensável ao ser humano e aos demais seres vivos. É de total necessidade para a vida e essencial ao ecossistema. A qualidade necessária da água distribuída ao consumo humano é de suma importância, pois a mesma deve ser tratada, limpa e estar livre de qualquer contaminação, seja de origem microbiológica, química, física ou radioativa, não devendo, em hipótese alguma, apresentar riscos à saúde humana (SOUZA, 2009). O presente trabalho tem como objetivo a caracterização dos parametros físicos-químicos em água subterrâneas da zona urbana no município de Campina Grande-PB. As análises físico-químicas foram realizadas no Laboratório de Química (LQ) do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), campus de Campina Grande-PB. A amostra foi demarcada no no GPS Garmim, sendo o ponto 1: S 7º13’32’’. 2; W 35º52’30’’. Os parâmetros analisados foram determinados de acordo com as normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz (IAL, 2008) e foram realizadas as seguintes análises: pH, condutividade elétrica (µS/cm), sólidos totais dissolvidos (ppm a 25°C), cor aparente (uH), alcalinidade (mg/L), cloretos (mg/L), dureza total, de cálcio e magnésio (mg/L), turbidez (NTU) e acidez carbônica (mg/L de CaCO3). Todas as análises foram realizadas em triplicatas. Com os resultados obtidos, comparamos com os valores estabelecidos pela resolução de nº 396 de 3 de abril de 2008 e pela portaria GM/MS nº 888 de 04 com a finalidade de averiguar se a água do poço tubular apresenta parâmetros dentro dos padrões permitidos pela legislação Brasileira. De acordo com os resultados obtidos, verificou-se que todos os parâmetros estudados apresentaram valores médios dentro dos padrões permitido pela legislação Brasileira. Conclui-se, que de acordo com os parâmetros estudados, a água subterrânea analisada, pode ser consumida pela população local, pois todos os parâmetros estão dentro dos padrões exigidos pela legislação Brasileira.
1789
Poluição, remediação e gerenciamento de águas subterrâneas
CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOQUÍMICA DA ÁGUA SUBTERRÂNEA EM ÁREA IMPACTADA PELA MINERACAO DE CARVÃO A CÉU ABERTO Autores: Guilherme Casarotto Troian, Albert Teixeira Cardoso, Marlon Colombo Hoelzel, Pedro Antonio Roehe Reginato, Antonio Pedro Viero Palavras-chaves:
qualidade da água
, água subterrânea
, drenagem ácida de minas
Resumo
CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOQUÍMICA DA ÁGUA SUBTERRÂNEA EM ÁREA IMPACTADA PELA MINERACAO DE CARVÃO A CÉU ABERTO
Em consequência da intensa extração de carvão no sul de Santa Catarina houve a contaminação por drenagem ácida de mina (DAM) de grande parte dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos da região. O resultado destas atividades é um passivo ambiental que somado possui cerca de 6.000 ha de áreas degradadas. Este estudo foi realizado em uma área de117,8 ha recuperada pelo Serviço Geológico do Brasil/CPRM, cujas obras ocorreram entre 2016 e 2019, denominada Área III – Rio Pio. O modelo hidrogeológico conceitual da área consiste em um aquífero artificial freático do tipo livre com aproximadamente 10 metros de espessura, formado por sedimentos de diferentes granulometrias, recobertos por camada argilosa, sobreposto ao aquífero formado pela Formação Rio Bonito. O inicio do monitoramento hidrogeológico se deu em 2020 com a perfuração de 12 poços . A primeira amostragem foi realizada em 2021, sendo realizadas análises de campo (pH, eH, CE, OD) e coletadas amostras para análise no Centro de Controle de Poluição Mineral do SGB/CPRM. São aqui apresentados os resultados dos quatro parâmetros com maior relação com contaminação por DAM, sendo eles pH, condutividade elétrica, sulfato e ferro total. Para os poços localizados dentro da área recuperada, a distribuição dos valores de pH, condutividade elétrica, sulfato e ferro. Os valores de pH variaram de 2,8 a 5,7 , CE de 930 a 2528 µS/cm , os de Sulfato de 600,9 mg.L-1 a 1989,7 mg.L-1 e ferro de 63,7 mg.L-1 a 1773,6 mg.L-1. indicam que transcorridos aproximadamente 2 anos do término das obras de recuperação ambiental, continua ocorrendo o processo de geração de DAM na área. A continuidade do monitoramento hidroquímico aliado a demais estudos contribuirá para o melhor entendimento e definição de perspectivas futuras para a recuperação do recurso hídrico subterrâneo presente na área.
1870
Hidrogeologia dos Aquíferos Brasileiros
CARACTERIZAÇÃO HIDROQUÍMICA DE POÇO INSERIDO NO AQUICLUDE BATATAL, INSTALADO NA PAREDE SUL DA CAVA DE FEIJÃO – BRUMADINHO/MG Autores: Felipe de Souza Cologna, Vitor Brognaro Pimenta, Gabriela Rodrigues, Raphael Vicq, Nathalia Froiman Carmona, Fabianna Vieira Palavras-chaves:
Batatal
, Quadrilátero Ferrífeo
, Hidroquímica
Resumo
CARACTERIZAÇÃO HIDROQUÍMICA DE POÇO INSERIDO NO AQUICLUDE BATATAL, INSTALADO NA PAREDE SUL DA CAVA DE FEIJÃO – BRUMADINHO/MG
A mina Córrego do Feijão está inserida no contexto geológico regional da Serra do Curral, na porção noroeste do Quadrilátero Ferrífero (QF). A geologia regional apresenta corpos de filito inseridos à sul da Cava, correspondentes ao Grupo Caraça.
A unidade confinante Batatal, formada predominantemente por filitos, pode ser considerado como um aquiclude, o que constitui uma barreira para o fluxo de água subterrânea, proporcionado por baixa permeabilidade, com valores de condutividade hidráulica, segundo Mourão (2007), na ordem de 6,9x10-6 m/s para rochas muito decompostas. A referida autora ressalta, ainda, que as águas do Batatal apresentam característica química de caráter redutor e concentrações elevadas de ferro dissolvido e manganês.
De acordo com Homocick et al (2010), existe uma forte relação de dependência entre Fe e Mn em águas subterrâneas, sugerindo que o comportamento do Fe pode afetar a solubilidade do Mn. Os autores verificaram que o Mn pode ser absorvido pelos óxidos de ferro, sendo, posteriormente, liberado quando o ferro é reduzido. Hamer et al (2020) relataram ainda que, em ambientes com baixos níveis de oxigênio dissolvido (OD), o Mn e Fe podem ser encontrados em concentrações elevadas, pois são liberados de seus respectivos óxidos, que estão comumente presentes na matriz do aquífero. Em função deste cenário, questões relativas ao potencial redox (ORP), o pH e o OD das águas subterrâneas são fundamentais para entender esta dinâmica e devem, por isso, serem estudadas.
Instalado na porção sul da Cava de Feijão e inserido na Formação Batatal, o poço de monitoramento denominado PMP-03, de 100 metros de profundidade, é amostrado desde 2019.
A partir dos resultados apresentados, foi identificado, para o PMP-03, que o aumento das concentrações de Mn estão correlacionadas diretamente ao aumento das concentrações de Fe e à mudança para um ambiente mais redutor, devido à baixa oxigenação local do Aquiclude Batatal nesta região, corroborando com estudos dos demais pesquisadores apresentados, de que o ORP e o OD possuem uma grande influência no controle da composição química das águas subterrâneas.
1813
Geoquímica e isótopos nas águas subterrâneas
CARACTERIZAÇÃO ISOTÓPICA DO SISTEMA AQUIFERO COSTEIRO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Autores: Guilherme Casarotto Troian, Pedro Antonio Roehe Reginato, Roberto Eduardo Kirchheim, Didier Gastmans, Graziele Beatriz de Lima Palavras-chaves:
isótopos estáveis
, água subterrânea
, sistema aquífero costeiro
Resumo
CARACTERIZAÇÃO ISOTÓPICA DO SISTEMA AQUIFERO COSTEIRO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
O Sistema Aquífero Costeiro (SAC) localizado na região da Planície Costeira do Estado do Rio Grande do Sul (PCRS) representa uma importante reserva de água subterrânea no Estado, sendo formado por 06 diferentes unidades hidroestratigráficas distribuídas nas regiões norte, central e sul da PCRS. Este estudo tem por objetivo apresentar a caracterização isotópica das diferentes unidades hidroestratigráficas que formam o SAC. A avaliação isotópica das águas subterrâneas do SAC foi feita através da análise de isótopos de oxigênio e Deutério (δ18O e δ2H) presentes nas águas subterrâneas que circulam nas diferentes unidades. Para isso foram utilizados dados analíticos disponibilizados pelo SGB/CPRM, referente a 14 poços da rede RIMAS, localizados nas diferentes regiões da PCRS. Os dados disponíveis são referentes a coletas multiníveis realizadas em diferentes seções filtrantes com uso do método de baixa vazão, totalizando 32 amostras representativas das diferentes unidades hidroestratigráficas. Os resultados foram avaliados utilizando dados da Reta Meteórica Global (GMWL), a Reta Meteórica de Porto Alegre (1957 a 1983) e da estação GNIP-POA operada pelo SGB/CPRM (2017-2018). Os resultados mostram que ocorrem variações de valores entre os poços, sendo que as águas mais depletadas apresentam valores de δ18O menores que -4,0‰. Uma sutil variação é observada nas assinaturas isotópicas com o aumento da profundidade amostrada sendo que, com exceção de um poço, há tendência da água se tornar mais enriquecida em profundidade. As assinaturas isotópicas indicam predomínio de recarga meteórica para o SAC, com valores variando de -2,43‰ a -4,41‰ (δ18O) e -9,9‰ a -23,5‰ (δ2H). As variações tanto para δ18O quanto para δ2H indicam que o processo de evaporação é importante na região, podendo ocorrer em diferentes taxas, de acordo com as áreas úmidas que, na PCRS, estão relacionadas predominantemente a áreas de banhados, canais de irrigação e lagoas.
1874
Águas Subterrâneas na Política e Governança dos Recursos Hídricos
CARTA DA ESPESSURA DO AQUITARDO DA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE NATAL-RN Autores: Melquisedec Medeiros Moreira, Kátia Alves Arraes Palavras-chaves:
Cartografia Geotécnica
, Águas Subterrâneas
, Aquitardo
Resumo
CARTA DA ESPESSURA DO AQUITARDO DA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE NATAL-RN
A execução deste estudo consistiu de uma caracterização geológico-geotécnica de uma área costeira de aproximadamente 62 km2. O mesmo foi desenvolvido a partir dos procedimentos e premissas do Manual para o Zoneamento de Susceptibilidade de Perigo e Risco do Comitê Técnico Internacional para Deslizamentos (JTC-1) inseridos no programa “Construindo Nosso Mapa Municipal Visto do Espaço” do MCTIC/INPE/COENE. A análise dos perfis de sondagens geotécnicas e de poços da empresa privada e também nas baterias de poços públicos constatou-se a presença de uma sequência de níveis de argilas. Desta forma, na área foram definidos dois sistemas de aquíferos: Dunas-Potengi (Livre) e Barreiras, sob condições de semi-confinamento.
1803
Investigação, monitoramento e modelagem numérica de águas subterrâneas
Cenários Futuros do Uso Hídrico do Aquífero Cárstico Urbano de Sete Lagoas (MG) Autores: Simone Imaculada Pereira, Paulo Galvão, Camila Santos Schuch, Rafael Magno Palavras-chaves:
Hidrogeologia cárstica
, Modelo numérico
, FEFLOW
, Gestão de recursos hídricos
Resumo
Cenários Futuros do Uso Hídrico do Aquífero Cárstico Urbano de Sete Lagoas (MG)
Um modelo numérico 3D foi elaborado para representar as condições de níveis e fluxo observadas no Aquífero Cárstico de Sete Lagoas e avaliar cenários futuros de uso de água subterrânea na porção central do município homônimo. Em sua elaboração foram empregados: 257 dados de níveis piezométricos e vazões de bombeamento de 282 poços (Shuch 2022); um modelo geológico 3D (Magnabosco et. al. 2020); mapas de recarga e de superfícies potenciométricas (Shuch, 2022); e parâmetros hidrodinâmicos in situ (Galvão et. al. 2015). O programa utilizado foi o Feflow, e a calibração foi conduzida comparando-se os níveis piezométricos coletados nos poços ao longo de 80 anos, e os valores de níveis piezométricos extraídos de superfícies potenciométricas, com resultados calculados pelo modelo. Foi obtido um bom grau de correspondência (RMS variou entre 5 e 22 m; e ARM entre 4 e 19 m). As vazões explotadas (148 a 6.769 m3/h) também foram representadas com boa proximidade (erros < 1%). Os parâmetros k (2;20;0,0035 m/d), Ss (9,0×10−3; 9,0×10−3;4,5×10−3) e Sy (2,5×10−1;5,0×10−1;1,5x10−2) ajustados para o epicarste, a zona cárstica e a matriz do calcário, respectivamente, são coerentes com as referências conceituais, e os valores de recarga coincidiram com o limite superior das taxas definidas por Schuch (2022). Entre 1942 e 2020, o modelo indicou que o cone de rebaixamento gerado na porção central da área provocou alterações significativas nas condições originais de confinamento do aquífero, o qual possuía 34% da área ativa do modelo em não confinamento na década de 1940, passando para 47% em 2020. Em cenários futuros de uso, mantendo a vazão global atualmente extraída do aquífero, em 2050 mais de 50% do aquífero se tornaria não confinado, podendo chegar a 59% em 2100. Um recuo considerável do cone de rebaixamento foi alcançando para uma vazão 40% menor que a vazão atualmente explotada.
1778
Educação e conscientização das águas subterrâneas
COMO INTEGRAR TECNOLOGIAS LEVES E DURAS PARA IDENTIFICAR PONTOS DE RECARGA DE AQUÍFEROS E DESTACAR SUA IMPORTÂNCIA PARA A SOCIEDADE? Autores: Lucas Moreira Furlan, Monique Araújo de Medeiros Brito Palavras-chaves:
educação popular
, tecnologias leves e duras
, recarga de aquíferos
Resumo
COMO INTEGRAR TECNOLOGIAS LEVES E DURAS PARA IDENTIFICAR PONTOS DE RECARGA DE AQUÍFEROS E DESTACAR SUA IMPORTÂNCIA PARA A SOCIEDADE?
O equilíbrio hídrico nas regiões agrícolas do interior do estado de São Paulo é tênue, pois os moradores das áreas de alta sensibilidade ambiental são os mesmos que utilizam os recursos naturais disponíveis para suas atividades econômicas. A alta demanda hídrica compõe um cenário de difícil gestão, monitoramento e preservação dos recursos hídricos. Nesse contexto, são observados obstáculos no acesso a informação de caráter educativa e não-punitiva pela população. Estudos recentes comprovaram a importância das áreas úmidas isoladas como pontos de recarga de aquíferos rasos e profundos na região. Esses estudos se baseiam em tecnologias duras para a identificação dos pontos de recargas de aquíferos, isto é, tecnologias de ponta, com alta sofisticação de hardware e software, como por exemplo, técnicas geofísicas (eletrorresistividade) para estudar a hidrodinâmica de subsuperfície. O conhecimento gerado com base em tecnologias duras necessita ser consolidado e enraizado de forma participativa na sociedade. Nesse sentido, as tecnologias leves podem ser grandes aliadas, pois incluem as áreas humanas de tomada de decisão, desenvolvimento de estratégias, treinamento e formação de conceitos. Com o objetivo de produzir efetivas mudanças sócio-político-ambientais, o processo de colaboração e integração de saberes produzidos por tecnologias leves e duras tem um papel de grande relevância. Como tecnologia leve, a educação popular, desenvolvida pelo educador brasileiro Paulo Freire, pode contribuir de forma significativa ao construir uma mediação e composição entre saberes científicos e populares, ambos essenciais, porém incompletos quando isolados. Para viabilizar a composição entre tecnologias leves e duras é necessário apostar em práticas que visem construções profissionais educativas de caráter inter e transdisciplinar, que se desloquem de áreas isoladas e supostamente autossuficientes para uma forma de produzir ciência que leve em conta a inserção social e o ambiente em sua complexidade, e que priorizem todas as etapas de produção-divulgação-enraizamento do conhecimento.
1785
Recarga de Aquíferos
Comparação da Análise Isotópica da Precipitação e da Água Subterrânea em Área de Recarga do Sistema Aquífero Guarani, caso da sub-bacia do Alto Jacaré-Pepira, Brotas-SP Autores: Marcelo Donadelli Sacchi, Didier Gastmans, Rodrigo Lilla Manzione Palavras-chaves:
Hidrologia
, Isótopos Ambientais
, Tempo de Residência
Resumo
Comparação da Análise Isotópica da Precipitação e da Água Subterrânea em Área de Recarga do Sistema Aquífero Guarani, caso da sub-bacia do Alto Jacaré-Pepira, Brotas-SP
Entre as diversas ferramentas que ajudam na compreensão do balanço hídrico, a hidrologia isotópica vem ganhando força devido a sua utilidade na interpretação de padrões hidroclimáticos. Neste meio, o seguinte trabalho propõe uma análise da variação da composição isotópica da chuva e de uma surgência para estimar o tempo de residência da água subterrânea em uma pequena bacia hidrográfica. O local de estudo encontra-se na sub-bacia do Alto Jacaré-Pepira, que abrange área de recarga do Sistema Aquífero Guarani no município de Brotas, SP. O monitoramento dos dados da precipitação ocorreu de 2016 a março de 2021, já o monitoramento dos dados da surgência teve seu início em 2016, com final em junho de 2020. A composição da chuva para o δ²H variou de 21,53‰ a -84,8‰ VSMOW, com média e desvio padrão de -28,99 ± 27,42‰ VSMOW. Já a composição da surgência para o δ²H variou de -40,31‰ a -48,00‰ VSMOW, com média e desvio padrão de -44,80 ± 1,35‰ VSMOW. Em uma relação dos dados amostrados versus tempo, pode ser observada uma tendência de empobrecimento das amostras de precipitação, indicando maior recirculação do vapor na atmosfera, intensificação dos processos de evaporação e um aumento da quantidade de chuvas ao longo do deslocamento das massas de ar. Em contrapartida, há um enriquecimento das amostras da água subterrânea para o mesmo período, que pode ser resultado de maior evaporação da água dos reservatórios e das águas que efetivamente contribuem para a recarga dos aquíferos. Sendo assim, os próximos passos do trabalho consistem na organização dos dados em médias mensais, para identificação e utilização de modelos de análise de séries temporais e modelos de parâmetros agrupados (LPM’s). Como resultado futuro, é esperada a determinação do tempo de residência das águas subterrâneas na bacia, a partir de dados de isótopos estáveis.
1807
Conhecimento hidrogeológico voltado a exploração de águas subterrâneas
Condicionantes Tectônicos e Estruturais no Fluxo Subterrâneo Cárstico do Alto São Francisco, Sudoeste de Minas Gerais Autores: Pedro Assunção, Paulo Galvão, Tássia Marques, Isabel Paiva Palavras-chaves:
Hidrogeologia Cárstica
, Tectônica
, Geologia estrutural
, Carstificação
, Espelogênese
Resumo
Condicionantes Tectônicos e Estruturais no Fluxo Subterrâneo Cárstico do Alto São Francisco, Sudoeste de Minas Gerais
A bacia do rio São Miguel, região cárstica no centro-oeste de Minas Gerais, é constituída predominantemente por rochas carbonáticas da Formação Sete Lagoas, que atua como reservatório de água subterrânea, e está em uma região influenciada por domínios tectônicos-estruturais distintos. Essa localização resulta em diferentes contextos estruturais que refletem em sistemas cársticos com redes de condutos e fluxos subterrâneos distintos. A partir de mapas geológico-estruturais in situ, sensoriamento remoto, e estudos hidrológicos, foram analisados três sistemas (leste, oeste e sul) dentro da bacia para discutir relações estruturais e espeleogenéticas. O sistema oeste é o mais complexo com falhas transcorrentes e dobras, com estruturas na direção NW-SE, mas com carstificação desenvolvida no sentido N-S. Os sistemas leste e sul são os mais carstificados, com várias dolinas/entradas de cavernas e ausências de drenagens superficiais. As estruturas são de direção NW-SE associadas a sistemas de falhas transcorrentes. Esses sistemas estão em zonas estruturais diferentes, onde os sistemas leste e sul estão na zona indeformada e o sistema oeste está na zona de transição, porém, mais deformada. Ademais, o contexto geológico-estrutural influencia diretamente nos índices de sinuosidades das redes de condutos, onde o sistema oeste é o mais sinuoso e, portanto, o fluxo de água percorrerá maiores distâncias internas em comparação aos pontos de recarga e descarga. Conclui-se que as estruturas/direções de carstificação e fluxo de águas superficiais e subterrâneas foram formadas em estágios devido ao rebaixamento do nível regional da superfície potenciométricas.
1781
Hidrogeologia aplicada a questões de engenharia
CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA DOS SOLOS DA CIDADE DE SÃO PAULO A PARTIR DE ENSAIOS EM OBRAS DO METRÔ Autores: Paulo Henrique Barreto Ribeiro, Ana Elisa Silva de Abreu, Magali Dubas Gurgueira Palavras-chaves:
Condutividade Hidráulica
, Geologia de Engenharia
, Bacia de São Paulo
Resumo
CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA DOS SOLOS DA CIDADE DE SÃO PAULO A PARTIR DE ENSAIOS EM OBRAS DO METRÔ
A cidade de São Paulo, maior metrópole do país, conta com um sistema metroviário em franca expansão. As obras subterrâneas necessitam de um estudo prévio dos meios pelos quais as estruturas irão passar, com isso são geradas grandes quantidades de informações relacionadas ao substrato. Uma boa parte desses dados busca entender como a água subterrânea se comporta nesse meio. A Companhia do Metropolitano de São Paulo (CMSP), responsável pela execução das obras do metrô na capital paulista, disponibilizou arquivos com o perfil construtivo de piezômetros, registros de ensaios de rebaixamento e seções geológico-geotécnicas relacionadas às obras de expansão da Linha 2 – Verde, na Zona Leste da cidade de São Paulo. As unidades geológicas descritas na área das obras são rochas do embasamento cristalino em diferentes estágios de intemperização e os sedimentos depositados na Bacia São Paulo, que compõem a Formação Resende e a Formação São Paulo. Também são descritos depósitos quaternários. Nesse estudo foi adotada uma simplificação do sistema de classificação geológico-geotécnico utilizado pela CMSP na descrição litológica das unidades e, utilizando os dados disponibilizados, buscou-se calcular a condutividade hidráulica pelo método de Hvorslev para cada uma das unidades geológicas descritas na área de estudo. Os valores médios são: 2,1E-05 cm/s para os perfis de alteração do embasamento cristalino; 4,2E-05 cm/s para a litofácies arenosa da Formação Resende; 5,8E-06 cm/s para a litofácies argilosa da Formação Resende; 1,8E-05 cm/s para a litofácies arenosa da Formação São Paulo; e 9,4E-06 cm/s para a litofácies argilosa da Formação São Paulo. Algumas litofácies, principalmente aquelas que compõem a Formação Resende, apresentaram um padrão de distribuição espacial dos valores de condutividade hidráulica. Os resultados obtidos corroboram trabalhos anteriores realizados para as mesmas litologias e/ou estão de acordo com os valores descritos como típicos para as unidades estudadas.
1884
Conhecimento hidrogeológico voltado a exploração de águas subterrâneas
CONSIDERAÇÕES SOBRE O AQUÍFERO CRISTALINO DE ALGODÃO DE JANDAÍRA NO CURIMATAÚ OCIDENTAL PARAIBANO Autores: Josenildo Isidro dos Santos Filho, Francisco de Assis da Silveira Gonzaga, Edmilson Dantas da Silva Filho, Marianna Lima Costa, Pedro Queiroz Dionizio, Pedro Lucas Nunes da Silveira, Najla Silva Furtado Palavras-chaves:
Aquífero cristalino
, águas salobras
, exploração
Resumo
CONSIDERAÇÕES SOBRE O AQUÍFERO CRISTALINO DE ALGODÃO DE JANDAÍRA NO CURIMATAÚ OCIDENTAL PARAIBANO
Devido a configuração geológica local, as águas subterrâneas do município estão associadas exclusivamente aos aquíferos cristalinos da região. Desenvolvidos apenas nos planos de foliação dos micaxistos, no contato entre litologias distintas ou em fraturas dos granitos locais, a ocorrência de poços produtivos está condicionada apenas a localidades que apresentem essas características.
1878
Geoquímica e isótopos nas águas subterrâneas
CONTRIBUIÇÃO DOS ISÓTOPOS ESTÁVEIS (H e O) NA COMPREENSÃO DA MOVIMENTAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DO SISTEMA AQUÍFERO SERRA GERAL NA BACIA PARANÁ 3, OESTE DO PARANÁ Autores: Didier Gastmans, Lia Nogueira Garpelli, Diego Tavares, Lucas H. Garcia, Camila de Vasconcelos Müller, Gustavo Barbosa Athayde Palavras-chaves:
Sistema Aquífero Serra Geral
, Isótopos Estáveis
, BP3
Resumo
CONTRIBUIÇÃO DOS ISÓTOPOS ESTÁVEIS (H e O) NA COMPREENSÃO DA MOVIMENTAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DO SISTEMA AQUÍFERO SERRA GERAL NA BACIA PARANÁ 3, OESTE DO PARANÁ
A circulação da água subterrânea em aquíferos basálticos é controlada por estruturas, muitas vezes descontínuas, o que dificulta a compreensão dos mecanismos de armazenamento da água em seu interior. Uma das ferramentas utilizadas para compreender a movimentação e o armazenamento da água em aquíferos fraturados são os isótopos estáveis de oxigênio (16O/17O/18O) e hidrogênio (1H/2H). O objetivo principal deste trabalho é compreender como a água se movimenta pelas descontinuidades das rochas basálticas na BP3, através da hidrogeoquímica e das suas assinaturas isotópicas, nesse sentido foram coletadas 140 amostras de água subterrânea em 35 poços ao longo de quatro campanhas trimestrais (abril, julho e outubro de 2019 e janeiro de 2020). A avaliação da composição química das águas subterrâneas permitiu a distinção de três principais grupos hidroquímicos, com diferentes assinaturas isotópicas. As amostras do Grupo 3 apresentaram os valores mais depletados, enquanto as águas mais enriquecidas pertenceram ao Grupo 2 e valores intermediários para as amostras do Grupo 1, que também apresentaram uma maior variação temporal, pois recebem um aporte de água de recarga, indicado pela maior variação nos meses de abril e julho e menor variação em janeiro. Na bacia BP3 o fluxo das águas subterrâneas no SASG apresenta direção preferencial Leste-Oeste. Nas porções mais rasas do aquífero, ocorrem águas com tipologia Ca-Mg-HCO3, associado a fluxos mais rápidos e localizados, pH mais ácido e recargas diretas pela chuva, e forte influência antrópica, caracterizada pelas concentrações de NO3 elevadas, observado no grupo 2. As águas de porções mais profundas do SASG, revelaram águas mais evoluídas, definidas pelos valores mais negativos de logPCO2, composição mais sódica (Na- HCO3), pHs com tendência de serem mais alcalinos.
1868
Geoquímica e isótopos nas águas subterrâneas
Contribuição Recentes do Cronômetro 81Kr e 4He para Caracterizar Fluxo Regional no SAG Autores: Roberto Kirchheim Palavras-chaves:
datação
, traçadores
, gestão
Resumo
Contribuição Recentes do Cronômetro 81Kr e 4He para Caracterizar Fluxo Regional no SAG
O SAG foi selecionado para o uso de técnicas de datação baseados em gases nobres, incluindo o cronômetro 81Kr e 4He, ambos traçadores para águas antigas a muito antigas. O diagnóstico realizado para o SAG permitiu constatar águas com idades bastante mais antigas que o fornecido pelos métodos mais tradicionais. A existência destas idades conferidas permitiu uma nova calibração dos modelos advectivos de fluxo regional do SAG. Ao incorporar ditas idades, verificou-se que as taxas de recarga resultaram menores que as anteriormente modeladas. Trata-se de uma informação de expressivo impacto no que diz respeito à gestão das águas subterrâneas do SAG.
1850
Águas subterrâneas e abastecimento público
CONTROLE DE SAÚDE AMBIENTAL DE SOLUÇÕES ALTERNATIVAS INDIVIDUAIS (SAI), APARTI DE CAPTAÇÕES SUBTERRÂNEAS, REGULARIZADAS ATRAVES DE DECLARAÇÃO DE USO DE RECURSOS HIDRICOS (DURH) Autores: Leandro Taveira de Oliveira Palavras-chaves:
Solução
, Abastecimento
, Consumo
Resumo
CONTROLE DE SAÚDE AMBIENTAL DE SOLUÇÕES ALTERNATIVAS INDIVIDUAIS (SAI), APARTI DE CAPTAÇÕES SUBTERRÂNEAS, REGULARIZADAS ATRAVES DE DECLARAÇÃO DE USO DE RECURSOS HIDRICOS (DURH)
É crescente o uso de Soluções alternativas individuais SAI’s para consumo humano, políticas de controle e vigilância sanitária tem seus procedimentos bem pautados para os usos de SAA e SAC ficando uma laguna metodologia para SAI’s, sendo é um grande desafio o seu controle. Nos últimos anos houve uma necessidade de regularização de soluções alternativas individuais SAI na região metropolitana de Goiânia através de programas de subsidio para aquisições de casas populares fazendo intensificar a procura para essa solução de abastecimento.
1735
Águas subterrâneas e o ambiente urbano
CORRELAÇÃO ENTRE PRECIPITAÇÃO E NÍVEL DE ÁGUA SUBTERRÂNEA EM UMA ÁREA DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS Autores: Maria Juliana de Melo Monte, Lucindo Antunes Fernandes Neto, Larissa Pena de Abreu Rolim, Pedro Henrique de Souza Volpini, Regison da Costa de Oliveira, Márcio Luiz da Silva Palavras-chaves:
Pluviosidade
, Nível Estático
, Recursos hídricos amazônicos
Resumo
CORRELAÇÃO ENTRE PRECIPITAÇÃO E NÍVEL DE ÁGUA SUBTERRÂNEA EM UMA ÁREA DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS
O presente trabalho teve como objetivo compreender qual fator exerce maior influência sobre a variação do nível de água de um poço de monitoramento situado no perímetro do Polo Industrial de Manaus, inserido na Bacia Hidrográfica do Educandos, cuja área é densamente urbanizada e antropizada. As variáveis utilizadas neste estudo compreendem o nível estático do poço, cujas medidas de nível foram obtidas através de medições automáticas do sensor de nível HOBO MX2001; o índice de pluviosidade, obtido através de uma estação meteorológica automática HOBO RX3000; e a cota do Rio Negro, obtida do Porto de Manaus. Tanto o poço de monitoramento quanto a estação meteorológica estão situados no mesmo perímetro, pertencentes à rede de monitoramento do Projeto IETÉ. O período de dados deste estudo é de 11 meses, compreendido entre 19/04/2021 a 24/03/2022. Os resultados encontrados apontam para uma forte correlação entre o nível do poço e a cota do Rio Negro, indicando que a oscilação do rio influencia diretamente na oscilação do nível estático, enquanto a correlação fraca entre o nível do poço e a precipitação pode ser decorrente do ambiente urbano impermeável.
1727
Investigação, monitoramento e modelagem numérica de águas subterrâneas
DADOS DE ELETRORRESISTIVIDADE E PIEZÔMETROS PARA ESTUDO DE IMPACTOS ENTRE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES E LAGO DO BOSQUE DA CIÊNCIA - MANAUS/AM. Autores: Jamile Dehaini, Josué da Silva Costa, Márcio Luiz da Silva, Alderlene Pimentel de Brito, Adriana Castro Conceição, Larissa Pena de Abreu Rolim, Jhade Coelho Figueiredo Palavras-chaves:
geofísica
, eletrorresistividade
, efluentes domésticos
Resumo
DADOS DE ELETRORRESISTIVIDADE E PIEZÔMETROS PARA ESTUDO DE IMPACTOS ENTRE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES E LAGO DO BOSQUE DA CIÊNCIA - MANAUS/AM.
Dentre os métodos de pesquisa utilizados para caracterização geológica e hidrogeológica de uma área para avaliação ambiental estão os métodos geoelétricos sendo a eletrorresistividade aplicada para estudar a propriedade física denominada resistividade elétrica dos materiais em subsuperfície.
No contexto hidrogeológico local, o Aquífero Alter do Chão (AAC) é o principal reservatório de águas subterrâneas da Bacia do Amazonas (Gonçales e Miranda, 2014). Apesar de ser o aquífero mais estudado da Região Amazônica, geralmente, as pesquisas são de abrangência apenas local (Pita et. al., 2018), sendo um dos principais recursos hídricos para abastecimento de Manaus e comunidades ribeirinhas.
O objetivo do estudo foi avaliar a influência da estação de tratamento de efluentes domésticos, a montante do Lago Amazônico (Bosque da Ciência - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia INPA/Manaus), na qualidade das águas subterrâneas. A partir da aquisição dos dados, via método da eletrorresistividade, foi realizado o tratamento dos mesmos, a interpretação dos resultados e integração com análise de outros dados existentes a partir de piezômetros instalados no entorno do lago.
1900
Águas subterrâneas e o ambiente urbano
DADOS PRELIMINARES ACERCA DA VULNERABILIDADE HIDROQUÍMICA EM ZONAS DE RECARGA AO LONGO DO RIACHO DAS PIABAS NO EMBASAMENTO CRISTALINO DA ÁREA URBANA DE CAMPINA GRANDE/PB Autores: Marianna Lima Costa, Aparecida Berta Lucia Pereira dos Santos, Josenildo Isidro dos Santos Filho, Francisco de Assis da Silveira Gonzaga, Edmilson Dantas da Silva Filho, Pedro Lucas Nunes da Silveira Palavras-chaves:
Aquífero cristalino
, Riacho das Piabas
, Qualidade de água
Resumo
DADOS PRELIMINARES ACERCA DA VULNERABILIDADE HIDROQUÍMICA EM ZONAS DE RECARGA AO LONGO DO RIACHO DAS PIABAS NO EMBASAMENTO CRISTALINO DA ÁREA URBANA DE CAMPINA GRANDE/PB
As águas subterrâneas estão intrinsecamente relacionadas à zonas de recarga a partir das águas superficiais. Em determinados contextos geológicos, alguns aquíferos possuem maior ou menor facilidade em realizar essa transição, no entanto a qualidade da água em que os corpos hídricos subterrâneos podem receber é um fator preocupante, uma vez que ocorrendo a contaminação do superficial há potencial de atingir o aquífero. Com base nesses conceitos, o presente escrito possui a finalidade de apresentar possíveis zonas de recarga do aquífero cristalino de Campina Grande/PB, situadas sob riachos-fenda, localizadas em parte do Riacho das Piabas e relacionar diretamente as zonas com os parâmetros físico-químicos do corpo hídrico em determinados pontos. Apropriando-se de metodologias adequadas de análises de água e da interpretação de imagens de satélites por softwares, foi diagnosticado a contaminação em determinados pontos do Riacho por esgoto doméstico clandestino e pela disposição inadequada de resíduos sólidos, potencializando o pressuposto da contaminação do cristalino. Por isso, é essencial uma abordagem ampla a respeito da vulnerabilidade do aquifero em questão.
1893
Águas subterrâneas e o ambiente urbano
DELIMITAÇÃO DAS ZONAS POTENCIAIS À CONTAMINAÇÃO POR NITRATO NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DOS SISTEMAS AQUÍFEROS BAURU E GUARANI NO ESTADO DE SÃO PAULO Autores: Claudia Varnier, Tatiana Tavares, Fausto Luis Stefani, José Luiz Albuquerque Filho, Priscilla Moreira Argentin, Mara Akie Iritani, Luciana Ferreira, Francisneide Soares Ribeiro Palavras-chaves:
nitrato
, águas subterrâneas
, zonas potenciais à contaminação
Resumo
DELIMITAÇÃO DAS ZONAS POTENCIAIS À CONTAMINAÇÃO POR NITRATO NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DOS SISTEMAS AQUÍFEROS BAURU E GUARANI NO ESTADO DE SÃO PAULO
O nitrato é o contaminante inorgânico de maior ocorrência em aquíferos no mundo, devido à sua alta mobilidade e persistência. Esse contaminante ainda continua sendo um grande desafio, apesar de todas as medidas e esforços empreendidos nas últimas décadas para proteção dos recursos hídricos subterrâneos em áreas urbanas, inclusive no estado de São Paulo. O objetivo principal deste estudo abrangeu o mapeamento das zonas com potencial de contaminação das águas subterrâneas por nitrato, proveniente de sistemas de saneamento, nas áreas urbanas de 304 municípios paulistas, sendo 207 assentados total ou parcialmente sobre o Sistema Aquífero Bauru (SAB) e 34, na porção aflorante do Sistema Aquífero Guarani (SAG). Para tanto, foram executadas as seguintes atividades: i) mapeamento da expansão urbana; ii) levantamento do uso e ocupação do solo e padrão de ocupação urbana; iii) definição da carga potencial de contaminação por nitrato; iv) geração de mapas de potencial de contaminação por nitrato e identificação de áreas críticas; v) proposição de medidas de proteção das águas subterrâneas; vi) priorização de estudos de detalhe. A execução de tais atividades permitiu desenvolver um sistema de classificação da carga potencial de contaminação das águas subterrâneas por nitrato, viabilizando a identificação de áreas mais críticas e o estabelecimento de recomendações para ações subsequentes. A partir dos resultados obtidos foram contabilizados 24 municípios para estudos prioritários, considerando aqueles onde há alguma detecção de concentração de nitrato acima do padrão de potabilidade (> 45 mg/L NO3-) na água subterrânea, e presença de áreas de carga potencial elevada para esse contaminante. Ademais, também foram propostas medidas de proteção das águas subterrâneas, organizadas e apresentadas segundo três situações distintas: áreas com poços contaminados por nitrato, áreas com carga potencial de nitrato elevada e áreas com alta criticidade.
1879
Sustentabilidade e Resiliência Hídrica: Papel das Águas Subterrâneas
Desenvolvimento de ferramenta para gestão de balanço hídrico na mineração Autores: Christian Milanez Preis, Nilson Guiguer, David Soares, Ana Carolina Santoro Palavras-chaves:
recursos hídricos
, balanço hídrico
, gestão da água
, gerenciamento de dados ambientais
Resumo
Desenvolvimento de ferramenta para gestão de balanço hídrico na mineração
A água é um recurso vital para a extração, produção e processamento de minérios. O seu uso pelas operações de mineração deve ser feito dentro de um rígido programa de gerenciamento de recursos hídricos, visando a minimizar os impactos ambientais, custos, competição de uso pela sociedade e riscos operacionais. Com o objetivo de facilitar o acompanhamento e gestão de dados relacionados a recursos hídricos, a Water Services and Technologies, em parceria com a mineradora Vale, desenvolveu uma ferramenta online para gestão dos recursos hídricos por meio do balanço hídrico operacional de suas unidades, identificando gargalos, situações de riscos hídricos, perdas de água ao longo do processo, oportunidades de reutilização de água e outras economias. A ferramenta também foi desenvolvida com o objetivo de ser intuitiva e dinâmica, com opções relevantes para o usuário ter a autonomia para montar o circuito hídrico e realizar eventuais adequações ao longo do tempo. A ferramenta apresenta três módulos: Circuito Hídrico, Dashboards e Mapas. A gerência corporativa da Vale estima que, com o auxílio da ferramenta de Balanço Hídrico, a empresa poderá economizar até 41 milhões de reais por ano. Esta economia ocorrerá em função de informações detalhadas e automatizadas fornecidas pela ferramenta do Balanço Hídrico, resultando na otimização dos processos, redução de perdas não contabilizadas e identificação de oportunidades de reutilização de água.
1791
Poluição, remediação e gerenciamento de águas subterrâneas
Designing a Fenton-like Process Using a Zero-Valent Iron-Based Material for the Removal of BTEX from Groundwater Autores: Ubiratan Hack, , Lucas Hansen Palavras-chaves:
Zero-Valent Iron
, Fenton-like
, BTEX
Resumo
Designing a Fenton-like Process Using a Zero-Valent Iron-Based Material for the Removal of BTEX from Groundwater
In this work, we have devised a Fenton-like process using zero-valent iron-based particles as catalyst. The optimal reaction time of 96h was determined in preliminary experiments, and the optimal catalyst-to-H2O2 ratio was determined via factorial experimental design, and determined to be approximately 9:7. The zero-valent iron-based particles (insoluble iron) presented a better performance regarding the average 96-h BTEX removal from a saturated aqueous gasoline solution than FeSO4.7H2O, a saline iron catalyst (80.73% versus 69.50%), which shows that the Fenton-like process developed here shows promise as remediation method for BTEX-contaminated groundwater.
1739
Gênero e Águas Subterrâneas
DESIGUALDADES DE GÊNERO NO SETOR DAS ÁGUAS SUBTERRANEAS Autores: Marcela Barcelos Barbosa, Ana Maciel de Carvalho, Barbara Zambelli, Jessica de Souza Gaby Barcellos, Isabella Nogueira Bittar de Castilho Barbosa, Gabriela Alves Marinho, Izabella Gontijo Pales, Juliana Couto, Maria Clara Morgado Palavras-chaves:
Desigualdade de gênero
, Segurança hídrica
, Usuarios finais de água
Resumo
DESIGUALDADES DE GÊNERO NO SETOR DAS ÁGUAS SUBTERRANEAS
As águas subterrâneas constituem o recurso natural mais extraído do subsolo brasileiro. Apesar do Brasil ter a maior reserva (13%) de água subterrânea do planeta, sua distribuição é desigual, resultando em mais de 35 milhões de brasileiros sem acesso à água potável. O presente trabalho busca uma melhor compreensão acerca das desigualdades de gênero no setor das águas subterrâneas apresentando um recorte dos usuários finais de água. Nesse cenário, o acesso à água potável é de suma importância para a redução das desigualdades. Assim sendo, foi aplicado um questionário online composto por 24 perguntas a tês cidades-piloto: Diamantina (MG), Ouro Preto (MG) e Macaé (RJ). Este questionário abordou temas como perfil dos habitantes, disponibilidade hídrica, diferenças de gênero na divisão do trabalho doméstico, de onde vem a água utilizada, o percentual de uso da água subterrânea e o conhecimento acerca da mesma. Os resultados da pesquisa mostram que 71% das ocorrências de falta d’água e 78% de relatos sobre sua má qualidade (cor e odor) advém das mulheres, quando falta água as mulheres são as principais responsáveis por solucionar o problema (58%) e por realizar tarefas domésticas (80%). Além disso, cerca de 26% dos entrevistados não sabiam dizer qual era a origem da água utilizada, enquanto os que sabiam, cerca de 13% eram abastecidos por água subterrânea. A análise espacial dos dados aponta para outras questões socioeconômicas: os altos índices de insegurança hídrica estão associados às áreas com maior concentração de população negra e de baixa renda. Esses resultados são de suma importância na compreensão do cenário atual em relação às desigualdades de gênero no setor das águas subterrâneas, trazendo à tona a necessidade de políticas de redução de desigualdades, com enfoque na segurança hídrica, que fomentem uma participação mais efetiva das mulheres, além de lhes garantir melhores oportunidades.
1731
Hidrogeologia dos Aquíferos Brasileiros
Determinação da velocidade de fluxo subterrâneo por imageamento elétrico Autores: Felipe Ben Rodrigues, Maiquel Kochhann Lunkes, Lucas Marchi da Motta, Leonardo Stumpf Palavras-chaves:
fluxo subterrâneo
, imageamento elétrico
, aquífero costeiro
Resumo
Determinação da velocidade de fluxo subterrâneo por imageamento elétrico
A velocidade do fluxo subterrâneo é um parâmetro importante para a hidrogeologia de uma região e torna-se essencial nos estudos de contaminação do meio ambiente pois pode fornecer dados sobre a velocidade de migração de contaminantes na subsuperfície. Com o objetivo de determinar tais velocidades horizontais e verticais de fluxo subterrâneo em uma área litorânea do Estado do Rio Grande do Sul foi executado caminhamento elétrico pelo arranjo dipolo-dipolo com espaçamento dos eletrodos de 2m e 7 níveis de investigação infiltrando-se uma solução salina em um ponto deste perfil e delimitar a movimentação desta pluma salina infiltrante no substrato sedimentar ao longo do tempo. O perfil executado no mesmo local do background após 20h de infiltração contínua da solução salina mostrou claramente o contraste entre a água salobra de baixa resistividade com a areia úmida e seca de resistividades moderadamente mais altas. Deste modo, conseguiu-se calcular tanto a velocidade de fluxo horizontal quanto a velocidade de fluxo vertical do aquífero.
1814
Recarga de Aquíferos
DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS DE AQUÍFERO POR TESTE DE BOMBEAMENTO EM POÇOS DE MONITORAMENTO EM BELÉM-PA Autores: Juliana Silva do Nascimento, André Lima da Costa, Giovanni Chaves Penner, Paulo Victor Nobre Lopes, Milena Jessica Guimarães Monteiro Palavras-chaves:
teste de aquífero
, aquífero livre
, condutividade hidráulica
Resumo
DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS DE AQUÍFERO POR TESTE DE BOMBEAMENTO EM POÇOS DE MONITORAMENTO EM BELÉM-PA
De acordo com Mariano (2005) a utilização dos sistemas aquíferos para diversas finalidades implica na avaliação dos parâmetros hidrodinâmicos, os quais são determinados através de interpretação das medidas e observações precisas e metódicas efetuadas durante um teste de bombeamento, ademais os ensaios de bombeamento devem ser adaptados em função da natureza do sistema a avaliar. Além disso, identificar esses parâmetros é necessário devido as diversas finalidades dos sistemas aquíferos como a captação das águas subterrâneas e do controle a vulnerabilidade do aquífero livre à contaminação.O objetivo desta pesquisa foi adequar o Campus Belém da Universidade Federal do Pará (UFPA) como área experimental para a determinação dos parâmetros do aquífero, a partir do software AQTESOLV, utilizando o método Tartakovsky e Neumann (2007) foi possível determinar os valores de Transmissividade (T) e indiretamente a Condutividade Hidráulica (K), Coeficiente de Armazenamento (S), Rendimento Específico (Sy) e Isotropia ou Anisotropia (Kz/Kr). Este estudo foi realizado durante a pandemia de COVID-19, através de um teste de bombeamento utilizando três poços de monitoramento, sendo os poços de observação: PM-01 e PM-03 e poço de bombeamento: PM-02, todos instalados na Cidade Universitária Prof. José da Silveira Netto, localizada na área urbana ao sul do município de Belém, capital do estado do Pará. A adaptação da metodologia originalmente usada para poços tubulares profundos em poços de monitoramento mostrou-se conveniente e a interpretação dos resultados usando o AQTESOLV forneceu parâmetros de aquífero condizente com os indicados na literatura. Desta forma confirmando o cenário amazônico dentro da faixa de variação apontada na literatura especializada.
1894
Educação e conscientização das águas subterrâneas
DIMENSIONAMENTO DE PERMEÂMETRO DE BAIXO CUSTO PARA DETERMINAÇÃO DE CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA SATURADA DE AMOSTRAS DE SOLO E MATERIAIS POROSOS Autores: Bruno Samaniego da Cunha, Jamil Alexandre Ayach Anache Palavras-chaves:
Lei de Darcy
, ensaio de permeabilidade
, análise dimensional
Resumo
DIMENSIONAMENTO DE PERMEÂMETRO DE BAIXO CUSTO PARA DETERMINAÇÃO DE CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA SATURADA DE AMOSTRAS DE SOLO E MATERIAIS POROSOS
Diante de uma realidade brasileira de baixos investimentos na ciência e tecnologia e um constante histórico de cortes e contingenciamentos, fez-se necessário buscar caminhos alternativos para incentivar o meio científico. O dimensionamento do permeâmetro de baixo custo tem como objetivo estimar materiais de fácil acesso e com medidas compatíveis com a norma ABNT NBR 13292 e a Lei de Darcy, para permitir pesquisas na área da condutividade hidráulica dos solos e também trazer uma abordagem mais prática para a educação. Após o dimensionamento, o permeâmetro ensaiou duas amostras, uma de solo arenoso e outra de solo argiloso, para determinar sua eficiência em mensurar resultados. Os ensaios demonstraram-se efetivos ao concluir que em cada amostra havia uma constante de condutividade hidráulica correspondente aos valores estimados. Analisou-se o escoamento e o número de Reynolds de cada amostra, para afirmar o carácter laminar do fluxo, e assim respeitar a Lei de Darcy. O equipamento se mostrou promissor em questões técnicas, contudo, ainda precisa de melhorias para tornar a sua operação mais prática e dinâmica.
1896
Investigação, monitoramento e modelagem numérica de águas subterrâneas
DINÂMICA HIDROQUÍMICA DA ÁGUA DE UM POÇO TUBULAR LOCALIZADO EM CAMPINA GRANDE – PB, SITUADA NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO, EM DIFERENTES ESTAÇÕES DO ANO Autores: Pedro Lucas Nunes da Silveira, Edmilson Dantas da Silva Filho Palavras-chaves:
Água Subterrânea
, Pluviometria
, Salinidade
, Contaminação
Resumo
DINÂMICA HIDROQUÍMICA DA ÁGUA DE UM POÇO TUBULAR LOCALIZADO EM CAMPINA GRANDE – PB, SITUADA NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO, EM DIFERENTES ESTAÇÕES DO ANO
Devido ao grande alcance social de águas subterrâneas, os poços quando bem construídos e protegidos, garantem a saúde da população. Porém, o aumento do uso, em grande parte, não foi conduzido através de planejamentos calcados no conhecimento, sendo o resultado de consecutivos programas emergenciais de combate aos efeitos da seca e de esforços isolados de companhias de saneamento (MAYA et. al. 2017). O poço em estudo, localiza-se dentro do Campus do Instituto Federal da Paraíba, na cidade de Campina Grande-PB, encontrando-se inserido na região do agreste paraibano, que possui clima semiárido, caracterizado pela irregularidade das chuvas durante todo o ano e elevadas temperaturas cujos principais aspectos são: território de 594,2km², população de 410.332 habitantes, situada a 512m de altitude e densidade demográfica é de 648,31 habitantes por km² (IBGE, 2022), temperaturas máxima média de 27,8ºC, mínima média de 19,2 ºC e média de 22,4 ºC, com precipitação média anual de 875,4 mm (INMET, 2022). A carga poluidora de esgotos constitui-se em fator significante na alteração da qualidade da água subterrânea em áreas urbanas. No contexto urbano são observados impactos tanto sobre a quantidade quanto a qualidade dos mananciais subterrâneos, devido às modificações nos mecanismos naturais de recarga dos aquiferos. Tais impactos irão variar conforme o tempo, os níveis de desenvolvimento industrial e o crescimento da população, seguidos pelo aumento da demanda por água e aumento na geração de esgotos (BARRET, 2004). Nessa conjuntura, com o propósito de analisar a qualidade da água subterrânea e sua dinamicidade em diferentes épocas do ano, foram realizadas coletas em nove meses do ano de 2019, com o intuito de correlacionar os índices pluviométricos, níveis de condutividade elétrica e salinidade com a possível influência de um corpo hídrico presente nas imediações do poço citado.
1861
Poluição, remediação e gerenciamento de águas subterrâneas
EFICIÊNCIA DE SOLUÇÕES BASEADAS NA NATUREZA PARA REMOÇÃO DE NUTRIENTES DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS EM ÁREAS VERDES URBANAS Autores: Vinicius Rogel Paulino de Oliveira, Reginaldo Antonio Bertolo, Ricardo Hirata, Tatiana L. dos Santos, Priscila Ikematsu, Luciano Zanella, Mariana Hortelani Carneseca Longo, Caroline Almeida Souza Palavras-chaves:
fitorremediação
, soluções baseadas na natureza
, aquífero freático
Resumo
EFICIÊNCIA DE SOLUÇÕES BASEADAS NA NATUREZA PARA REMOÇÃO DE NUTRIENTES DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS EM ÁREAS VERDES URBANAS
A urbanização acentuada ao longo dos anos causa impactos ambientais, com alterações profundas dos ciclos de água, massa e energia. Para amenizar os impactos nos recursos hídricos, o emprego de Soluções Baseadas na Natureza (SbN) tem sido vislumbrado como uma alternativa eficiente, de menor custo e com reduzido impacto à natureza. As SbN mimetizam os processos naturais em prol da melhoria das águas, em termos de sua qualidade e quantidade. A fitorremediação é uma técnica incluída como SbN e funciona a partir da interação de plantas com microrganismos na rizosfera para tratar solos e águas subterrâneas, assim como a técnica de Filtração em Margem (FM), que utiliza o serviço ecossistêmico de aquíferos para a purificação das águas. O objetivo do estudo é avaliar, em escala piloto no Horto Florestal de Bauru (SP), o potencial e a eficiência de SbN no tratamento de águas contaminadas com esgoto doméstico do córrego da Água Comprida com vegetação nativa. O trabalho terá três fases: (i) seleção da área do experimento considerando os critérios de existência de espécies vegetais nativas, hidrogeologia, segurança e logística, incluindo a aplicação de técnicas geofísicas; (ii) estabelecimento de backgrounds naturais na área, tanto no solo e zonas não saturada e saturada do aquífero; (iii) construção do campo de provas, com sistemas de coleta de água do córrego, sistemas de irrigação e injeção da água; e monitoramento das zonas saturadas (poços de monitoramento multinível) e não saturada (lisímetros de sucção e tensiômetros). Os dados coletados em todas as etapas serão analisados a partir de ferramentas de estatística descritiva. O estudo do potencial e eficiência de SbN em aquíferos freáticos na melhoria da qualidade de água subterrânea em ambientes urbanos, trará contribuições que auxiliarão o aumento da disponibilidade hídrica e o tratamento de água superficial contaminada.
1817
Conhecimento hidrogeológico voltado a exploração de águas subterrâneas
ELABORAÇÃO DE MAPAS DE TEOR DE SÓLIDOS TOTAIS (STD) DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS A PARTIR DE PERFILAGEM GEOFÍSICA Autores: Renato Macari, Fabiano Tomazini da Conceição Palavras-chaves:
Perfilagem Geofísica
, Sólidos Totais Dissolvidos
, Aquífero Guarani
, Aquífero Bauru
Resumo
ELABORAÇÃO DE MAPAS DE TEOR DE SÓLIDOS TOTAIS (STD) DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS A PARTIR DE PERFILAGEM GEOFÍSICA
O presente trabalho busca aproveitar os perfis geofísicos dos poços perfurados para abastecimento público na cidade de Bauru para a elaboração de mapas mostrando os teores de sólidos totais. Os valores foram calculados a partir das curvas de indução e normal curta e visam fornecer subsídios para locação de poços no município.
Na maioria dos casos a perfilagem atravessa o Aquífero Bauru e o Aquífero Guarani, o que permitiu estimar os valores separadamente para os dois aquíferos. Como a captação dos poços se concentra no Aquífero Guarani foi possível estabelecer correlações entre os valores obtidos pela geofísica e os valores das análises químicas da água bruta para o Aquífero Guarani em diferentes pontos da região.
1827
Investigação, monitoramento e modelagem numérica de águas subterrâneas
Elaboração de um programa de automatização de análises de sensibilidade de modelos hidrogeológicos numéricos, em regime transiente, no software FEFLOW, utilizando a linguagem de programação Python Autores: Caio Augusto Reis Macedo, Felipe André Ferreira Costa, Mateus Laboissiere Mol, Rafaela Assunção Gurita, Vitor Goulart Henrique Leite Palavras-chaves:
Modelagem Numérica
, Data Science
, Python
, FEFLOW
Resumo
Elaboração de um programa de automatização de análises de sensibilidade de modelos hidrogeológicos numéricos, em regime transiente, no software FEFLOW, utilizando a linguagem de programação Python
A análise de sensibilidade (AS) é uma importante etapa do modelamento hidrogeológico, responsável por apontar a intensidade com que um parâmetro influencia nos resultados, uma AS pode evidenciar inconsistências na parametrização do modelo que se corrigidas podem melhorar sua aderência. Contudo, a depender da complexidade do modelo, essa etapa pode tomar longos períodos, dada a quantidade de AS realizadas (parâmetros individuais e combinados) e o tempo de processamento gasto. Posto isso, os autores buscaram alternativas para tornar essa etapa mais célere por meio da elaboração de um código em Python que permite a execução de diversos cenários de maneira simultânea e automática. O software FEFLOW, desenvolvido pela DHI, é amplamente utilizado pelo setor de hidrogeologia para a elaboração de modelos hidrogeológicos numéricos, além disso apresenta um Application Programming Interface (API) em linguagem Python, por esses motivos o FEFLOW, em sua versão 7.4, foi selecionado para o processo de automatização. O programa desenvolvido consiste na utilização dos comandos do API em conjunto com outros pacotes open-source para automatizar o processo de variação dos parâmetros do modelo, a execução dos cenários e o salvamento dos resultados. Os parâmetros de entrada consistem no nome do projeto, no arquivo FEFLOW que contém o modelo (.fem), o número de cenários a serem analisados e um arquivo CSV com o nome e tipo dos elementos relevantes do modelo, e os multiplicadores dos parâmetros em cada cenário. Após o fim da simulação, o resumo dos resultados é salvo em um diretório pré-selecionado, cada arquivo de texto é identificado pelo nome do projeto e pelo parâmetro analisado. Observou-se que a execução de simulações por meio deste programa permite que as AS sejam feitas em um tempo reduzido, além disso, por se tratar de um processo automatizado, não é necessária a constante supervisão do usuário.
1794
Investigação, monitoramento e modelagem numérica de águas subterrâneas
Entendendo a hidrodinâmica interna de um sistema cárstico a partir do monitoramento hidrológico de sua nascente - Pains, MG Autores: Tássia Marques, Paulo Galvão, Pedro Assunção, Isabel Paiva, Bruno Pandolf Ladeira, Peter Marshall Palavras-chaves:
Hidrogeologia Cárstica
, Hidrograma de Nascente
, Parâmetros físico-químicos
, Precipitação
Resumo
Entendendo a hidrodinâmica interna de um sistema cárstico a partir do monitoramento hidrológico de sua nascente - Pains, MG
A natureza heterogênea e anisotrópica de aquíferos cársticos pode limitar a estimativa de seus parâmetros hidráulicos internos que condicionam o tipo de fluxo e armazenamento, sendo necessário o uso de técnicas apropriadas para uma melhor compreensão. O aquífero pode ser caracterizado por suas respostas externas a partir da análise de hidrogramas de nascentes, que é a representação gráfica do fluxo da nascente como resposta a um episódio de chuva. Indicadores como temperatura, condutividade elétrica e descarga também são amplamente utilizados na investigação hidrogeológica para caracterizar sistemas cársticos. As análises de séries temporais também são ferramentas usadas nessa investigação, sendo a precipitação e a vazão, os dados hidrológicos mais utilizados. A bacia do rio São Miguel (520 km²), inserida na Província Cárstica de Arcos Pains, é uma região altamente carstificada, com diversas entradas de cavernas, sumidouros, dolinas e nascentes cársticas, promovendo conexões entre drenagens superficial e subterrânea. Com o monitoramento temporal da condutividade elétrica, temperatura, vazão e precipitação, este trabalho estudou o comportamento sazonal de uma nascente cárstica durante um ciclo hidrológico. Os dados foram interpretados utilizando algumas técnicas estatísticas de análise de séries temporais. Os resultados indicam que a nascente é de circulação dinâmica, respondendo rapidamente à entrada de precipitação com o aumento da vazão; já a condutividade elétrica diminui a cada pico de vazão, apresentando média de 465,2 µS/cm e valor mínimo de 218,7 µS/cm. A correlação cruzada mostrou que o tempo entre os eventos de precipitação e a reação das descargas ocorrem em até 24 horas; já a função de coerência indica que alterações na precipitação são proporcionais aos valores das vazões, revelando correlação entre o sinal de entrada e saída dentro do sistema.
1831
Hidrogeologia dos Aquíferos Brasileiros
ESTIMATIVA DA VULNERABILIDADE NATURAL DE AQUÍFEROS NO MUNICÍPIO DE PORTO SEGURO – BA Autores: Ryu Okada, Andresa Oliva, Marcos Eduardo Cordeiro Bernardes Palavras-chaves:
águas subterrâneas
, metodologia GOD
, Costa do Descobrimento
, Bahia
Resumo
ESTIMATIVA DA VULNERABILIDADE NATURAL DE AQUÍFEROS NO MUNICÍPIO DE PORTO SEGURO – BA
O conhecimento das áreas com maior ou menor vulnerabilidade à contaminação nos aquíferos é de suma importância para a gestão eficiente e sustentável dos recursos hídricos subterrâneos. O objetivo deste trabalho foi elaborar o mapa de vulnerabilidade natural de aquíferos no município de Porto Seguro, no estado da Bahia, utilizando a metodologia GOD. Essa metodologia considera três parâmetros: G (Groundwater hydraulic confinement), O (Overlying Strata) e D (Depth to groundwater table). Em português o G considera o tipo de aquífero quanto ao seu grau de confinamento, o O a litologia da zona acima do nível estático e o D a profundidade do nível estático da água. O mapa de vulnerabilidade foi elaborado utilizando um Sistema de Informações Geográficas (SIG), aplicando as técnicas de sobreposição e operações numéricas. O mapa forneceu 4 graus de vulnerabilidade: baixíssima, baixa, média e alta, exceto o grau extremo. Deve-se atentar para regiões com classe alta, uma vez que são áreas suscetíveis a possível contaminação da água subterrânea na região e em seu entorno, tendo em vista que as águas subterrâneas estão em constante fluxo. Nesse caso, é imprescindível que se adote práticas de prevenção no desenvolvimento de atividades que coloquem em risco os aquíferos, em função de sua fragilidade natural.
1779
Recarga de Aquíferos
Estimativa de recarga do aquífero Guarani em área de afloramento (Analândia, SP) utilizando o método Water Table Fluctuation. Autores: Rafael Bassetto Ferreira, Marcos Fernando Villela de Oliveira, Ana Elisa Silva de Abreu, Gré de Araújo Lobo Palavras-chaves:
Gestão hídrica
, Recarga direta
, piezometria
Resumo
Estimativa de recarga do aquífero Guarani em área de afloramento (Analândia, SP) utilizando o método Water Table Fluctuation.
O gerenciamento sustentável de recursos hídricos, em especial, os subterrâneos, tem na recarga aquífera um elemento indispensável para as tomadas de decisões visando a manutenção da quantidade e qualidade das águas. Neste sentido, esta pesquisa aplicou o método de variação do nível de água (Water Table Fluctuation – WTF) para estimar a taxa de recarga do Sistema Aquífero Guarani (SAG), a partir de dados de monitoramento de um poço tubular profundo situado no município de Analândia, SP. A recarga média obtida, considerando a porosidade efetiva de 12,3 %, é de 278 mm/ano (17,8 % da precipitação média - 1563 mm/ano), entre os anos de 2009 e 2020. A taxa de recarga determinada está em conformidade com as encontradas na literatura para a área de afloramento do SAG no estado de São Paulo, que variaram entre 8,2 %, em Bofete, e 36 %, em Brotas.
1816
Recarga de Aquíferos
ESTIMATIVA DE RECARGA TEMPORAL E ESPACIAL DOS AQUÍFEROS LIVRES DA BACIA HIDROGRÁFICA DO BAIXO PARDO E GRANDE (UGRHI 12) Autores: Pedro de Medeiros Correia, Carolina Stager Quaggio, Didier Gastmans, Lucas Vituri Santarosa, Ariane Penteado Constantino, Hélio Correia da Silva Jhunior, Bruno Henrique Valdambrini Vieira, Edson Wendland, Amanda Rodrigues Soares, Leandro Torelli, Lia Nogueira Garpelli Palavras-chaves:
recarga de aquíferos livres
, gestão de recursos hídricos
, águas subterrâneas
Resumo
ESTIMATIVA DE RECARGA TEMPORAL E ESPACIAL DOS AQUÍFEROS LIVRES DA BACIA HIDROGRÁFICA DO BAIXO PARDO E GRANDE (UGRHI 12)
A estimativa de recarga de aquíferos constituí uma das principais ferramentas para a gestão sustentável e responsável dos recursos hídricos subterrâneos, possibilitando um controle de extração de águas subterrâneas com base nos volumes passíveis de renovação. A variação da recarga de um aquífero reflete o comportamento sazonal e interanual dos principais parâmetros climáticos que afetam o balanço hídrico em uma bacia hidrográfica: a precipitação e a evapotranspiração.
A Bacia Hidrográfica do Baixo Pardo e Grande (UGHRI 12) está localizada na porção nordeste do estado de São Paulo, na divisa com o estado de Minas Gerais (MG). Apesar do uso de águas superficiais na bacia ser intenso, é observado um aumento contínuo na explotação das águas subterrâneas desde 2015. O arcabouço geológico da UGRHI 12 constitui rochas sedimentares e vulcânicas de idade mesozoica, pertencentes a Bacia Sedimentar do Paraná, com afloramentos dos basaltos da Formação Serra Geral na borda leste da bacia e de sedimentos arenosos do Grupo Bauru na porção oeste, que armazenam, respectivamente, as águas dos Sistemas Aquífero Bauru (SAB) e Serra Geral (SASG).
Através do estudo foi possível correlacionar a diminuição das taxas da recarga potencial ao longo do período com a representatividade da geologia dos aquíferos cujas unidades afloram na bacia. Enquanto no SASG contribui mais para a manutenção direta das vazões através do escoamento superficial, o SAB obtém taxas maiores de recarga potencial em sua área, o que revela uma compartimentação bimodal do escoamento superficial em função do arcabouço geológico da área de estudo.
1869
Investigação, monitoramento e modelagem numérica de águas subterrâneas
ESTIMATIVA DO ALCANCE TEMPORAL DOS POÇOS RIMAS NO SISTEMA AQUIFERO BAURU (SAB) ATRAVÉS DA ANÁLISE VARIOGRÁFICA Autores: GUILHERME NOGUEIRA DOS SANTOS Palavras-chaves:
Variograma
, Krigagem
, RIMAS
Resumo
ESTIMATIVA DO ALCANCE TEMPORAL DOS POÇOS RIMAS NO SISTEMA AQUIFERO BAURU (SAB) ATRAVÉS DA ANÁLISE VARIOGRÁFICA
O Serviço Geológico do Brasil – SGB através da Superintendência Regional de São Paulo, opera desde 2010 uma rede de poços de monitoramento de água subterrânea no sistema aquífero Bauru (SAB) nos estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, composta por 35 poços piezométricos com a finalidade de acompanhar a evolução espacial e temporal dos níveis estáticos das águas subterrâneas. Neste estudo, os dados das séries históricas de nível d'água foram analisados pela ótica da geoestatística com intuito de verificar a dependência temporal entre os dados, estimar o alcance temporal das séries e quando possível, observar os ciclos sazonais através dos semi-variogramas. Foram construídos 35 semi-variogramas temporais através do software GS+ (V.7), calculado o índice de dependência temporal (IDT) e elaborado o mapa por krigagem com os alcances temporais, além dos mapas 2D e 3D da variação temporal. Os semi-variogramas indicaram a ausência de efeito pepita e alcance de 1.8 a 40.21 meses. O ajuste (R2) apresentou valores entre 0.144 e 0.989 e o modelo melhor ajustado para maioria dos poços foi o Gaussiano. Os valores calculados de IDT ficaram na maioria, acima de 90%. As conclusões foram de que os valores de IDT obtidos comprovam a dependência temporal entre as medidas, que o mapa de alcance temporal coincide com o mapa da superfície freática e que o ajuste observado pelo coeficiente de determinação (R2) de alguns semi-variogramas podem ser reflexos da falta de resposta aos ciclos sazonais.
1802
Poluição, remediação e gerenciamento de águas subterrâneas
ESTUDO DA QUALIDADE DA ÁGUA DOS AQUÍFEROS RASOS NA REGIÃO DO NORTE FLUMINENSE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO, E SUA INFLUÊNCIA NA SAÚDE DA POPULAÇÃO Autores: Zélia Maria Peixoto Chrispim, Izabel de Souza Ramos, Maria da Gloria Alves, Maria Teresa Condesso de Melo, Gerson Cardoso Silva Jr Palavras-chaves:
BACIA DE CAMPOS
, QUALIDADE DA ÁGUA
, ÁGUA SUBTERRÂNEA
, NORTE FLUMINENSE
, SAUDE PÚBLICA
Resumo
ESTUDO DA QUALIDADE DA ÁGUA DOS AQUÍFEROS RASOS NA REGIÃO DO NORTE FLUMINENSE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO, E SUA INFLUÊNCIA NA SAÚDE DA POPULAÇÃO
As águas subterrâneas são fundamentais para cumprir os compromissos da Agenda 2030 e seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Brasil. Diversos problemas de saúde podem resultar de certos componentes presentes nas águas, por isso há uma grande necessidade de se verificar a qualidade dessa, sua localização e sua exposição as cargas de poluição. A fonte de estudo dessa pesquisa, encontra-se na Região Norte Fluminense, mais precisamente nos municípios de Campos dos Goytacazes, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra, os quais estão situados na Bacia Sedimentar de Campos, em sua porção emersa, a qual possui um complexo sistema aquífero em multicamadas. Este estudo visou investigar a qualidade das águas dos aquíferos livres rasos e os constituintes iônicos tóxicos e carcinógenos, encontrados acima dos valores máximos permitidos pela legislação vigente no país e mostrar os possíveis problemas de saúde associados. A metodologia empregada consistiu na realização de um cadastro georreferenciado dos poços e coleta de amostras para análise físico-química. O resultado das análises obtidas demonstra que a condutividade encontrada foi alta, fora dos padrões de potabilidade, o pH predominou entre as faixas ácida a alcalina, na temperatura registrou-se a sua elevação quando captadas próxima à superfície. No caso dos elementos iônicos foi observado que os elementos: alumínio, antimônio, arsênio, cádmio, chumbo, ferro, mercúrio e manganês ocorreram acima do padrão nas amostras, apresentando uma variação na concentração fora dos valores máximos permitidos, o que é preocupante visto o risco que apresentam para a saúde humana, pois são elementos tóxicos e carcinogêneos. Portanto, a sua indicação em alguns dos poços investigados é perturbadora, pois alguns deles são utilizados para abastecimento doméstico, pecuária e irrigação. Ou seja, a sua presença indica a contaminação desse aquífero, em algum momento da percolação de suas águas pelos sedimentos ou por fontes de contaminação.
1766
Águas subterrâneas e o ambiente urbano
ESTUDO DAS CAPTAÇÕES DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO NAS PROXIMIDADES DE ÁREAS CONTAMINADAS POR DERIVADOS DO PETRÓLEO NA BACIA DO RIO PIRACICABA, MG. Autores: Carolina Barcelos Silva de Andrade, Maíra Moreira Morais, José Augusto Costa Gonçalves Palavras-chaves:
BTEX
, Postos de Combustíveis
, Água Subterrânea
Resumo
ESTUDO DAS CAPTAÇÕES DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO NAS PROXIMIDADES DE ÁREAS CONTAMINADAS POR DERIVADOS DO PETRÓLEO NA BACIA DO RIO PIRACICABA, MG.
No estado de Minas Gerais cerca de 73% das contaminações são oriundas de postos de combustíveis, expondo a necessidade de avaliações mais detalhadas dos recursos hídricos consumidos pela população humana em relação à possível presença dos Hidrocarbonetos de Petróleo (HP). O presente trabalho teve como objetivos: i) identificar e avaliar os dados referentes à evolução do cenário de contaminação por postos de combustíveis entre 2014 e 2020, com base no Cadastro de Áreas Contaminadas e Reabilitadas da FEAM na circunscrição hidrográfica do Rio Piracicaba (CH DO2); ii) Avaliar se há correlação das Áreas Contaminadas e Reabilitadas com as outorgas de uso da água e o uso insignificante da água para consumo humano CH DO2. A localização das áreas contaminadas foi georreferenciada através do software Arcgis 10.1 e foram criadas circunferências, chamadas nesse trabalho de buffers de risco de contaminação dos locais de captação de água para consumo humano, sendo eles de 40, 100, 150, 300 e 500 metros. A captação de água subterrânea para o consumo humano foi identificada no entorno de 10 das 15 áreas contaminadas por HP. Ao analisarmos o volume de captação no entorno das áreas contaminadas,50 outorgas e 28 usos insignificantes da água para consumo humano estavam presentes na amostra, com um volume de captação de 81,3m³/dia há até 150 metros das áreas contaminadas. Esses dados demonstram a captação de volume considerável de água para consumo humano de forma tão próxima das áreas contaminadas, ressaltando a necessidade de avaliação da possível contaminação ambiental por HP alcançarem esse recurso e serem consumidas nas residências da área amostrada.
1903
Águas Subterrâneas na Política e Governança dos Recursos Hídricos
ESTUDO DE PERÍMETROS DE PROTEÇÃO DE POÇOS NO SISTEMA AQUÍFERO BAURU NO ESTADO DE SÃO PAULO Autores: José Luiz Albuquerque Filho, Mara Akie Iritani, Fausto Luis Stefani, Nádia Franqueiro Corrêa, Karoline Alves de Araujo, Tatiana Tavares Palavras-chaves:
perímetros de proteção de poços
, Sistema Aquífero Bauru
, proteção sanitária
Resumo
ESTUDO DE PERÍMETROS DE PROTEÇÃO DE POÇOS NO SISTEMA AQUÍFERO BAURU NO ESTADO DE SÃO PAULO
A legislação do Estado de São Paulo relativa à proteção da água subterrânea (São Paulo, 1988, 1991 e 2018) estabeleceu a Área de Proteção de Poços, composta pelo Perímetro Imediato de Proteção Sanitária e pelo Perímetro de Alerta.
O primeiro visa preservar a integridade física da captação e proteger contra a entrada de poluentes no próprio poço, enquanto o Perímetro de Alerta, voltado aos poços de abastecimento público, visa a proteção contra a poluição microbiológica, adotando o tempo de trânsito de 50 dias como critério para sua delimitação.
Para subsidiar a aplicação desses instrumentos, o presente estudo avaliou as condições do Perímetro Imediato de Proteção Sanitária e apresentou uma proposta de Perímetro de Alerta para os poços de abastecimento público de 29 municípios que explotam o Sistema Aquífero Bauru.
A avaliação da conformidade do Perímetro Imediato de Proteção Sanitária foi realizada com base em vistoria em campo e nas orientações estabelecidas na Instrução Técnica IT-DPO nº 10/2017 (DAEE, 2018). Os resultados mostraram que, em 28% dos poços, esse perímetro não apresenta a área mínima exigida por essa normativa, contudo, os componentes da proteção sanitária apresentam, em geral, boas condições de conservação. Há deficiência relacionada ao selo sanitário, onde apenas 61 poços apresentaram dados e desses, somente 46% tinham profundidade de cimentação em acordo com DAEE (2018).
O cálculo dos limites da zona de transporte de 50 dias foi realizado pelo método do raio fixo calculado e resultou em perímetros com raios inferiores a 30 m para 87% dos poços, indicando que as áreas para a implantação do Perímetro de Alerta não causariam impacto significativo ao planejamento e controle do uso do solo.
No estudo foram elencadas recomendações para a conservação da proteção sanitária dos poços existentes e propostas medidas para a proteção no âmbito do Perímetro de Alerta.
1786
Hidrogeologia aplicada a questões de engenharia
ESTUDO HIDROGEOLÓGICO PARA A GESTÃO HÍDRICA NO DESAGUAMENTO DAS MINAS SUBTERRÂNEAS ATRAVÉS DO PROJETO ÁGUA LIMPA Autores: José David Ferreira Moura Palavras-chaves:
Estudo Hidrogeológico
, Desaguamento
, Gestão Hídrica
Resumo
ESTUDO HIDROGEOLÓGICO PARA A GESTÃO HÍDRICA NO DESAGUAMENTO DAS MINAS SUBTERRÂNEAS ATRAVÉS DO PROJETO ÁGUA LIMPA
A presença de água interfere nas cavas e minas subterrâneas, e é indesejável por por gerar dificuldades operacionais em todo desenvolvimento e frentes de lavra. Por isso, é de extrema importância os estudos hidrogeológicos nas fases inicias dos projetos e nas operações. Para estes estudos se faz necessária a implantação de uma rede de monitoramento que irá fornecer dados sobre os diversos cenários hidrogeológicos da área verificada para a gestão hídrica. Dentre estes monitoramentos podemos citar o mapeamento das estruturas, furos de sonda, medições de vazão e coleta de águas para estudo hidroquímico. O objetivo é quantificar, qualificar e caracterizar o volume de água na mina para execução do desaguamento. Entre 2009 e 2011, com o avanço da mina e as altas precipitações, ocorreu o aumento de água na mina e barragens. A ETE - Estação Tratamento de Efluentes, não conseguia suprir toda a demanda, e, por isso, foi priorizado o tratamento de água das barragens, diminuindo a vazão de água tratada da mina, o que promoveu a perda de produção pelo acúmulo de água nas frentes. Com isso verificaram-se os resultados das análises d’ água, através dos quais encontraram uma excelente alternativa operacional e ambiental, conhecida por Projeto Água Limpa.
1820
Águas Subterrâneas na Política e Governança dos Recursos Hídricos
Estudo Preliminar Simplificado das Ocorrências Aquíferas no Rio Grande do Sul para fins de Gestão dos Recursos Hídricos Autores: Luciano Brasileiro Cardone, Carlos José Sobrinho da Silveira, Ingo Schneider, Diego Polacchini Carrillo, Flávia Ávila Dias, Francielle da Silva Niewinski, Francisco Paulo Garcia, Kevin Caselani de Siqueira, Leandro Luiz Reinehr Palavras-chaves:
gestão de recursos hídricos
, águas subterrâneas
, usos múltiplos
Resumo
Estudo Preliminar Simplificado das Ocorrências Aquíferas no Rio Grande do Sul para fins de Gestão dos Recursos Hídricos
O Departamento de Gestão de Recursos Hídricos e Saneamento (DRHS) vinculado à Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA), órgão gestor dos recursos hídricos no Rio Grande do Sul foi provocado pelo Governo para construção de um estudo preliminar da viabilidade do uso das águas subterrâneas como complementação às fontes superficiais em condições de estiagem. Os sistemas aquíferos do RS em 4 Domínios Hidrogeológicos reunindo-se as características gerais dos sistemas aquíferos nominados em: 1) Domínio do Embasamento Cristalino (DEC); 2) Domínio Granular da Depressão Periférica (DGDP); 3) Domínio Fraturado Vulcânico (DFV); 4) Domínio Poroso Litorâneo (DPL). A forte estiagem vivida no verão de 2022 tem pressionado as águas subterrâneas no RS de tal modo que o Governo do Estado projetou, a partir da Secretaria da Agricultura Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), a perfuração de centenas de poços para finalidade em usos múltiplos. Tal projeto mostrou-se inviável. Custos envolvidos na perfuração e na perda hídrica revelaram despesas que dificilmente atenderão boa parte das demandas.
1720
Águas subterrâneas e abastecimento público
ESTUDO QUALIQUANTITATIVO E CADASTRAMENTO DOS USUÁRIOS DAS FONTES NATURAIS DE ÁGUA DO CARIRI Autores: Zulene Almada Teixeira, Ana Lúcia Maia de Souza, Davi Martins Pereira, José Guilherme Filgueira da Silva, Francimeyre Freire Avelino, Fátima Lorena Magalhães Ferreira, José Ronaldo Alves Guedes Palavras-chaves:
Fontes
, Vazões
, Usuários
Resumo
ESTUDO QUALIQUANTITATIVO E CADASTRAMENTO DOS USUÁRIOS DAS FONTES NATURAIS DE ÁGUA DO CARIRI
A região do Araripe Oriental (Cariri), no contexto hidrogeológico do estado do Ceará, é de alta relevância, pois importantes aquíferos são explotados para diversas finalidades. Nesse cenário, destacam-se as surgências naturais, que segundo o levantamento realizado pelo Departamento Nacional da Produção Mineral (1996), somam 293 somente no território cearense. As fontes cadastradas neste domínio representam os exutórios naturais do aquífero livre da Formação Exu, cuja área de recarga é o topo da Chapada do Araripe. Essas fontes contribuem para o sistema hidrológico da sub-bacia do rio Salgado, assim como para a recarga do Sistema Aquífero Médio na Zona de Pediplano da Bacia do Araripe. Ocorrem em pontos coincidentes com fraturas e falhas geológicas, condicionadas também pela zona de contato entre o Sistema Aquífero Superior (Formações Exu e Arajara) e o Aquiclude Santana.
Nessa Região, 80 (oitenta) fontes naturais outorgadas pelo Estado abastecem a população local em diversos usos. Segundo informações de alguns usuários, as vazões destas fontes vêm diminuindo ao longo dos anos, motivo pelo qual o estudo foi desenvolvido. As medidas das vazões foram realizadas em intervalos de tempos no decorrer dos anos de 2018 a 2019. Inicialmente foi realizado o cadastramento dos usuários e a coleta de amostras de água para análises bacteriológicas (coliformes totais e Escherichia coli) e dos nitrogenados (nitrogênio amoniacal, nitrito e nitrato). No entanto, o ponto chave foi averiguar a variação da vazão dessas fontes, garantindo a segurança hídrica nos processos de outorga.
1750
Águas subterrâneas e abastecimento público
ESTUDOS DOS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS EM AGUA SUBTERRÂNEA DO SITIO GUARIBARA NO MUNICÍPIO DE LAGOA SECA-PB Autores: Edmilson Dantas da Silva Filho, Pedro Lucas Nunes da Silveira, Josenildo Isidro dos Santos Filho, Geraldo da Mota Dantas, Francisco de Assis da Silveira Gonzaga, Aldeni Barbosa da Silva, Marília Fernanda Pereira Sales Gabriel, Cailane Barbosa Gomes Guerra, Gislayne Sabrina de Lira Bertoldo, Marcos Antonio de Andrade Junior, Maria Eduarda de Lima Santos, ISABELLA SILVA SOUZA Palavras-chaves:
água
, estudos
, análises
, saúde
, parâmetros
Resumo
ESTUDOS DOS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS EM AGUA SUBTERRÂNEA DO SITIO GUARIBARA NO MUNICÍPIO DE LAGOA SECA-PB
O município de Lagoa Seca-PB, localiza-se na Região Metropolitana de Campina Grande, estado da Paraíba. Sua população em 2020 foi estimada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 27.617 habitantes, distribuídos em 109 km² de área (IBGE, 2021).O presente trabalho tem como objetivo estudar os parametros físicos-químicos em água subterrâneas do sitio Guaribara no município de Lagoa Seca-PB. As análises dos parâmetros físico-químicos foram realizadas no Laboratório de Química (LQ) do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), campus de Campina Grande-PB. A amostra foi demarcada no no GPS Garmim, sendo o ponto 1: S 7º10’14’’. 2; W 35º51’10’’. A portaria GM/MS de nº 888 de 4 de maio de 2021 estabelece valor máximo de 1000, 250, 350 e menor que 10 mg/L respectivamente (BRASIL, 2021). O valor médio do pH foi 8,0 caracterizando uma água de caráter básico, já parâmetro dureza total encontrado foi de 980 mg/L correspondendo uma água muito dura (BRASIL, 2021). Os demais valores médios encontrados foram: condutividade elétrica (1.525 µS/cm), sólidos totais dissolvidos (1.210 ppm a 25°C), cor aparente (5 uH), alcalinidade (345 mg/L), cloretos (730 mg/L), dureza de cálcio (425 mg/L), dureza de magnésio (555 mg/L) e acidez carbônica de 52 mg/L de CaCO3.Conclui-se que a água do poço tubular localizado no sitio Guabiraba no município de Lagoa Seca-PB, não pode ser consumida pela população local sem que haja um tratamento prévio, tendo em vista que os parâmetros sólidos totais dissolvidos, cloreto, alcalinidade, dureza total e acidez carbônica obteveram valores médios superiores ao permitido pela resolução de nº 396 de 3 de abril de 2008 e pela portaria GM/MS de nº 888 de 4 de maio de 2021. Dessa forma, a água analisada no presente estudo não podem ser consumidas pela população soledadense sem que ocorra um tratamento prévio, a fim de que nenhum habitante tenha sua saúde prejudicada pelo consumo de água subterrânea imprópria.
1749
Águas subterrâneas e abastecimento público
ESTUDOS DOS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS EM ÁGUA SUBTERRÂNEA DO SITIO MOLHADA VERMELHA NO MUNICÍPIO DE SOLEDADE-PB Autores: Edmilson Dantas da Silva Filho, Pedro Lucas Nunes da Silveira, Francisco de Assis da Silveira Gonzaga, Josenildo Isidro dos Santos Filho, Geraldo da Mota Dantas, Aldeni Barbosa da Silva, Marilia Fernanda Pereira Sales Gabriel, Maria Auxiliadora de Brito Lira Dal Monte, Cailane Barbosa Gomes Guerra Palavras-chaves:
água
, estudos
, análises
, saúde
, parâmetros
Resumo
ESTUDOS DOS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS EM ÁGUA SUBTERRÂNEA DO SITIO MOLHADA VERMELHA NO MUNICÍPIO DE SOLEDADE-PB
A água é um recurso natural indispensável como principal componente de seres vivos ou como meio de vida de várias espécies vegetais e animais (SANTOS et al., 2019). É notório que dos 3% de água doce disponíveis no planeta, apenas 0,01%encontra-se nos rios e nos lençóis freáticos, sendo esse percentual usado para o consumo do homem e de outros seres vivos. No Brasil, as legislações vigentes que tratam da qualidade das águas subterrâneas são a resolução de nº 396 de 3 de abril de 2008, que Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas e dá outras providências do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA, 2008) e a portaria GM/MS de nº888 de 4 de maio de 2021 que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade (BRASIL, 2021). O presente trabalho tem como objetivo estudar os parâmetros físico-químicos em água subterrâneas do sitio molhada vermelha no município de Soledade-PB.
As análises dos parâmetros físico-químicos foram realizadas no Laboratório de Química (LQ) do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), campus de Campina Grande-PB. A amostra foi demarcada no no GPS Garmim, sendo o ponto 1: S 7º8’00’’. 2; W 36º19’00’’. A coleta foi realizada em garrafa de poli tereftalato de etileno (PET) no período seco (2021). Conclui-se que a água do poço tubular localizado no sitio molhada vermelha no município de SoledadePB, não pode ser consumida pela população local sem que haja um tratamento prévio, tendo em vista que os parâmetros sólidos totais dissolvidos, cloreto, dureza total e acidez carbônica obteveram valores médios superior ao permitido pela resolução de nº 396 de 3 de abril de 2008 e pela portaria GM/MS de nº 888 de 4 de maio de 2021. É necessário a realização de medidas alternativas para o tratamento dessa água para que ela possa ser consumida sem que haja danos à saúde da população que consumir.
1848
Geoquímica e isótopos nas águas subterrâneas
EXCESSO DE CONCENTRAÇÃO DE FERRO NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DE JOINVILLE-SC Autores: Marcelo Goffermann, Marcos Alexandre de Freitas, Eliel Martins Senhorinho Palavras-chaves:
hidrogeologia
, poços tubulares
, hidroquímica de águas subterrâneas
, águas subterrâneas
Resumo
EXCESSO DE CONCENTRAÇÃO DE FERRO NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DE JOINVILLE-SC
O Serviço Geológico do Brasil -CPRM foi contratado pela Prefeitura Municipal de Joinville para efetuar o mapeamento geológico e hidrogeológico dentro do perímetro municipal. Situado na região nordeste do estado de Santa Catarina, o município, de porte médio, está inserido, sob o ponto de vista geológico, dentro da Província Geotectônica da Mantiqueira (Almeida, et ali.,1981) e no Bloco Paranaguá (Cury, 2009). O embasamento cristalino, constituído por essas duas unidades geotectônicas, é constituido por rochas granítico-gnáissicas, associadas à rochas metaultramáficas, quartzitos e formações ferríferas bandadas (BIFS). Recobrindo estas unidades, ocorrem os depósitos sedimentares da Planície Costeira, a leste, e depósitos aluvionares e coluvionares decorrentes do intemperismo que afetam as rochas do embasamento cristalino, nas demais áreas do município. A hidrogeologia da área estudada é constituída, basicamente, por dois sistemas aquíferos: o aquífero fraturado, gerado por falhas e fraturas nas rochas granítico-gnáissicas do embasamento cristalino e o aquífero granular, formado pelos sedimentos cenozóicos da Planície Costeira e pelos depósitos alvionares e coluvionares, presentes nas planícies fluviais e depósitos de encostas, respectivamente. Além desses, os mantos de intemperismo das rochas do embasamento cristalino também são aquíferos de relevância no local. Pelas condições geológicas e hidrogeológicas da região, os aquíferos granulares apresentam problemas de excesso de concentração de ferro, tornando as águas captadas impróprias para todos os tipos de uso. Para este estudo foram realizadas 60 análises físico-químicas em poços tubulares e ponteiras do município, cadastrados durante o mapeamento. As concentrações de ferro total nas águas de Joinville oscilam entre 0 e 12,57 mg/L. Nos aquíferos fraturados a mediana é de 0,08mg/L e os valores mais frequentes estão entre 0,05 e 0,16mg/L, enquanto que nos aquíferos granulares o valor de intervalo mais frequente está entre 0,05 e 0,48mg/L e encontram-se muito mais valores extremos e outliers.
1730
Hidrogeologia aplicada a questões de engenharia
Fator de correção para cálculo da taxa de infiltração (K) na zona freática do aquífero quaternário costeiro para dimensionamento correto de ETEs no litoral norte do Rio Grande do Sul Autores: Maiquel Kochhann Lunkes, Camila Didio Rodrigues Chaves Palavras-chaves:
aquífero costeiro
, taxa de infiltração
, esgotamento sanitário
Resumo
Fator de correção para cálculo da taxa de infiltração (K) na zona freática do aquífero quaternário costeiro para dimensionamento correto de ETEs no litoral norte do Rio Grande do Sul
Das 11 Estações de Tratamento de Esgoto no litoral norte gaúcho operadas pela Companhia Riograndense de Saneamento – CORSAN, algumas delas apresentam infiltração insuficiente de efluente tratado conforme previamente estabelecido em projeto. Com o intuito de criar um fator de correção para melhorar a assertividade dos projetos de futuras instalações, este estudo buscou relacionar a taxa de infiltração real das ETEs com a taxa de infiltração obtida por meio de ensaios, conforme a norma NBR 13969/1997, realizados no entorno das estações de tratamento com problema. O resultado demonstrou boa correlação entre a taxa real e a taxa ensaiada de infiltração entre as ETEs avaliadas, evidenciando que a baixa infiltração das ETEs pode ser reproduzida em ensaio. Porém houve grande discrepância entre a taxa real de infiltração e a taxa ensaiada, criando fatores de correção de 31,95% para a região norte da área de estudo e de 17,44% para a região sul a área de estudo. Estes resultados corroboram a Portaria FEPAM Nº. 68 e auxiliam no calculo de projetos futuros de novas ETEs na região.
1859
Águas Subterrâneas na Política e Governança dos Recursos Hídricos
FISCALIZAÇÃO PLANEJADA COMO APOIO À GESTÃO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA Autores: Hélvio Alessandro de Lima Ferreira, Roberto Chaves da Silva, Eduarda Oliveira Casanova, Eduardo Dornelas do Monte, Ligia Maria Enders Jair Povoas, Marcos Antonio de Aguiar Carvalho, Rafaela Vieira Ribeiro, Gilberto Queiroz de Lima Filho, Renata Barros Pinheiro, Micaella Raíssa Falcão de Moura, Suzana Maria Gico Lima Montenegro Palavras-chaves:
Fiscalização
, planejamento
, comercialização
Resumo
FISCALIZAÇÃO PLANEJADA COMO APOIO À GESTÃO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA
Planejamento nas ações de fiscalização pode beneficiar a gestão dos recursos hídricos subterrâneos, por buscar garantir usos múltiplos e definir melhores estratégias de ação, em vez de apenas atender a denúncias pontuais, além de otimizar aspectos administrativos das agências executoras da política de recursos hídricos. Diante disto, a equipe de fiscalização dos recursos hídricos em Pernambuco elaborou um planejamento visando à realização de uma campanha de fiscalização voltada a um segmento de usuários adotando as etapas de definição os usos significantes, levantamento dos processos de outorga existentes para os usos definidos, mapeamento das áreas identificadas como potenciais de uso, pesquisa na internet pelos possíveis usuários definidos, reconhecimento em campo da área e identificação geral dos usuários, cruzamento de informações, ida à área com atuação nas irregularidades detectadas e autuação com base nos enquadramentos legais. O uso definido para a campanha executada ao longo de um período de doze meses, foi comercialização da água subterrânea, cujos processos de outorga existentes foram levantados e uma parcela recebeu a ação da fiscalização. Decorrente desta campanha, algumas sugestões dos agentes de fiscalização foram recebidas pela administração com prosseguimento no atendimento destas demandas, tais como a sugestão de melhorias legais com a revisão do decreto que regulamenta a fiscalização, a atualização de estudos hidrogeológico, a modelagem de um aplicativo móvel para a atividade e um sistema informatizado para apoio às atividades.
1877
Conhecimento hidrogeológico voltado a exploração de águas subterrâneas
Fluxo de águas subterrâneas em fraturas em aquífero cárstico neoproterozoico Autores: Tereza Filpi, Paulo Galvão, Gustavo Athayde Palavras-chaves:
Cárste
, Perfilagem geofísica
, Permeabilidade
, Transmissividade
Resumo
Fluxo de águas subterrâneas em fraturas em aquífero cárstico neoproterozoico
A permeabilidade em sistemas cársticos é heterogênea e de difícil interpretação em sua grande maioria. Em se tratando de aquíferos cársticos neoproterozoicos, tem-se uma matriz com baixas permeabilidades e o fluxo de água subterrâneo ligado principalmente a fraturas e condutos presentes no reservatório. Em certas situações, pode haver uma única fratura responsável por todo o volume de água que é extraído em um poço. Estas particularidades tornam difícil o estudo dos parâmetros hidráulicos neste tipo de aquífero. Para auxiliar a compreensão do fluxo em fraturas neste tipo de terreno este trabalho buscou estimar a transmissividade em fraturas existentes em um poço tubular presente nos mármores dolomíticos da Formação Capiru, no aquífero carste paranaense, O trabalho utilizou dados de filmagem do poço, perfilagem geofísica acústica de alta resolução e equação empírica para calcular a transmissividade nas diferentes fraturas mapeadas com base em uma direção, mergulho e abertura. Foram identificadas 124 fraturas no poço, com aberturas que variam de 0,5 mm até 3,0 mm, gerando transmissividades entre 9 m²/d até 2,9 m²/d. Com base nestes valores conclui-se que as aberturas geram uma variação de até quatro ordens de magnitude na transmissividade calculada para cada fratura, enquanto o mergulho é responsável por uma variação de uma ordem de grandeza. Estas mesmas variações foram também observadas para transmissividades calculadas por testes de bombeamentos em outros aquíferos cársticos neoproterozoicos correlatos.
1773
Investigação, monitoramento e modelagem numérica de águas subterrâneas
GERENCIAMENTO INTEGRADO DE DADOS DE SONDAGENS E POÇOS: OTIMIZANDO A ORGANIZAÇÃO, O PROCESSAMENTO, A VISUALIZAÇÃO E A INTERPRETAÇÃO DE PERFIS Autores: Marcos Bolognini Barbosa, Sasha Tom Hart, Reginaldo Bertolo Palavras-chaves:
gerenciamento integrado de dados
, WellCad
, sondagens e poços
, perfilagens geofísicas
Resumo
GERENCIAMENTO INTEGRADO DE DADOS DE SONDAGENS E POÇOS: OTIMIZANDO A ORGANIZAÇÃO, O PROCESSAMENTO, A VISUALIZAÇÃO E A INTERPRETAÇÃO DE PERFIS
Para dar suporte ao gerenciamento dessa variedade de dados, o uso de aplicativos, como o WellCad (ALT, 2022), tem se mostrado essenciais para prestadores de serviço e gestores. O aplicativo funciona como um repositório que permite a importação de praticamente todos os formatos de arquivos e sua manipulação de maneira interativa. A capacidade de processamento dos dados é especialmente importante pois concentra todos os recursos em uma única plataforma, como por exemplo: digitalização de testemunhos; cálculo de desvio do furo; processamento de ressonância magnética; sônico de espectro total; integridade do revestimento; correlação de poços em sessões geológicas; processamento de imageamentos e estruturas; hidrogeologia; processamentos básicos (estatística, gráficos, conversões, correções etc.); e automatização via programação.
Para ilustrar a aplicabilidade deste tipo de aplicativo foi selecionado um estudo realizado em um poço tubular (poço 255) localizado dentro de uma área contaminada em um antigo bairro industrial onde foram realizadas uma série de atividades de investigação (Barbosa, M. B., 2019). Antes deste estudo as únicas características conhecidas do poço eram aquelas mínimas contidas no registro de outorga, como dados da perfuração, de instalação e ensaio de bombeamento. A avaliação do perfil integrado do poço 255 possibilitou uma caracterização unidimensional de detalhe das estruturas que interceptam o poço, dinâmica de fluxo do furo e propriedades hidráulicas do aquífero. Com isso foi possível entender qual a distribuição vertical da contaminação, quais as zonas que produzem água no furo, qual o risco que o furo aberto apresenta para o espalhamento da contaminação no aquífero fraturado. Esta abordagem foi considerada muito efetiva e eficaz e embasou os próximos passos de gerenciamento e uso da área.
1845
Águas subterrâneas e abastecimento público
GESTÃO EM RECURSOS HIDRICOS SUBTERRÂNEOS, UMA PROPOSTA PARA O MUNICIPIO DE SENADOR CANEDO-GO Autores: Leandro Taveira de Oliveira Palavras-chaves:
Gestão
, Recursos Hidricos
, Abastecimento
Resumo
GESTÃO EM RECURSOS HIDRICOS SUBTERRÂNEOS, UMA PROPOSTA PARA O MUNICIPIO DE SENADOR CANEDO-GO
As águas subterrâneas têm um importante papel nos sistemas de abastecimento público, e sua má exploração pode causar danos irreversíveis, a gestão desses recursos se faz necessária a fim de chegar ao seu uso sustentável e minimizar os riscos a contaminação. Para dar suporte à gestão várias ferramentas são utilizadas. Este artigo tem como objetivo enfatizar a importância do assunto, descrevendo ferramentas compatíveis para o sistema de gestão e apresentar os métodos para sua criação.
1892
Hidrogeologia dos Aquíferos Brasileiros
Hidrogeologia de correlação de poços: análise do aquífero costeiro de Garopaba/SC Autores: GABRIEL BARBOSA DRAGO, Maria Luiza Correa da Camara Rosa, Pedro Antônio Roehe Reginato Palavras-chaves:
Aquífero costeiro
, Caracterização hidrogeológica
, Estratigrafia
Resumo
Hidrogeologia de correlação de poços: análise do aquífero costeiro de Garopaba/SC
O município de Garopaba situa-se no litoral de Santa Catarina, 90 km ao sul de Florianópolis, com área de 114,670 km² e população estimada pelo IBGE em 2021 de 24.070 pessoas. A geologia da região integra a Província Costeira de Santa Catarina, composta por rochas do embasamento cristalino e coberturas sedimentares do Quaternário. A caracterização hidrogeológica foi realizada a partir da análise de dados de 11 poços tubulares cedidos pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN), pesquisa bibliográfica, e confecção de seções colunares para correlação hidrogeológica. Os poços tubulares estão dispostos em dois setores da cidade: no bairro Centro (e arredores) e no bairro Limpa (extremo sul), de modo que os poços foram divididos nestes dois grupos para a caracterização do aquífero. A geologia dos poços corresponde ao Domínio dos sedimentos Cenozoicos inconsolidados ou pouco consolidados, de sedimentação marinha e continental com influência marinha, compondo aquíferos granulares livres. Os poços possuem profundidade média de 42 m. A vazão média é de 39,556 m³/h, sendo que a diferença entre a maior e a menor vazão (75 m³/h e 13 m³/h) ocorre entre dois poços com 180 m de distância, ambos no bairro centro. Os poços do bairro centro apresentam nível estático mais profundos (NE = 6,95 m), do que os poços ao sul (NE = 2,53 m). As unidades litológicas foram padronizadas de acordo com as descrições litológicas dos poços em: (1) cascalho, (2) areia grossa, (3) areia, (4) areia fina, (5) areia com argila, (6) argila com areia e (7) argila. Sendo a unidade areia fina a de maior ocorrência (n = 23), e a unidade cascalho a menos representativa (n = 1). Em todos os poços, a camada basal é composta por argila em maior ou menor proporção (argila, argila arenosa ou areia argilosa).
1819
Hidrogeologia dos Aquíferos Brasileiros
HIDROGEOLOGIA DO SISTEMA AQUÍFERO MARIZAL/SÃO SEBASTIÃO NA SUB-BACIA DO TUCANO CENTRAL, ESTADO DA BAHIA Autores: Marco Antônio Lima Peixinho, LUIZ ROGÉRIO BASTOS LEAL, Natália Tavares Duarte Palavras-chaves:
hidrogeologia
, parâmetros hidrodinâmicos
, hidroquímica
Resumo
HIDROGEOLOGIA DO SISTEMA AQUÍFERO MARIZAL/SÃO SEBASTIÃO NA SUB-BACIA DO TUCANO CENTRAL, ESTADO DA BAHIA
O semiárido do Nordeste, caracterizado pela escassez de recursos hídricos de superfície, resultante das baixas precipitações pluviométricas. A área em estudo, sub-Bacia do Tucano Central, situam-se os municípios de Banzaê, Cícero Dantas, Ribeira do Pombal e Euclides da Cunha, na Bahia. Essa área é composta por rochas sedimentares, onde está sendo implantado o Projeto Águas do Sertão, que tem a finalidade de produção de água para uso no abastecimento humano e irrigação, através da captação de água subterrânea em uma bateria de abastecimento e irrigação, com poços tubulares profundos (400 metros de profundidade) com vazões de 250 m³/h, tendo exploração simultânea e continuada. O objetivo deste trabalho é fazer a caracterização hidrogeológica do sistema aquífero Marizal/São Sebastião, visando aprofundar o conhecimento geológico, hidrogeológico, hidroquímico e petrofísico dos aquíferos existentes. Para isso foram selecionados 77 poços na área, priorizando os poços do projeto Águas do Sertão por possuírem piezômetros e dados hidrodinâmicos mais consistentes onde foram realizados testes de aquíferos e de produção escalonados. Obteve-se parâmetros hidrodinâmicos, como: vazão específica, transmissividade, condutividade hidráulica, armazenamento, raio de influência, utilizando o método de Theis (1935) interpretados através do software Aquifertest e com uso do software Excel. Foram analisados os parâmetros hidroquímicos principais de potabilidade como: Ca2++, Mg2++, Na+, K+, HCO3-, Cl-, SO4-2, NO3-, F-, Fe++ além de pH, alcalinidade, condutividade elétrica, dureza total e sólidos totais dissolvidos. No modelamento numérico (Cerb & Schlumbeger, 2014), foi realizada uma simulação de longo prazo do comportamento hidráulico dos aquíferos atualmente explorados, e a análise do risco de salinização. O sistema aquífero Marizal/São Sebastião, cuja explotação atual se encontra muito abaixo de sua potencialidade, segundo as simulações numéricas, parece o risco de uma superexplotação, e de salinização dos aquiferos, praticamente não existe, mesmo dobrando as vazões atuais, (Peixinho, 2016).
1725
Hidrogeologia dos Aquíferos Brasileiros
HIDROGEOLOGIA, VOLUMES ANUAIS EXPLOTADOS, SOLOS, CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO DO SOLO E CHUVA MÉDIA NOS MUNICÍPIOS DE BOTUCATU, SÃO MANUEL E PRATÂNIA NO ESTADO DE SÃO PAULO Autores: Francisco Fernando Noronha Marcuzzo, Rodrigo Lilla Manzione, Edson Cezar Wendland Palavras-chaves:
Hidrogeologia
, Serra Geral
, Capacidade de Infiltração
, Grupo Bauru
, Domínios Hidrogeológicos
Resumo
HIDROGEOLOGIA, VOLUMES ANUAIS EXPLOTADOS, SOLOS, CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO DO SOLO E CHUVA MÉDIA NOS MUNICÍPIOS DE BOTUCATU, SÃO MANUEL E PRATÂNIA NO ESTADO DE SÃO PAULO
Localizados no centro sul do estado de São Paulo, os municípios de Botucatu (149.718 habitantes), São Manuel (41.287 habitantes) e Pratânia (5.371habitantes) totalizam 191.005 habitantes. O objetivo deste trabalho é analisar e discutir as informações e os mapas de domínios hidrolitológicos, hidrogeologia, volumes anuais explotados, solos, capacidade de infiltração da água no solo e espacialização da chuva média anual nos municípios de Botucatu, São Manuel e Pratânia. Os domínios hidrogeológicos dos municípios são fraturados e granular, sendo que a maior parte é fraturada, tanto para Botucatu, São Manuel como Pratânia. Quanto a hidrogeologia, no município de Pratânia, o menor em área territorial (175,100km²), há a Formação Serra Geral (basalto e dacito) e o Grupo Bauru (arenito, argilito e conglomerado), já em São Manuel (650,734km²), além da Formação Serra Geral (basalto e dacito) e o Grupo Bauru (arenito, argilito e conglomerado), há também a Formação Botucatu (quartizo e arenito) nas margens do rio Tietê. Já no município de Botucatu (1.482,642km²), além da formação Serra Geral (basalto e dacito) e o Grupo Bauru (arenito, argilito e conglomerado), há também a Formação Pirambóia (folheto, arenito fino e arenito siltico-argiloso). Quanto ao volume explotado, o território de São Manuel possui o maior e Botucatu o menor. O solo predominante, inclusive na área urbana dos três municípios, é o LVd25 (Latossolo Vermelho Distrófico + Argissolo Vermelho Distrófico + Latossolo Vermelho Eutroférrico). O território de São Manuel e Pratânia possui muito boa capacidade de infiltração de água do solo, como a maior parte de Botucatu, sendo uma pequena parte a oeste mapeada como boa. A espacialização da precipitação pluviométrica, considerando a série histórica de 1977 a 2006, varia de 1.434mm.ano-1, de Pratânia ao extremo sul de Botucatu, a 1.579mm.ano-1 na parte noroeste de Botucatu ao norte de São Manuel.
1818
Hidrogeologia dos Aquíferos Brasileiros
HIDROQUÍMICA DO AQUÍFERO ALTER DO CHÃO SOB PLATÔS LATERÍTICOS COM BAUXITA: APLICAÇÕES NO MONITORAMENTO AMBIENTAL Autores: Julio Henrichs de Azevedo, José Eloi Guimarães Campos Palavras-chaves:
Aquífero Alter do Chão
, Água Subterrânea
, Monitoramento Hidroquímico
, Mineração
Resumo
HIDROQUÍMICA DO AQUÍFERO ALTER DO CHÃO SOB PLATÔS LATERÍTICOS COM BAUXITA: APLICAÇÕES NO MONITORAMENTO AMBIENTAL
O presente trabalho trata da importância do monitoramento hidroquímico das águas subterrâneas em áreas de mineração, tendo em vista a propriedade dessas águas em refletirem as condições de qualidade ambiental de determinado meio, principalmente pela capacidade que possuem em reproduzir assinaturas químicas provenientes das interações que mantém com o ambiente pedogeológico, a atmosfera, as plantas e as atividades antrópicas. O trabalho também ressalta a necessidade de os monitoramentos das águas subterrâneas serem sustentados no adequado conhecimento dos backgrounds hidroquímicos. Com o objetivo de compreender a matriz iônica das águas subterrâneas do Sistema Aquífero Alter do Chão sob platôs lateríticos foram estudadas séries de dados hidroquímicos da Mineração Rio do Norte S.A, produzidas no âmbito das atividades de explotação de bauxita em Porto Trombetas, Oriximiná/PA, e que se destinam ao atendimento de exigências do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA. O tratamento dos dados, por meio de estatística multivariada, acompanhados de duas campanhas para fins de determinações analíticas independentes (período chuvoso e período seco) e que se destinaram à verificação da qualidade dos dados originais, possibilitou a proposição de uma parametrização de referência para o monitoramento hidroquímico do Aquífero Alter do Chão sob potencial influência de atividades minerárias em laterítos amazônicos.
1880
Geoquímica e isótopos nas águas subterrâneas
HYDROGEOCHEMISTRY AND ISOTOPIC COMPOSITION OF THE MAURITI AQUIFER, CEDRO BASIN, PERNAMBUCO Autores: MARIUCHA MARIA CORREIA DE LIMA, Thyego Roberto da Silva, Teresa E. Leitão, Tiago N. Martins, Manuel M. Oliveira, Waldir D. Costa, Mateus S. C. Albuquerque Palavras-chaves:
Cedro Basin
, Hydrogeochemistry
, Stable Isotopes
, Groundwater evolution
Resumo
HYDROGEOCHEMISTRY AND ISOTOPIC COMPOSITION OF THE MAURITI AQUIFER, CEDRO BASIN, PERNAMBUCO
The Cedro Basin is one of the inland basins of NE Brazil, which is constituted by two main hydrogeological units (Brejo Santo and Mauriti formations). In this research, 203 physico-chemical groundwater analyses from the Mauriti Formation, depths between 80 and 130 m, have been collected in two campaigns with approximately 6 months between each of them, along with 21 isotopic (δ18O and δ2H) samples that were used to assess the groundwater quality, hydrochemical processes, and origin of the solutes of the studied groundwater. Graphical, ionic ratios, and multivariate statistical analyses (MSA) were used to achieve these goals. The integrated techniques have shown the presence of five groups (i.e., G1, G2, G3, G4, and G5). Usually, these waters present low to medium mineralization (mean total dissolved solids [TDS] = 386 mg / L), and basic pH, except for those slightly acid from G2. In the classification diagrams, the studied groundwaters are mainly Ca–Mg–HCO3. The major ion composition from the groundwater indicates water-rock interaction with existing limestones and nitrate contamination (e.g., fertilizers, domestic sewage). In general, the analyzed samples are within the World Health Organization (WHO) allowed limits, and are suitable for human consumption, which is compatible with the calculated Water Quality Index (WQI) between 3 and 113 (a total of 97% belonging to the excellent category). Similarly, irrigation ion-based indices such as salinity (EC), Sodium Absorption Ratio (SAR), Soluble Sodium Percentage (SSP), Residual Sodium Carbonate (RSC), Kelley Ratio (KR), Magnesium Hazard (MH), and Permeability Index (PI) showed that most groundwater is suitable for irrigation uses. The analyzed groundwater samples showed average isotopic signatures ranging from –5.45 to –3.69‰ and – 33.58 to –20.67‰ for δ18O and δ2H respectively, which is similar to precipitation.
1897
Investigação, monitoramento e modelagem numérica de águas subterrâneas
IDENTIFICAÇÃO DA INTERAÇÃO RIO-AQUÍFERO USANDO A MEDIÇÃO DISTRIBUÍDA DE TEMPERATURA: AVALIAÇÃO DA SAZONALIDADE EM ÁREAS TROPICAIS Autores: Alan Reis, Luis Eduardo Bertotto, Rubens Takeji Aoki Araujo Martins, Hélio Correia da Silva Jhunior, André Simões Ballarin, Edson Wendland Palavras-chaves:
interação rio-aquífero
, fibra ótica
, medição distribuída de temperatura
, Aquífero Guarani
Resumo
IDENTIFICAÇÃO DA INTERAÇÃO RIO-AQUÍFERO USANDO A MEDIÇÃO DISTRIBUÍDA DE TEMPERATURA: AVALIAÇÃO DA SAZONALIDADE EM ÁREAS TROPICAIS
O avanço da tecnologia de medição distribuída de temperatura, comumente indicada pela sigla em inglês DTS (Distributed Temperature Sensing), contribuiu para o estabelecimento de diversas pesquisas, envolvendo a água e as variações de temperatura. Este tipo de medição de temperatura utiliza cabos de fibra ótica como sensores distribuídos ao longo de uma determinada extensão na qual deseja-se averiguar a variação de temperatura. Desta forma, é possível a verificação contínua das flutuações desta propriedade, em termos espaciais e temporais, evitando as limitações da medição por sensores pontuais (SELKER et al., 2006a; SELKER et al., 2006b). No contexto da interação rio-aquífero, quando avaliada em cursos superficiais, os cabos de fibra ótica são instalados sobre o fundo do canal, de forma a detectar as variações de temperatura, na interface entre a superfície e o meio subterrâneo. Anomalias pontuais de temperatura, que podem ser caracterizadas por pontos quentes ou frios, a depender da estação do ano, podem ser indicativos da ocorrência de descarga de água subterrânea ou de recarga da zona hiporréica (LOWRY et al., 2007; YAO et al., 2015). Nota-se na literatura a ausência de trabalhos que utilizem tal tecnologia no Brasil e em áreas tropicais, buscando identificar os pontos de interação rio-aquífero em cursos superficiais. Além disso, a verificação do
comportamento sazonal desta propriedade física, considerando as variações de temperatura ao longo das diferentes estações do ano, e seus reflexos na identificação da troca de água entre as duas origens. Neste sentido, este trabalho busca apresentar os resultados iniciais do monitoramento pioneiro da interação rio-aquífero, utilizando a medição distribuída de temperatura em áreas tropicais, e como a sazonalidade afeta tal identificação.
1729
Poluição, remediação e gerenciamento de águas subterrâneas
IDENTIFICAÇÃO DE TETRACLOROETENO EM AQUÍFEROS NO MUNICÍPIO DE FLORES DA CUNHA, ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DA ELOTRORRESISTIVIDADE Autores: Lucas Marchi da Motta, Felipe Ben Rodrigues, Maiquel Kochhamm Lunkes Palavras-chaves:
eletrorresistividade
, eletrorresistividade
, água subterrânea
Resumo
IDENTIFICAÇÃO DE TETRACLOROETENO EM AQUÍFEROS NO MUNICÍPIO DE FLORES DA CUNHA, ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DA ELOTRORRESISTIVIDADE
No município de Flores da Cunha, com o objetivo de detectar contaminantes na água e a amplitude da sua distribuição foi utilizada a técnica de caminhamento elétrico pelo arranjo dipolo-dipolo. Foram realizados dois caminhamentos elétricos nas proximidades dos poços FLC-24 e FLC-18, que possuem a extensão horizontal necessária para fazer o trabalho. O caminhamento do FLC-24 teve extensão total horizontal de 290m, atingindo a profundidade de 47m. Já no FLC-18, a distância horizontal do levantamento ficou em 220m, mas foi possível atingir a mesma profundidade do anterior. No primeiro caminhamento, próximo ao poço FLC-24, os valores de eletrorresistividade variaram entre 318 Ohmn.m e 26,5 Ohmn.m. Os valores mais altos estão relacionados com camadas de basalto sem presença de água e os valores mais baixos foram interpretado como a contaminação da água presente no solo e nas fraturas da rocha por tetracloroeteno. Sendo assim, interpretamos que a área fonte está próxima ao poço FLC – 24, que apresentou os maiores teores desta substância nas análises físico-químicas realizadas, além de uma área maior com valores muito baixos de eletrorresistividade, relacionadas como a contaminação por tetracloroeteno.
1788
Recarga de Aquíferos
IDENTIFICAÇÃO PRELIMINAR DE ÁREAS DE RECARGA HÍDRICA NO MUNICÍPIO DE JOÃO MONLEVADE – MG Autores: Gislene da Conceição Marcelino, Eliane Maria Vieira, José Augusto Costa Gonçalves Palavras-chaves:
Recarga hídrica
, Gerenciamento de recursos hídricos
, Análise multicritério
Resumo
IDENTIFICAÇÃO PRELIMINAR DE ÁREAS DE RECARGA HÍDRICA NO MUNICÍPIO DE JOÃO MONLEVADE – MG
A recarga é um mecanismo do ciclo hidrológico, representado pelo fluxo de água através da zona não saturada do solo, que alcança o nível freático e se acumula nos reservatórios subterrâneos, contribuindo para aumentar as reservas das águas subterrâneas permanentes ou temporárias dos aquíferos. As áreas de recarga hídrica subterrânea são responsáveis pela manutenção, qualidade e quantidade de água que chega nos aquíferos pelo processo de infiltração. A recarga hídrica é controlada por um conjunto de fatores como o substrato geológico, topografia, clima, solos e tem como principal fonte a precipitação pluviométrica (Limoeiro, 2020). O objetivo do estudo é identificar prováveis áreas de recarga no município de João Monlevade-MG aplicando o Processo Analítico Hierárquico (PAH) proposto por Saaty (1977), um método de análise multicritério amplamente utilizado no apoio à tomada de decisão que envolve complexidade e subjetividade, numa escala de graduações que variam de 1 a 9. Para cada um dos fatores temáticos foi atribuído um peso, referente a sua contribuição na recarga hídrica subterrânea, utilizando a metodologia adotada por Goepel (2018). O critério hidrogeologia resultou em 41,9% de importância, geologia 23,6%, hidrografia 10,7%, declividade 12,8%, classes de solo 5,6% e uso e ocupação do solo 5,4%. Os métodos utilizados no estudo se mostraram eficazes e confiáveis, diante da necessidade de integração de várias variáveis, o uso do sensoriamento remoto e a aplicação de técnicas de geoprocessamento a partir da utilização de um Sistema de Informação Geográfica (SIG) tornam-se cada vez mais essenciais na tomada de decisões.
1902
Águas subterrâneas e o ambiente urbano
IMPACTO HIDROGEOQUÍMICO DAS INFRAESTRUTURAS URBANAS NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DA CIDADE DE URÂNIA (SP) Autores: Rafael Terada, Carlos Marques, Ricardo Hirata, Paulo Galvão, Cathryn Ryan Palavras-chaves:
Nitrato
, Contaminação Urbana
, Águas Subterrâneas
Resumo
IMPACTO HIDROGEOQUÍMICO DAS INFRAESTRUTURAS URBANAS NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DA CIDADE DE URÂNIA (SP)
A presença de nitrato nas águas subterrâneas da cidade de Urânia, região noroeste do Estado de São Paulo, tem sido reportada desde a década de 1990, quando se iniciaram os estudos desenvolvidos pelo CEPAS|USP. Desde então, a concentração de nitrato tem-se mantido em níveis altos, mesmo com a instalação da rede de distribuição de água e coleta de esgoto. A questão levantada nesse trabalho foi identificar quais fatores promovem a manutenção das concentrações e o padrão de distribuição da pluma de contaminação de nitrato no Aquífero Adamantina sob a cidade, que não se tem alterado ao longo dos anos. Para isso, foram realizadas caracterizações (hidro)geológica e hidrogeoquímica (focada no nitrogênio) e estudos isotópicos em poços existentes e de monitoramento multiníveis. Os resultados indicaram que a pluma com elevadas concentrações (>90 mg/L-NO3) ocorre majoritariamente na Zona Rasa (até 30 m) e na Zona Intermediária (até 60 m) e se associa às áreas mais antigas da cidade e naquelas onde as fossas rudimentares foram por último abandonadas (próximo ao córrego Comprido). A partir de 70 m de profundidade do aquífero, poços de monitoramento registraram concentrações de nitrato e cloreto abaixo dos limites de detecção, assim como condições intermediárias de oxirredução (>~0,2V), juntamente com baixos níveis de enriquecimentos de δ15N-NO3 e δ18O-NO3 entre 8 e 12‰; e 0 e 10‰. As causas para este fenômeno são atribuídas a dois fatores: existência de uma camada de baixa permeabilidade a 50 m de profundidade que limita a adveção vertical descendente da pluma, não chegando ao fundo do aquífero, e as condições hidrogeoquímicas oxidantes, que limitam a desnitrificação em todos os níveis do aquífero. A urbanização mais recente ao sul da cidade, concomitantemente à construção da rede de esgoto com materiais mais resistentes, foi fator decisivo para a não existência de plumas contaminantes importantes nesta área.
1756
Mudanças Climáticas e seus Impactos sobre as Águas Subterrâneas
IMPACTOS DAS SECAS SOBRE OS SISTEMAS DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DIANTE DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO BRASIL E NO MUNDO Autores: LUIZ FERNANDO SCHEIBE, Glorgia Barbosa de Lima de Farias Palavras-chaves:
Eventos Extremos
, Secas
, Águas Subterrâneas
, Mudanças Climáticas
, Recarga de Aquíferos
Resumo
IMPACTOS DAS SECAS SOBRE OS SISTEMAS DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DIANTE DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO BRASIL E NO MUNDO
As mudanças climáticas podem afetar a distribuição espacial e temporal das variáveis hidrológicas. Como consequência podem ocorrer mudanças nos regimes de chuva, de vazão dos rios, de recarga dos aquíferos e, por conseguinte podem produzir danos aos ecossistemas, à produção de alimentos, abastecimento de água e geração de energia (Adam, 2016). Os dados apresentados pelo IPCC (2022) mostram que as regiões Sul e Sudeste do Brasil sofrerão com maior frequência de eventos pluviométricos. Embora sejam esperadas mais chuvas em algumas regiões do país, a distribuição das mesmas não ocorrerá de modo uniforme ao longo do ano, pois é esperada a concentração das chuvas em períodos específicos, causando situações de seca mais longas (Hirata e Conicelli, 2012). METODOLOGIA: A pesquisa tem caráter qualitativo, modalidade Bibliográfica/Documental, CONCLUSÕES: Em situações de escassez hídrica os aquíferos, como o Guarani e o Serra Geral no sul do Brasil, atuam para a regularização do abastecimento de água, representando reservas estratégicas mesmo durante períodos de transição. Contudo, as potenciais deficiências na recarga dos aquíferos devido às mudanças climáticas exigem maior atenção da comunidade científica e dos tomadores de decisão pois, segundo vários modelos, poderão afetar a disponibilidade futura de água em muitas regiões, ameaçando o o bem-estar de bilhões de pessoas.
1846
Hidrogeologia aplicada a questões de engenharia
IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE REBAIXAMENTO DO NÍVEL DE ÁGUA PARA ESCAVAÇÃO DA FUNDAÇÃO DA BARRAGEM DO BURACO-CMOC, CATALÃO OUVIDOR-GO Autores: Leandro Taveira de Oliveira Palavras-chaves:
Sistema
, Poços de Rebaixamento
, Barragem
Resumo
IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE REBAIXAMENTO DO NÍVEL DE ÁGUA PARA ESCAVAÇÃO DA FUNDAÇÃO DA BARRAGEM DO BURACO-CMOC, CATALÃO OUVIDOR-GO
Os desafios na área da mineração são crescentes, é um setor que inova e implementa técnicas robustas para atender suas necessidades. No cenário atual quem mais demandam inovação em ciência e tecnologia é o setor de barragem de rejeito, principalmente se a sua demanda se tratar de alteamento. A barragem do Buraco pertencente a mineração CMOC localizada no município de Ouvidor/Catalão-GO iniciou o projeto de alteamento até a elevação 860,00 pela metodologia de jusante. Uma das etapas do projeto é a fundação da barragem, para isso sua escavação deveria ocorrer preferencialmente a seco (sem o nível de água local). Estudos realizados na área de escavação da fundação da barragem indicaram a necessidade da realização de um sistema de rebaixamento, devido ao alto grau de saturação do solo. Para cada frente de escavação foi definido um método de rebaixamento de nível de água, o método aqui descrito foi realizado na ombreira esquerda. Tendo sua implantação, no ano de 2021 através da construção de 36 PR’s (Poços de Rebaixamento), 11 INA’s (Instrumentos de Nível d´água), instalação de conjunto de bombeamento através de: bombas submersas, painéis, grupos geradores e o acompanhamento do sistema de rebaixamento, com critérios quantitativos e qualitativos levando em consideração os protocolos de segurança de barragem. Ao atingir a estabilização do nível d’água, com a confirmação que o rebaixamento atingiu a cota de escavação desejada, atribuindo um coeficiente de segurança, foi possibilitada a liberação para a escavação das valas para a fundação, obtendo assim o sucesso do sistema de rebaixamento.
1795
Hidrogeologia dos Aquíferos Brasileiros
INTEGRAÇÃO DE MÉTODOS GEOFÍSICOS E HIDROGEOQUÍMICA EM ÁREA DE CONTATO DOS SISTEMAS AQUÍFEROS CRISTALINO, DIABÁSIO E TUBARÃO Autores: Thaís De Paula Marteleto, Ana Elisa Silva de Abreu, Marcos Bolognini Barbosa, Sueli Yoshinaga-Pereira, Reginaldo Antônio Bertolo, Jacinta Enzweiler Palavras-chaves:
aquíferos fraturados
, imageamento acústico
, espectrometria de raios gama
, hidrogeoquímica
Resumo
INTEGRAÇÃO DE MÉTODOS GEOFÍSICOS E HIDROGEOQUÍMICA EM ÁREA DE CONTATO DOS SISTEMAS AQUÍFEROS CRISTALINO, DIABÁSIO E TUBARÃO
A heterogeneidade de aquíferos fraturados, especialmente quando estes são distintos e se encontram interconectados em grandes profundidades (>150 m), implica em ampla variabilidade espacial dos parâmetros hidráulicos e do comportamento do fluxo através das descontinuidades das rochas, que afetam a interpretação dos processos hidrogeológicos e hidrogeoquímicos atuantes. Neste sentido, métodos de perfilagem geofísica (cáliper, gama natural, acústico) são úteis para fornecer informações estruturais e hidrogeológicas em poços tubulares profundos em aquíferos fraturados.
Neste trabalho se investigou uma área restrita, com contato entre os sistemas aquíferos Cristalino (SAC), Diabásio (SAD) e Tubarão (SAT), onde há 8 poços tubulares profundos (profundidades de 180 a 252 m), com métodos de perfilagem geofísica em conjunto com a análise hidrogeoquímica da água subterrânea.
Os métodos geofísicos aplicados nos poços da área auxiliaram no conhecimento das características hidrogeológicas dos aquíferos, especialmente no mapeamento do arranjo das feições estruturais presentes em cada sistema aquífero. Os novos resultados hidrogeoquímicos confirmaram os obtidos em trabalhos anteriores. Os resultados da vídeo-inspeção permitiram confirmar ou atualizar os dados dos perfis construtivos dos poços. Os resultados de GR revelaram diferentes ordem de grandeza para as litologias que compõem os três sistemas aquíferos. Especialmente em um poço da área que, histórica e sistematicamente, apresenta elevadas concentrações de U, a composição hidrogeoquímica da sua água se alinha aos dados de GR, indicando uma associação com as rochas do SAC e, possivelmente, ao material de preenchimento de fraturas nessa unidade.
1780
Investigação, monitoramento e modelagem numérica de águas subterrâneas
Investigação de alta resolução de aquífero fraturado utilizando técnicas de perfilagem ótica e geofísica. Autores: Beatriz Thomaz Lima, Juliana Gardenalli de Freitas, Marcelo Alarsa Palavras-chaves:
Aquíferos fraturados
, Perfilagem
, Sondagem
, Investigação
, Monitoramento
Resumo
Investigação de alta resolução de aquífero fraturado utilizando técnicas de perfilagem ótica e geofísica.
A água é um fator essencial para a existência de vida, porém sua distribuição é desigual por todo o globo. A água disponível para uso é encontrada em diversos locais, dentre eles, em aquíferos. Com o aumento da população e processos produtivos associados, atualmente vem crescendo a busca pelas águas presentes em aquíferos. Entretanto, quando ocorre o derramamento de substâncias tóxicas sobre o solo, estas são capazes de infiltrar em subsuperfície e conseguem chegar aos aquíferos, comprometendo a qualidade das águas subterrâneas. Atualmente, uma das principais classes de contaminantes são os solventes clorados, que possuem densidade maior que a da água e baixa viscosidade, fazendo com que consigam atingir grandes profundidades nos aquíferos. Um dos tipos de aquíferos comumente impactados por esses contaminantes são os aquíferos fraturados. O estudo da contaminação nestes aquíferos é complexo e de alto custo, visto que as águas e contaminantes percolam através das fraturas, que possuem alta heterogeneidade e anisotropia, além de poderem se acumular na matriz rochosa. Desta maneira, este projeto busca avaliar e comparar diferentes métodos para a caracterização hidrogeológica e da contaminação em um aquífero fraturado localizado no município de Diadema, estado de São Paulo. As metodologias a serem avaliadas incluem amostragem, avaliação e descrição de solo e testemunhos de rochas, perfilagem ótica e geofísica, amostragem de água estratificada, discretizada e em poços multiníveis constituídos por PVC Geomecânico. Através dos métodos utilizados no projeto foi possível levantar informações sobre o funcionamento do aquífero fraturado na área de estudo. Verificou-se que até a profundidade de ~30 m o fraturado é composto por um granito com pequenas fraturas, sem fluxo significativo. A ordem das atividades realizadas se mostrou eficiente e, possui grande potencial para ser utilizado em outros projetos.
1823
Investigação, monitoramento e modelagem numérica de águas subterrâneas
INVESTIGAÇÕES GEOFÍSICAS, UTILIZANDO O MÉTODO DA ELETRORRESISTIVIDADE, APLICADAS À PROSPECÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA PARA ABASTECIMENTO DE COMUNIDADES INDÍGENAS DO ESTADO DE MATO GROSSO. Autores: Artur Augusto Passos Miranda, João Tarelow Neto, Cicero Roberto Martins Lopes, Gustavo Mendes Soares Mota, Steffano Paz da Silva, Giuliano Britto Bernardi, Wellyngton Sandrelly Caldas Ferreira, Elisangela de Oliveira Menezes Palavras-chaves:
Investigação Geofísica
, Eletrorresistividade
, Poços Tubulares Profundos
Resumo
INVESTIGAÇÕES GEOFÍSICAS, UTILIZANDO O MÉTODO DA ELETRORRESISTIVIDADE, APLICADAS À PROSPECÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA PARA ABASTECIMENTO DE COMUNIDADES INDÍGENAS DO ESTADO DE MATO GROSSO.
A Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) é a secretaria do Ministério da Saúde responsável por coordenar a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e todo o processo de gestão do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SASI-SUS), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as competências da SESAI, destacam-se o planejamento, coordenação e monitoramento das ações de saneamento ambiental em áreas indígenas. As ações de saneamento ambiental na SESAI são desenvolvidas pelo Departamento de Determinantes Ambientais da Saúde Indígena (DEAMB), com a participação dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), que são as unidades gestoras descentralizadas do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). A água destinada ao consumo humano é distribuída nas comunidades indígenas por meio de sistemas de abastecimento água (SAA), cuja captação de água em sua maioria é proveniente de poços tubulares profundos. Assim, para subsidiar a elaboração dos projetos de implantação dos SAA, é adotado a execução de ensaios geofísicos em conjunto com estudos geológicos e hidrogeológicos. Para atender as demandas de abastecimento de água potável de 25 aldeias indígenas da etnia Xavante, localizadas na porção leste do estado de Mato Grosso, foi aplicado o método geofísico da eletrorresistividade, onde as aquisições foram realizadas por meio da técnica de Caminhamento Elétrico (CE). Nas localidades em questão, foram realizadas duas seções geofísica 2D por aldeia, com extensão da linha de caminhamento elétrico de 500 metros, onde o perfil investigou uma profundidade em torno de 200 metros. Os levantamentos geológicos, hidrogeológicos e geofísicos são aplicados pelo DEAMB em seus projetos construtivos de poços tubulares. Atualmente, a SESAI é um dos principais órgãos públicos brasileiros a realizar tais estudo para a construção de poços tubulares profundos em comunidades indígenas.
1847
Águas subterrâneas e abastecimento público
Íons de Ferro e Manganês: Implicações na Água Subterrânea de Abastecimento Autores: Cintia da Conceição Moura Diniz, Erica Patrícia Villalaz Oliveira, Anderson de Assis Morais Palavras-chaves:
oxidação
, padrão organoléptico
, consumo humano
Resumo
Íons de Ferro e Manganês: Implicações na Água Subterrânea de Abastecimento
Água de qualidade é um elemento indispensável para o consumo humano. Seu controle de qualidade deve estar baseado em parâmetros estabelecidos pelo anexo XX da Portaria de Consolidação n° 5 do Ministério da Saúde – alterado pela portaria n° 888 de maio de 2021. Diversos parâmetros subsidiam a caracterização da qualidade da água, definidos em físicos, químicos e biológicos. A qualidade das águas subterrâneas varia conforme as características geoquímicas da bacia. Em condições naturais, podem apresentar concentrações elevadas dos íons ferro e manganês. Presente trabalho pretende apresentar uma revisão bibliográfica das inferências da presença do ferro e manganês na água de abastecimento proveniente de manancial subterrâneo. O ferro e o manganês pertencem a classe dos metais de transição e são os elementos mais comuns encontrados nas águas subterrâneas. Comumente encontramos a forma Fe2+ e Mn2+, apresentando-se no estado solúvel, não podendo ser removido por filtração simples. A água subterrânea explotada é imediatamente exposta ao processo de desinfecção e bombeada em condições de pressurização. Isto favorece a aeração e a oxigenação das moléculas da água na presença do oxidante. Após a oxidação dos íons de ferro e manganês, observa-se a água com coloração marrom-amarela, turva e com gosto e sabor adstringente. Medidas como filtração em meio zeólita e adsorção devem ser utilizadas para corrigir as interferências causada pela precipitação do ferro e manganês. Em situações em que se utiliza produtos químicos para complexar os íons, a portaria em vigor flexibiliza o VMP do ferro e do manganês na água de abastecimento, podendo conter até 2,4 mg/L de ferro e 0,4 mg/L de manganês.
1790
Geoquímica e isótopos nas águas subterrâneas
ISÓTOPOS DE H E O E HIDROQUÍMICA DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA SUB BACIA DO ALTO SÃO FRANCISCO, MINAS GERAIS Autores: Marcela Aragão de Carvalho Ramos, Caio Fabricio Belucci, Didier Gastmans Palavras-chaves:
hidroquímica
, isótopos de H e O
, rio São Francisco
Resumo
ISÓTOPOS DE H E O E HIDROQUÍMICA DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA SUB BACIA DO ALTO SÃO FRANCISCO, MINAS GERAIS
Drenando mais de 645 mil km², percorrendo 5 estados (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas) e três biomas (Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga), o Rio São Francisco é o rio da integração. Sob a superfície, imensos aquíferos asseguram o fluxo superficial nos períodos secos, abastecendo cidades e o meio rural, e sustentando diferentes ecossistemas. Abrangendo a região das nascentes, a sub bacia do Alto São Francisco (SF1) e as respectivas porções dos aquíferos Fraturado Centro-Sul e Bambuí Cárstico são objetos de estudo deste trabalho. A área está localizada nos arredores do Parque Nacional da Serra da Canastra, à jusante da represa de Três Marias, que segundo o último censo do IBGE, possui 29 municípios e 260.698 habitantes distribuídos em mais de 14.000 km². De acordo com o Projeto MapBiomas, mais de 70% do território é destinado a atividades de pastagem e agricultura, sendo que em Minas Gerais, a água de uso rural advém majoritariamente de mananciais subterrâneos. Em julho de 2021, durante a estação seca, foram coletadas amostras em 10 poços da Companhia de Saneamento de Minas Gerais, além de 26 amostras de águas superficiais nos mananciais próximos. A composição hidroquímica destas amostras foi analisada no Laboratório de Pesquisas Hidrológicas da Universidade Federal do Paraná, e a composição isotópica de H e O, no Centro de Isótopos Estáveis do Instituto de Biociências da UNESP/Botucatu. As amostras de águas subterrâneas, de acordo com a classificação de Piper, são bi/carbonatadas cálcicas e bi/carbonatadas sódicas. As amostras foram comparadas a dados isotópicos da precipitação oriundos da estação GNIP de Belo Horizonte/MG, disponíveis no banco de dados da Agência Internacional de Energia Atômica, e são mais depletadas em isótopos pesados de H e O do que a média ponderada da precipitação de inverno e de verão, estando abaixo da reta meteórica local
1833
Águas subterrâneas e abastecimento público
KRIGAGEM DE PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA SUBTERRÂNEA EM PARINTINS-AM Autores: Mônica Jacaúna dos Santos, Israel Henrique Ribeiro Rios, Ednilson da Silva Albuquerque Palavras-chaves:
água subterrânea
, qualidade da água
, krigagem
Resumo
KRIGAGEM DE PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA SUBTERRÂNEA EM PARINTINS-AM
Na região Amazônica é visível o baixo índice de saneamento básico, contribuindo na problematização ligada às doenças de veiculação hídrica, principalmente em locais onde não há eficiência no tratamento e coleta de esgoto. Em Parintins no estado do Amazonas os dejetos humanos são coletados por meio das fossas sépticas e negras e o abastecimento público é feito exclusivamente por poços tubulares, parte superior, de procedência do Aquífero Alter do Chão. De acordo com a Portaria de Consolidação nº 5/2017, anexo XX, do Ministério da Saúde, que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, as concentrações limites para cada uma destas substância em águas não devem ultrapassar os valores estabelecidos na regulamentação brasileira. Portanto, neste estudo realizado na sede de Parintins, objetivou-se conhecer as concentrações de cargas contaminantes para as águas subterrâneas, através do método de krigagem de dados por interpolação espacial, como subsídios à sustentabilidade e gestão dos recursos hídricos. Para tanto, foi analisado parâmetros físico, químicos e microbiológicos de qualidade da água dos 26 poços tubulares utilizados no abastecimento público da cidade. Como resultado foi encontrado nos parâmetros de pH, alumínio e nitrato concentrações acima do permitido pelas legislações pertinentes para o consumo humano, onde o pH apresentou-se bastante ácido em todos os poços analisados, característica peculiar das águas amazônicas. Quanto ao alumínio concentrações elevadas podem estar correlacionadas com o pH ácido e com a profundidade dos poços. O nitrato mostrou-se elevado no período da cheia e da vazante do rio Amazonas, tendo correlação com a contaminação antrópica proveniente de fossas sépticas e negras, resultante de um ineficiente saneamento básico. A krigagem é um método baseado na interpolação espacial de dados, bastante utilizado no contexto de qualidade das águas subterrâneas.
1885
Conhecimento hidrogeológico voltado a exploração de águas subterrâneas
LEVANTAMENTO PRELIMINAR DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DE UM SETOR DO MUNICÍPIO DE JUAZEIRINHO/PB, NO SERIDÓ ORIENTAL PARAIBANO, COM BASE NO TEOR DE SÓLIDOS TOTAIS DISSOLVIDOS Autores: Edmilson Dantas da Silva Filho, Maria Leticia Franklin dos Santos, Josenildo Isidro dos Santos Filho, Francisco de Assis Silveira Gonzaga, Gabriel Rodrigues Sátiro, Maria Rita de Cássia Quirino de Melo, Erick Pereira Aureliano Palavras-chaves:
Juazeirinho
, Resíduo Seco
, aquíferos cristalinos
Resumo
LEVANTAMENTO PRELIMINAR DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DE UM SETOR DO MUNICÍPIO DE JUAZEIRINHO/PB, NO SERIDÓ ORIENTAL PARAIBANO, COM BASE NO TEOR DE SÓLIDOS TOTAIS DISSOLVIDOS
O município de Juazeirinho reside na região central-norte do Estado da Paraíba, sua Mesorregião é a Borborema e a Microrregião Seridó Oriental Paraibano. Faz divisa ao norte com os municípios de Equador (RN), São Vicente do Seridó e Tenório, ao leste com São Vicente do Seridó e Soledade, ao sul Gurjão e Santo André, e, oeste com Assunção. Juazeirinho esta à 83km Campina Grande e encontra- se inserido na unidade geoambiental do Planalto da Borborema, composta por maciços e outeiros altos, com altitude que varia entre 500 a 1.000 metros. Encontra-se inserido nos domínios da bacia hidrográfica do rio Paraíba, sub-bacia do rio Taperoá. Em relação a sua litologia, é formado por biotita-hornblenda migmatito tonalítico com neossoma tonalítico a granodiorítico e leucossoma granítico com intercalações de anfibolito e raros augengnaisses.
1758
Hidrogeologia dos Aquíferos Brasileiros
MAPA HIDROGEOLÓGICO DA BACIA HIDROGRÁFICA BAIXO PARDO GRANDE GRANDE (UGRHI 12) Autores: Carolina Stager Quaggio, Didier Gastmans, Ariane Penteado Constantino, Hélio Correia da Silva Jhunior, Bruno Henrique Valdambrini Vieira, Edson Wendland, Lia Nogueira Garpelli, Amanda Rodrigues Soares, Pedro de Medeiros Correia, Leandro Torelli, Andrea Segura Franzini Palavras-chaves:
mapa hidrogeológico
, gestão de recursos hídricos
, águas subterrâneas
Resumo
MAPA HIDROGEOLÓGICO DA BACIA HIDROGRÁFICA BAIXO PARDO GRANDE GRANDE (UGRHI 12)
Mapas hidrogeológicos constituem uma importante ferramenta na criação de bases de referência para aplicação de instrumentos legais de gestão, uma vez que unificam a informação hidrogeológica existente acerca dos sistemas aquíferos. O mapa hidrogeológico do estado de São Paulo (1:1.000.000), elaborado em 2005 (DAEE/IG/IPT/CPRM), urge de uma atualização e produção de mapas em escala de bacia, visando auxiliar as decisões dos Comitês de Bacias Hidrográficas. Assim, este trabalho apresenta o primeiro mapa hidrogeológico da UGRHI 12 – Baixo Pardo Grande (1:200.000), focado no Sistema Aquífero Guarani (SAG). Esta primeira versão representa o estado da arte em termos de dados geológicos, hidrogeológicos e hidroquímicos das três unidades aquíferas exploradas na UGRHI 12: Sistema Aquífero Bauru (SAB), Sistema Aquífero Serra Geral (SASG) e o SAG. Para o estabelecimento de uma base de dados hidrogeológicos foram consultadas as seguintes fontes: o Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS) do Serviço Geológico do Brasil (SBG-CPRM), os arquivos físicos e digitais do Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIDAS) do Departamento de Água e Energia do Estado de São Paulo (DAEE), o banco de dados de outorga do DAEE e trabalhos científicos em artigos, dissertações e teses acadêmicas. Apesar de seu caráter inédito e atualizado, esse tipo de interpretação deve sempre ser atualizado, especialmente àquele relacionado a geometria e características hidrogeológicas dos sistemas aquíferos.
1837
Investigação, monitoramento e modelagem numérica de águas subterrâneas
Mapeamento de Falhas e Caracterização de Aquífero Costeiro Utilizando Tomografia de Resistividade Elétrica (ERT), Ground Penetrating Radar (GPR) e Dados Hidroquímicos: O Aquífero Mangue De Pedra Autores: Guido Monteiro de Albuquerque, Katia Leite Mansur, Gerson Cardoso da Silva Jr., Marco Antonio Braga, Claudio Limeira Mello Palavras-chaves:
Aquífero Mangue de Pedra
, Tomografia de Resistividade Elétrica
, Ground Penetrating Radar
, Hidroquímica
, Falha Tectônica
Resumo
Mapeamento de Falhas e Caracterização de Aquífero Costeiro Utilizando Tomografia de Resistividade Elétrica (ERT), Ground Penetrating Radar (GPR) e Dados Hidroquímicos: O Aquífero Mangue De Pedra
O Mangue de Pedra é um ecossistema raro e frágil. Sua peculiaridade se dá pelo fato de se desenvolver sobre substrato conglomerático, sem presença de sedimentos lamosos e aporte fluvial. O depósito sedimentar local corresponde a Formação Barreiras, de idade neogênica, que, por sua vez, também abriga o aquífero costeiro, conhecido como Aquífero Mangue de Pedra (Mansur et al., 2012; Obraczka et al, 2017). A Falha do Pai Vitório, estrutura regional que representa a fronteira sul do Gráben São João da Barra, separa o embasamento cristalino paleoproterozoico desses sedimentos e limita o manguezal e o aquífero. A área de interesse compreende um ecossistema vulnerável. A metodologia consistiu na realização de investigações geofísicas, incluindo a aplicação de métodos ERT e GPR. A aplicação de ambos os métodos se deu sobre trechos similares, para fins de comparação. Além desses dois métodos, analisaram-se dados hidroquímicos de 11 amostras de água (Rebelo, 2013 e Benfeita, 2017), tendo sido gerados mapas de Eh, pH e Condutividade Elétrica (CE) a partir de método de interpolação. Os dados mapas hidroquímicos revelaram uma zona de fluxo de água menos salina e uma zona de descarga na base da falésia. O levantamento de ERT forneceu um retrato da zona saturada do aquífero. As unidades sedimentares interpretadas foram divididas em quatro camadas diferentes, com base no teor de água e variação da qualidade da água: 1) zona não saturada; 2) água doce de qualidade boa/intermediária (34,4 a 137 ohmm); 3) água doce de má qualidade (17,3 a 34,4 ohm-m); e 4) água salobra/salobra salgada (4,46 a 17,3 ohmm). Verificou-se a presença de pelo menos cinco falhas normais. Os radargramas também confirmaram a presença da maioria dessas falhas, que são complexas em níveis rasos. Técnicas de geoprocessamento indicaram uma forte tendência NE-SW na orientação dessas estruturas. A existência do manguezal deve-se aos falhamentos, incluindo: a) forma e materiais da praia e da paisagem envolvente, com blocos de brechas de calcedónia protegendo o ambiente local do impacto das ondas do mar; b) vias de escoamento das águas subterrâneas; e, c) armadilhas ou barreiras dentro do aquífero, que canalizam águas menos salinas para aquele local específico. Esse conjunto de fatores cria um ecossistema único, o que normalmente não ocorre em praias de mar aberto.
1799
Recarga de Aquíferos
MÉTODOS CONSTRUTIVOS E FUNÇÕES DE UMA BARRAGEM SUBTERRÂNEA E BARRAGEM DE ASSOREAMENTO Autores: José David Ferreira Moura Palavras-chaves:
Barragem Subterrânea
, Barragem de Assoreamento
, Enrocamento
Resumo
MÉTODOS CONSTRUTIVOS E FUNÇÕES DE UMA BARRAGEM SUBTERRÂNEA E BARRAGEM DE ASSOREAMENTO
Na região nordeste do Brasil os cursos d’água superficiais são, em geral, intermitentes, pois uma vez cessada a precipitação pluviométrica o aquífero fissural predominante ao longo dessa região, não restitui água para perenização dos vales fluviais. Por outro lado, as grandes barragens construídas nos rios da região servem principalmente para abastecimento humano e os proprietários rurais, que localizados longe desses barramentos ficam desprovidos de água para manutenção de uma cultura de subsistência que lhe ofereça as mínimas condições de sobrevivência. A consequência disso seria o aumento do êxodo da população rural para as grandes cidades. Para minimizar essa situação, pesquisadores nordestinos desenvolveram tecnologias de baixo custo erápida execução, representadas pelas barragens subterrâneas e barragens de assoreamento. Esse trbalho tem o objetivo de relatar sobre os aspectos construtivos e as finalidades de cada um desses dois tipos de barragens.
1876
Águas subterrâneas e o ambiente urbano
MODELAGEM DE TRANSPORTE REATIVO NO ENTENDIMENTO DA HIDROGEOQUÍMICA DO NITRATO EM AQUÍFERO URBANO NO MUNICÍPIO DE BAURU (SP) Autores: Fernanda Souto Barreto, Reginaldo Bertolo, Ricardo César Aoki Hirata, Claudia L. Varnier, Alexandra V. Suhogusoff, Tatiana Tavares, José Luiz Albuquerque Filho, Luiz Ferrari, Rosângela P. Modesto, Fabiano Toffoli, Deborah Lídia Gomes Lookin Palavras-chaves:
Nitrato
, Sistema Aquífero Bauru
, Modelagem de Transporte Reativo
Resumo
MODELAGEM DE TRANSPORTE REATIVO NO ENTENDIMENTO DA HIDROGEOQUÍMICA DO NITRATO EM AQUÍFERO URBANO NO MUNICÍPIO DE BAURU (SP)
A ocupação e atividade antrópica, em áreas urbanas, geram impactos na qualidade dos recursos hídricos subterrâneos, podendo ocasionar sérios prejuízos ambientais, sociais e econômicos. Esse quadro obriga a prever e compreender as interações dinâmicas entre os poluentes lançados por atividades humanas nos ecossistemas e os processos biogeoquímicos e hidrológicos envolvidos em sua transformação e distribuição. Dentre os constituintes químicos mais comuns lançados nas águas superficiais e subterrâneas, citam-se as espécies de nitrogênio (N), em especial o nitrato, uma vez que é um importante indicador dos impactos humanos na qualidade dos recursos hídricos e o seu comportamento biogeoquímico em aquíferos urbanos ainda é pouco compreendido. O presente trabalho foca na avaliação da hidrogeoquímica do nitrogênio no Sistema Aquífero Bauru (SAB), inserido na Bacia do Rio Bauru, no município homônimo, a partir do uso de modelagem numérica de transporte reativo. Neste sentido, a modelagem, integrando os dados disponíveis e o conhecimento dos diversos processos biogeoquímicos associados ainda é uma ferramenta pouco utilizada nos projetos desenvolvidos no Brasil. As atividades previstas englobam: i) cadastro e tratamento de dados preexistentes; ii) levantamento das redes de água e esgoto; iii) reavaliação das concentrações pretéritas e recentes de nitrato; iv) instalação de poços de monitoramento multiníveis; v) coleta e análises físico-químicas, químicas, isotópicas em amostras de água superficial e subterrâneas; vi) modelagem numérica de fluxo das águas subterrâneas e transporte reativo do nitrato através do código PHT3D. Os resultados obtidos nesse estudo permitirão analisar a extensão e os impactos da contaminação das águas subterrâneas por nitrato em meios porosos saturados, gerada por fontes antrópicas pretéritas, atuais e futuras, possibilitando a proposição de estratégias de proteção e remediação desse valioso recurso.
1761
Investigação, monitoramento e modelagem numérica de águas subterrâneas
MODELO ANALÍTICO PRELIMINAR PARA A AVALIAÇÃO POTENCIOMÉTRICA DO AQUÍFERO GUARANI NA UGRHI 12 Autores: Hélio Correia da Silva Jhunior, Didier Gastmans, Carolina Stager Quaggio, Ariane Penteado Constantino, Bruno Henrique Valdambrini Vieira, Edson Wendland, Lia Nogueira Garpelli, Amanda Rodrigues Soares, Pedro de Medeiros Correia, Leandro Torelli, João Paulo Martins dos Santos Palavras-chaves:
Sistema Aquífero Guarani
, Método dos Elementos Analíticos
, UGRHI 12
Resumo
MODELO ANALÍTICO PRELIMINAR PARA A AVALIAÇÃO POTENCIOMÉTRICA DO AQUÍFERO GUARANI NA UGRHI 12
A exploração sem controle de água subterrânea e o aumento crescente da demanda de água frente a eventos de escassez são os principais problemas associados aos recursos hídricos na UGRHI 12. O Sistema Aquífero Guarani (SAG) é o aquífero de maior produtividade da UGRHI 12, entretanto, o efeito causado pela superexplotação em municípios como Barretos e Guaíra causou rebaixamentos regionais no SAG de aproximadamente 100 metros, e sugerem um cone de rebaixamento que se expande para os municípios de Colina e Jaborandi. Neste contexto, a exploração de águas subterrâneas deveria vir precedida de ações de controle na extração, com estudos hidrogeológicos e monitoramento contínuo. Desta forma, o presente estudo busca a elaboração de um modelo analítico preliminar de fluxo do SAG na UGRHI 12, buscando ampliar a compreensão dos níveis potenciométricos e movimentação das águas subterrâneas no aquífero. O método utilizado é o dos Elementos Analíticos (MEA), baseado no princípio da superposição com a solução obtida através da soma da influência de elementos analíticos individuais que representam componentes do fluxo no aquífero. O equacionamento do MEA parte da aproximação de Dupuit-Forchheimer e da velocidade de Darcy para definir o fluxo em termos das variáveis potencial de descarga, e perpendicularmente, linhas de fluxo. O cenário apresentado neste trabalho é preliminar, mostrando as condições para um período inicial de exploração (até 1990). Os resultados montram como o escoamento preferencial ocorre no SAG na região da UGRHI 12, com as linhas de fluxo deformadas por zonas heterogêneas e poços. Regiões próximas a Barretos e Bebedouro modificam e direcionam o fluxo para o centro das cidades, com rebaixamentos de até 15m. O modelo final irá considerar um detalhamento maior das heterogeneidades referentes a espessuras e condutividades, declives, zonas de recargas e crescimento de demandas para os cenários 1990-2000, 2000-2020, e cenários futuros.
1866
Investigação, monitoramento e modelagem numérica de águas subterrâneas
MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO EVENTO DE ESTIAGEM, NA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO PARANÁ, EM 2021. Autores: Daniele Tokunaga Genaro Palavras-chaves:
monitoramento
, estiagem
, níveis d´água
Resumo
MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO EVENTO DE ESTIAGEM, NA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO PARANÁ, EM 2021.
O trabalho visa dar um panorama dos dados obtidos na Rede Integrada de Monitoramento das águas subterrâneas (RIMAS) durante a estiagem severa na Região Hidrográfica do Paraná, declarada como situação crítica de escassez quantitativa dos recursos hídricos em 2021.
Conforme destacado por Diniz et al. (2021), as águas subterrâneas possuem importância estratégica para o abastecimento público, principalmente por suas características menos suscetíveis as sazonalidades de secas, inundações e evaporação. Mas diante de eventos críticos, como o ocorrido em 2021, onde há uma diminuição da recarga por precipitação e eventual uso dos recursos hídricos subterrâneos como suplementação no abastecimento, irrigação entre outros fins, o que se verifica nos poços de monitoramento?
A RIMAS tem por premissa acompanhar a variação na quantidade de água nos poços tubulares, através de registros automáticos dos níveis d’água desde a sua implantação em 2010, sendo que na região afetada pela estiagem conta com 124 poços de monitoramento .
Não existe um comportamento único dos poços monitorados, mas a maioria representa uma variação de princípio de rebaixamento dos níveis, no mesmo período decretado como situação crítica de escassez (3100020108), em diversos pontos foram observados valores de níveis d´água mais baixos do que toda a série histórica. Eventualmente os registros de variação do nível apresentam estabilidade durante todo o período (3500027325), mas não foram observadas medianas mensais mais altas dos que as obtidas nas séries históricas.
Esses resultados evidenciam que há uma resposta imediata a variação climática nos pontos de monitoramento subterrâneo e mesmo com uma “proteção natural” e sendo um recurso indispensável em eventos críticos, para minimizar os impactos no abastecimento e financeiros é necessário atenção para essa parcela dos recursos hídricos (aquíferos), principalmente nas áreas de recarga, principais pontos monitorados pela RIMAS.
1801
Águas subterrâneas e o ambiente urbano
MONITORAMENTO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS PÓS-FECHAMENTO DE ATERROS SANITÁRIOS – ESTUDO DE CASO DO ATERRO SANITÁRIO DE BELO HORIZONTE/MG Autores: Cícero Antonio Antunes Catapreta, JULIA RODRIGUES BARROSO COELHO, Gustavo Ferreira Simões Palavras-chaves:
Águas Subterrâneas
, Aterros Sanitários
, Monitoramento
, Resíduos Sólidos
Resumo
MONITORAMENTO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS PÓS-FECHAMENTO DE ATERROS SANITÁRIOS – ESTUDO DE CASO DO ATERRO SANITÁRIO DE BELO HORIZONTE/MG
O monitoramento e manutenção pós-fechamento para aterros sanitários onde foram dispostos de resíduos sólidos urbanos estabelecem critérios mínimos que devem ser observados por um longo período de tempo (mínimo de 20 anos). Dentre os monitoramentos a serem continuados no pós-fechamento dos aterros sanitários, o acompanhamento da influência deste empreendimento sobre as águas subterrâneas. Logo, o objetivo deste artigo é abordar questões relativas ao monitoramento de águas subterrâneas no pós-fechamento de aterros sanitários, levando-se em consideração o caso do aterro sanitário da cidade de Belo Horizonte/MG. Esse monitoramento consiste na avaliação de diversos parâmetros como OD, DBO, DQO, turbidez, coliformes totais, série nitrogenada, pH, alcalinidade, eh, Condutividade elétrica, metais e série de sólidos. Os resultados do monitoramento da qualidade das águas subterrâneas realizados na área de influência desse aterro sanitário vêm permitindo avaliar a evolução temporal da qualidade destas e, de maneira geral, indica uma evolução estável, sem grandes alterações ao longo do tempo, não sendo verificadas alterações significativas na concentração dos parâmetros avaliados. Alguns dos parâmetros avaliados apresentaram concentrações acima do permitido pela legislação, o que pode estar relacionado, em parte, com a composição do solo local ou infiltração de águas pluviais. Deve-se considerar também que o aterro sanitário, quanto mais antigo, como é o caso do aterro sanitário de Belo Horizonte, é de se esperar que tenha reduzido o seu potencial poluidor, em função da finalização do processo de decomposição dos resíduos e, consequentemente, da geração e mobilidade de líquidos lixiviados, o que pode estar contribuir para a reduzir o seu efeito poluidor. A partir das análises feitas ficou evidente a importância do monitoramento das águas subterrâneas após o encerramento das atividades de disposição de resíduos em um aterro sanitário, evidenciando que a adoção de medidas adequadas de fechamento e pós-fechamento são importantes para aterros sanitários.
1811
Investigação, monitoramento e modelagem numérica de águas subterrâneas
MONITORAMENTO DO NÍVEL PIEZOMÉTRICO DO AQUÍFERO CABO NA REGIÃO COSTEIRA DE RECIFE-PE Autores: Anderson Luiz Ribeiro de Paiva, Lucila Araújo Fernandes, Cleber Gomes de Albuquerque, Maria de Andrade Rocha Alencar Castro, Alexsandra Nayara da Silva, Suzana Maria Gico Lima Montenegro Palavras-chaves:
monitoramento
, bacia sedimentar costeira
, aquífero confinado
, Recife
, aquífero Cabo
Resumo
MONITORAMENTO DO NÍVEL PIEZOMÉTRICO DO AQUÍFERO CABO NA REGIÃO COSTEIRA DE RECIFE-PE
INTRODUÇÃO: A explotação excessiva dos aquíferos da Região Metropolitana do Recife (RMR) aliada à diminuição da recarga natural devido à urbanização resultou na diminuição do nível potenciométrico em mais de 100 m, nas últimas décadas. A rede de monitoramento instalada pelo grupo de Recursos Hídricos da UFPE tem o objetivo de contribuir com o conhecimento sobre o aquífero Cabo e estudar estratégias de recarga gerenciada na região costeira do Recife/PE, sendo apresentando um monitoramento do aquífero entre 2017 e 2022.
METODOLOGIA: O sistema aquífero da Planície do Recife (PE) é composto por dois aquíferos profundos, Cabo e Beberibe, de características semiconfinadas, recobertos por um aquífero freático, o Boa Viagem. O monitoramento é feito em 3 poços multinível utilizando sensores automáticos e um sistema de monitoramento em tempo real. O Poço 1 localiza-se no Iate Clube e o Poço 2 e Poço 3 na escola Landelino Rocha. Cada poço é apresentado como profundo superior e profundo inferior.
RESULTADOS: No Poço 1 superior observa-se alto índice de salinidade, o que causou danos ao sensor. Já no Poço 1 inferior, a variação do nível d’água foi de cerca 4m, representando uma recuperação do aquífero. No Poço 2, ambos apresentaram tendência de recuperação entre 2017 e 2019. No monitoramento em tempo real, no Poço 2 se mantém praticamente constante, na faixa de 31,47 m. Observou-se a influência da maré nos níveis. No Poço 3 observa-se aumentos bruscos, como por exemplo nos dias 1/01/2022 e 07/01/2022 variando 3,12m e 6,17m, respectivamente, em 4 horas. Uma análise mais profunda precisa ser realizada para compreender as possíveis causas das mudanças.
1853
Poluição, remediação e gerenciamento de águas subterrâneas
Ocorrência de nitrato em águas subterrâneas brasileiras e seus efeitos para o abastecimento público Autores: Nádia Aparecida Fortunato Souza, Ediene Monteiro Romão, Karinne Reis Deusdará Leal, Anderson de Assis Morais Palavras-chaves:
gestão de recursos hídricos
, águas subterrâneas
, contaminação por nitrato
Resumo
Ocorrência de nitrato em águas subterrâneas brasileiras e seus efeitos para o abastecimento público
As águas subterrâneas são de excelente qualidade e de grande valor econômico em suas condições naturais. Assim desempenham um papel fundamental no abastecimento público e privado em todo o mundo. Porém essas estão cada vez mais poluídas com presença de nitrato (VARNIER, 2021). O nitrato em águas naturais é comumente provindo de rochas ígneas, de áreas de drenagem e da decomposição de matéria orgânica. Contudo suas concentrações podem ser aumentadas devido manejo inadequado de fertilizantes nitrogenados bem como por sistemas de saneamento por fossas sépticas e negras em áreas rurais. Já em regiões urbanas as principais fontes estão associadas à aterros sanitários mal planejados em locais impróprios, despejos industriais e esgotos domésticos (VARNIER, 2021). Com o propósito de ressaltar séria ameaça do íon nitrato para o abastecimento público, o presente trabalho pretende apresentar uma revisão bibliográfica sobre a presença de nitratos em águas subterrâneas brasileiras e seus efeitos para o abastecimento o público. A Portaria 888 de 2021 dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Em seu anexo 9, estabelece valor máximo permissível de 10mg/l para nitrato em águas para consumo humano (BRASIL,2021).
1841
Águas Subterrâneas na Política e Governança dos Recursos Hídricos
O DIREITO DAS ÁGUAS COMO BASE PARA A CONSTRUÇÃO DA GOVERNANÇA ESTADUAL DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS Autores: Pilar Carolina Villar Palavras-chaves:
águas subterrâneas
, legislação federal
, governança estadual
Resumo
O DIREITO DAS ÁGUAS COMO BASE PARA A CONSTRUÇÃO DA GOVERNANÇA ESTADUAL DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
A Constituição Federal de 1988 atribuiu aos Estados e ao Distrito Federal o protagonismo da gestão das águas subterrâneas, o qual está condicionado à observância das normas federais. Nesse sentido, o trabalho visa a apresentar os principais mecanismos para a governança dessas águas previstos na legislação nacional e cuja implementação depende da ação dos Estados. A metodologia utilizada foi a análise documental, principalmente da legislação federal sobre recursos hídricos, meio ambiente, saneamento e agricola. Quando se observam as diretrizes nacionais para a governança das águas, percebe-se que elas podem ser agrupadas em quatro dimensões: i) técnica; ii) operacional legal; iii) institucional legal e iv) coordenação política-intersetorial. O trabalho apresenta as obrigações jurídicas de cada uma dessas dimensões, que pressupõem a realização de estudos técnicos, aplicação de ferramentas de gestão, implementação de instrumentos de gestão e criação de uma estrutura institucional. Ao analisar essa base jurídica, percebe-se que a legislação nacional estruturou uma ampla proposta de governança estadual para as águas subterrâneas, dotada de mecanismos que se aplicam: i) a todas as águas, ii) especificamente para as águas subterrâneas e iii) em outras políticas públicas que se correlacionam com a proteção das águas subterrâneas. Dessa forma, se estabeleceu um standard básico para a gestão dos aquíferos, com diretrizes sobre os estudos a serem produzidos, os instrumentos a serem aplicados e o formato e a competência das instituições e dos entes federativos. Apesar dessa realidade jurídica e de seu caráter vinculante, a implementação dessas obrigações é insuficiente por parte do Poder Público estadual. Os Estados enfrentam dificuldades em incorporar e implementar essas obrigações, seja em relação à produção dos estudos necessários ou na aplicação de instrumentos base para as águas subterrâneas. Essas dificuldades também ocorrem nas políticas correlacionadas, o que demonstra falhas estruturais das políticas que vão muito além das águas subterrâneas.
1826
Poluição, remediação e gerenciamento de águas subterrâneas
O ENCHIMENTO E O CONTROLE DE IMPACTOS À ÁGUA NO FECHAMENTO DE MINAS SUBTERRÂNEAS Autores: Daniel Henrique dos Santos Garcia Palavras-chaves:
água subterrânea
, mina subterrânea
, enchimento
Resumo
O ENCHIMENTO E O CONTROLE DE IMPACTOS À ÁGUA NO FECHAMENTO DE MINAS SUBTERRÂNEAS
A presença de drenagens perenes ou mesmo surgências intermitentes é de grande importância no desenvolvimento das cavidades e nos trabalhos de extração de minérios. Na presença de lago ou drenagem subterrânea, é observada a ocorrência de água perene ou intermitente na cavidade e analisado o volume de água existente. Seja durante a extração, seja após, nem todo o espaço da mina subterrânea fica aberto ou é inundado. Qualquer material colocado abaixo do nível de água se torna parte do aquífero e reações podem levar à mobilização de contaminantes. Uma das opções utilizadas em minas subterrâneas, tanto com objetivo de sustentação das escavações (e controle de impactos como a drenagem ácida e a subsidência), quanto no controle no fechamento é a colocação de enchimento. Em alguns casos, pode ser a melhor forma para reduzir potencial de contaminação da água. A qualidade da água subterrânea deve ser considerada durante operações de lavra e de enchimento, já que pode ser impactada por agentes químicos introduzidos. Com isso, uma tarefa importante é estimar o assentamento ou volume final de rejeito ou enchimento. Os fluxos naturais devem ser restaurados e seus aportes controlados, pelas entidades mineiras nos processos de fechamento de mina. À medida da descida de partículas por gravidade a polpa se densifica, expulsa água, também sendo necessário controle da mesma. O fluxo de água a partir de cavidades preenchidas pode requerer tratamento antes da descarga ao ambiente e deve ser monitorado O artigo avalia como a colocação de enchimento nos espaços e vazios e acessos (como o poço) age sobre água subterrânea e águas superficiais nas minas subterrâneas.
1768
Poluição, remediação e gerenciamento de águas subterrâneas
O IMPACTO DOS EFLUENTES TÊXTEIS NAS ALUVIÕES DO ALTO CAPIBARIBE Autores: Josielly Braz da Silva, Luan Alves Furtado, Marcelo Carlos de Oliveira Silva, Glauce Maria de Lemos Silva, Gisely Leite de Oliveira Silva, Sidrack Felipe da Silva Júnior, Maria das Graças Monteiro Almeida de Melo, Fernanda Gabriella Liberato Santos, Gabriel Everton Marinho Neves Bezerra, Jocélia Braz da Silva, Artur Paiva Coutinho Palavras-chaves:
Polo de Confecções do Agreste de Pernamb
, Corantes
, Solos Aluvionares
Resumo
O IMPACTO DOS EFLUENTES TÊXTEIS NAS ALUVIÕES DO ALTO CAPIBARIBE
O semiárido possui como características eventos pluviométricos irregulares, estiagens prolongadas, elevadas temperaturas, e, consequentemente, a escassez hídrica. Mesmo diante de sua localização, no semiárido, a região Agreste do Estado de Pernambuco possui como principal atividade econômica o setor têxtil. O Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco é um complexo de produção têxtil que engloba municípios dos estados de Pernambuco e Paraíba. Uma das consequências das atividades da indústria têxtil é a produção de grandes volumes de efluentes têxteis, que dentre outros comportamentos agressivos ao meio ambiente, possuem compostos químicos, inorgânicos e recalcitrantes, que quando descartados de forma inadequada tem uma série de consequências sobre o meio ambiente, podendo durar longos anos, mesmo depois da supressão de sua fonte geradora. Neste sentido, através de uma revisão sistemática, o presente trabalho avalia os possíveis impactos decorrentes do lançamento de efluentes têxteis nas aluviões do Alto Capibaribe. Diferentes autores identificaram a baixa retenção e alta mobilidade de contaminantes nas amostras de solo aluvionar testadas, constatando a vulnerabilidade destas reservas hídricas à agentes contaminantes. Além disso, um estudo apontou para a utilização de técnicas de biorremediação de corantes para a proteção das reservas hídricas da região do Alto do Capibaribe, obtendo resultados satisfatórios na retenção desse tipo de composto.
1734
Hidrogeologia aplicada a questões de engenharia
O USO DE TRAÇADORES CORANTES E SUA APLICABILIDADE À MODELAGEM NUMERICA DE FLUXO Autores: Marcela Barcelos Barbosa, Danilo Carvalho de Almeida Palavras-chaves:
Modelagem Numérica de Fluxo
, Traçadores Corantes
, Aquífero Cárstico
Resumo
O USO DE TRAÇADORES CORANTES E SUA APLICABILIDADE À MODELAGEM NUMERICA DE FLUXO
Modelos numéricos de fluxo da água subterrânea consistem na representação matemática e computacional simplificada de um sistema natural, permitindo a simulação de diferentes cenários hidrogeológicos. A modelagem numérica de aquíferos cársticos é particularmente mais complexa se comparada a grande parte dos demais sistemas naturais, apresentando propriedades hidrodinâmicas extremamente heterogêneas e anisotrópicas devido principalmente à presença de uma complexa rede de condutos subterrâneos (Goldscheider & Drew,2007; Stevanović,2015). A evolução morfológica desses sistemas está intrinsicamente vinculada ao desenvolvimento da porosidade terciária, em função do processo de dissolução nas zonas de descontinuidade de rochas solúveis, como calcários e mármores. Neste sentido, o desenvolvimento de um modelo hidrogeológico conceitual robusto, que inclui a investigação da origem, circulação e destino das águas subterrâneas, consiste em um importante estudo no processo da modelagem numérica. Dentre as técnicas utilizadas no rastreamento das águas subterrâneas em áreas cársticas destaca-se o uso de traçadores corantes fluorescentes, exemplos de traçadores conservativos amplamente utilizados por se aproximarem da definição de um rastreador ideal (conservativo e ausente nas águas naturais) como a Fluoresceína e a Rodamina B. Os resultados desses ensaios revelam possíveis rotas de fluxo da água subterrânea em meios cársticos. A partir disso, é possível definir no modelo conceitual as condições de circulação da água subterrânea com maior exatidão e reproduzi-las no modelo numérico de fluxo. Essa representação de condutos subterrâneos pode ser feita por meio da adição de elementos discretos altamente condutivos utilizados para melhorar a conexão hidráulica naquele ponto aplicando-se a Lei de Darcy para simular o fluxo laminar em feições cársticas. Os resultados mostram que ao adicionar tais elementos ao modelo é possível controlar a velocidade de fluxo naquelas feições fazendo com que a água flua preferencialmente nestas zonas e as condições de fluxo determinadas pelos traçadores sejam reproduzidas, garantindo uma representação matemática mais fiel à realidade.
1830
Águas Subterrâneas na Política e Governança dos Recursos Hídricos
PANORAMA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO RECIFE-PE E OS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS Autores: Layne Joice Melo Chagas, Micaella Raíssa Falcão de Moura, Rafaela Vieira Ribeiro Palavras-chaves:
Gestão dos Recursos Hídricos
, Águas Subterrâneas
, Instrumentos da PERH
Resumo
PANORAMA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO RECIFE-PE E OS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS
Este trabalho apresenta um panorama geral dos instrumentos da Política Estadual de Recursos Hídricos na cidade do Recife-PE, pontuando alguns desafios que são enfrentados mediante a atuação destes instrumentos de gestão. Usando como embasamento as legislações Federal nº 9.433/97 - Política Nacional de Recursos Hídricos, e Estadual nº 12.984/2005 - Política Estadual de Recursos Hídricos, é possível observar e compreender como é executada a gestão dos recursos hídricos subterrâneos e quais são os desafios encontrados pelos órgãos/entidades responsáveis pelo gerenciamento desse recurso na cidade do Recife-PE, destacando-se o aumento populacional das últimas décadas, assim como o comprometimento de mananciais superficiais, que contribuíram para esse aumento da explotação desordenada dos aquíferos desta região.
1886
Conhecimento hidrogeológico voltado a exploração de águas subterrâneas
PANORAMA HIDROGEOLÓGICO DO SERIDÓ PARAIBANO: DADOS PRELIMINARES Autores: Josenildo Isidro dos Santos Filho, Francisco de Assis da Silveira Gonzaga, Edmilson Dantas da Silva Filho, Marianna Lima Costa, Pedro Lucas Nunes da Silveira, Cailane Barbosa Gomes Guerra, Pedro Queiroz Dionizio Palavras-chaves:
Seridó Paraibano
, Aquífero fissural
, Aquíferos mistos
Resumo
PANORAMA HIDROGEOLÓGICO DO SERIDÓ PARAIBANO: DADOS PRELIMINARES
O Seridó Paraibano, inserido na mesorregião da Borborema, corresponde ao agrupamento dos municípios de Baraúna, Cubati, Frei Martinho, Juazeirinho, Nova Palmeira, Pedra Lavrada, Picuí, Seridó e Tenório, correspondentes a microrregião do Seridó Oriental, além de Junco do Seridó, Salgadinho, Santa Luzia, São José do Sabugi, São Mamede, e Várzea, representantes do Seridó Ocidental. Na configuração de fragilidade do sistema de abastecimento hídrico em pequenos municípios do Seridó Paraibano, torna-se indispensável o estudo de alternativas no fornecimento de água adequada para a população, baseada em estudos detalhados sobre a potencialidade hidrogeológica dessas áreas através de técnicas simples, de fácil aplicação, como o geoprocessamento de imagens de satélite.
1858
Hidrogeologia aplicada a questões de engenharia
PERDA DE CAPTAÇÕES SUBTERRÂNEAS E MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO HIROGEOLÓGICA EM ÁREAS AFETADAS PELO ENCHIMENTO E OPERAÇÃO DE RESERVATÓRIOS DE HIDRELÉTRICA Autores: Marcio da Rosa Magalhães Bessa, José Eloi Guimarães Campos Palavras-chaves:
reservatório
, lençol freático
, saneamento
Resumo
PERDA DE CAPTAÇÕES SUBTERRÂNEAS E MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO HIROGEOLÓGICA EM ÁREAS AFETADAS PELO ENCHIMENTO E OPERAÇÃO DE RESERVATÓRIOS DE HIDRELÉTRICA
Este trabalho apresenta aspectos de perda de captações subterrâneas de abastecimento d´água e uma proposta metodológica/estratégica hidrogeológica aplicada a esse impacto ambiental negativo devido a construção de usinas hidrelétricas com enchimento e operação do reservatório das comunidades lindeiras, como exemplificado pelos casos de Porto Nacional e Palmas/TO. Uma maneira racional e integrada de subsidiar com informações sob medida as ações de prevenção e mitigação desse problema é a utilização de uma metodologia estratégica de monitoramento e avaliação, cíclica, com base em diversas sugestões reconhecidas na área de águas subterrâneas e de recursos hídricos em geral. Importante enfatizar que esta medida atende às exigências atuais de flexibilização e dinamismo em função do aumento da demanda dos recursos hídricos nas últimas décadas, em destaque as UHEs do rio Tocantins.
1723
Águas subterrâneas e abastecimento público
PLANO DE MANUTENÇÃO EM UM SISTEMA DE DESSALINIZAÇÃO DE ÁGUA EM IPIRÁ-BA Autores: Victor Sobrinho Costa Palavras-chaves:
Dessalinizadores
, Água Subterrânea
, Manutenção de Equipamentosentos
Resumo
PLANO DE MANUTENÇÃO EM UM SISTEMA DE DESSALINIZAÇÃO DE ÁGUA EM IPIRÁ-BA
A exploração das águas subterrâneas tem se tornado uma alternativa para o abastecimento de água em localidades do semiárido devido à carência hídrica da região. Devido aos altos índices de sais dissolvidos presente nestas águas é necessário tratamento para torná-la potável, o que ocorre através de processos de dessalinização. No entanto, o modelo de gestão vigente nos sistemas de dessalinização dos municípios localizados no semiárido, ainda não incorporam de forma satisfatória cuidados com a manutenção de equipamentos, acarretando um grande número de paralisações nos dessalinizadores e diminuindo a disponibilidade de água potável. Nesse contexto este trabalho realizou a aplicação de um plano de manutenção em um sistema de dessalinização de água da zona rural de Ipirá - BA. Para isso foram definidos componentes e fatores que influenciam o desempenho operacional do sistema de dessalinização, identificados e classificados modos de falha dos equipamentos através da aplicação da FMEA e avaliados os custos das tarefas de manutenção propostas. Como resultado foram identificados 33 modos de falha, 39% relacionados à deterioração do sistema de dessalinização indicando necessidade de conservação dos equipamentos e 21% relacionados à falha humana mostrando a importância de realização de treinamento para os operadores. Como efeitos dos modos de falha, 33% apresentam a possibilidade de parada do sistema e devem ser priorizados na manutenção, enquanto 9% podem ocasionar contaminação ambiental e evidenciam a importância de uma boa conservação dos reservatórios do concentrado proveniente do sistema. Os custos estimados mostram que a população beneficiada através da arrecadação de um fundo de reserva para cobrir os custos do plano de manutenção pode tornar autossustentável a manutenção do sistema de dessalinização.
1863
Investigação, monitoramento e modelagem numérica de águas subterrâneas
PLANO DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DOS COMITÊS DE BACIAS HIDROGÁRFICAS DO RIOS PIRACICABA-CAPIVARI-JUNDIAÍ, SP/MG Autores: Jose Luiz Albuquerque Filho, Vinícius Rosa Rodrigues, Flavio de Paula e Silva3, Didier Gastmans, Sibele Ezaki, Andrea Segura Franzini, Julia Octaviano Noale Palavras-chaves:
Monitoramento
, Aquífero Tubarão
, Aquífero Cristalino
Resumo
PLANO DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DOS COMITÊS DE BACIAS HIDROGÁRFICAS DO RIOS PIRACICABA-CAPIVARI-JUNDIAÍ, SP/MG
O Plano de Monitoramento Quali-quantitaivo das Águas Subterrâneas dos Comitês PCJ (SP/MG) consiste numa proposta de implementação de uma rede a ser constituída por 151 poços de monitoramento, com especial atenção aos aquíferos Tubarão e Cristalino, num período previsto de pelo menos 15 anos. Em sua concepção, a rede será composta por 99 poços projetados rasos (profundidade < 50m) e 3 poços profundos (>300 m) para moniotramento da qualidade e nível de água; e por 49 poços profundos existentes para monitoramento da qualidade. A seleção dos locais para implementação dos pontos de monitoramento, foi definida com base em três critérios (planos de informação) cruzados e representados em mapa: (a) Estresse/saldo hídrico;; (b) Uso e ocupação do solo, que considera o potencial de contaminação por atividades humanas e; (c) Vulnerabilidade natural do aquífero.
1753
Hidrogeologia aplicada a questões de engenharia
PLUGAGEM DE GALERIAS COM PEQUENO DIÂMETRO: ESTUDO DE CASO Autores: Leandro Filgueiras, Larissa Xavier Palavras-chaves:
Plugagem
, Tamponamento
, Galeria
Resumo
PLUGAGEM DE GALERIAS COM PEQUENO DIÂMETRO: ESTUDO DE CASO
Durante a descrição desse estudo de caso será apresentado disposições gerais a respeito do processo de tamponamento em galerias. Tais estruturas geralmente estão localizadas ao longo de barragens, sejam essas de terra ou concreto. Em muitos casos as galerias possuem a função de inspeção e drenagem ao longo da barragem. Para avaliação do estado dessas estruturas é necessário estudo individualizado, por empresa especializada, sendo necessário procedimentos específicos, ensaios adequados e ações particulares.
O artigo trata especificadamente de plugagem realizada em galeria de pequeno diâmetro, detalhando alguns procedimentos gerais envolvidos nessa operação.
Diâmetro da galeria, extensão, inclinação, condições de integridade, inspeção, reforço estrutural, presença de fluxo de água, acessibilidade por pessoas, concreto subaquático serão alguns dos procedimentos detalhados nesse estudo de caso.
A concretagem realizada pelo tamponamento envolve detalhamento executivo e técnica, devendo ser executado por profissionais com experiência e empresa qualificada.
1747
Poluição, remediação e gerenciamento de águas subterrâneas
Porosity evaluation after nanoparticle injection on sandpack samples, using synchrotron X-ray computed microtomography Autores: Daphne Silva Pino, Tannaz Pak, Luiz Fernando de Lima Luz Jr, Tiziana Tosco, Reginaldo Antônio Bertolo, Nathaly Lopes Archilha Palavras-chaves:
microtomography
, nanoremediation
, nZVI
Resumo
Porosity evaluation after nanoparticle injection on sandpack samples, using synchrotron X-ray computed microtomography
Partículas de ferro zero-valente (zero-valent iron nanoparticles, nZVI) são um dos tipos de partículas utilizadas em processos de nanoremediação, uma vez que reagem com diversos contaminantes, entre os quais se destacam os solventes organoclorados. Entretanto, as lacunas de conhecimento acerca dos mecanismos em escala de poro limitam o design de sistemas de remediação otimizados. Dessa forma, este estudo visa investigar a mobilidade e o trapeamento de nZVI em um meio poroso na escala poro, utilizando microtomografia de raios-X de luz sínctrotron. Tomógrafos de bancada não são capazes de captar em detalhe estes processos, devido à resolução espacial da imagem, sendo necessário o uso de técnicas de síncrotron.
Os experimentos foram realizados na linha de luz IMX, na antiga fonte de luz síncrotron UVX, do CNPEM, em Campinas. Duas amostras de areia inconsolidada foram analisadas através de microtomografia de raios-X. Elas foram incialmente saturadas com água, recebendo em seguida uma injeção de nZVI em suspensão. Uma injeção final de água visou retirar as nanopartículas móveis da amostra. Foram obtidas imagens tomográficas das amostras a cada etapa. Tais imagens são posteriormente tratadas (processos de reconstrução e segmentação), permitindo a obtenção de parâmetros como tamanhos de grão e poros, superfícies, porosidade e permeabilidade. Este estudo deverá contribuir para o entendimento dos mecanismos em escala de poro envolvendo nZVI em meios porosos.
1772
Águas subterrâneas e abastecimento público
POTABILIDADE RADIOLÓGICA DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO NA REGIÃO DE PIRACICABA Autores: Yuniel Tejeda mazola, Camila Gerdes Gyuricza Silva, Laís Vaz Setem, Danielle Leal Torriceli, Felipe Baltieri, Gabriel dos Santos Sampaio, Lucas Brandão Briques, Marcelo João Leite Rocha Palavras-chaves:
Radioatividade alfa e beta total
, Rádio-226
, Rádio-228
, Chumbo-210
Resumo
POTABILIDADE RADIOLÓGICA DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO NA REGIÃO DE PIRACICABA
Radionuclídeos de origem natural encontram-se presentes na água, onde a sua dissolução ocorre nas diferentes etapas do ciclo hidrológico, sendo que as suas concentrações variam de acordo com as caraterísticas físico químicas do aquífero e com a geoquímica dos radionuclídeos. Do ponto de vista de risco à saúde, são mais significantes os aspectos de toxicidade química do urânio para os rins, de modo que atualmente é estabelecido em 0,03 mg/L (30 µg/L) o valor máximo permitido de urânio em água. Para radioatividade alfa e beta total, os níveis de referência em concentração de atividade são 0,5 Bq/L e 1 Bq/L, respectivamente. Para rádio os níveis de referência são 0,1 Bq/L para 228Ra e 1 Bq/L para 226Ra. No presente trabalho foram analisadas 50 amostras de água para consumo humano nas cidades de Águas de São Pedro, Charqueada, Limeira, Piracicaba e São Pedro. Foram obtidas as concentrações radioativas de alfa total, beta total, rádio-226, rádio-228 e chumbo-210 empregando-se separação radioquímica e contagem em contador proporcional de fluxo gasoso. Todas as amostras analisadas apresentaram valores de concentração radioativa abaixo dos valores máximos permitidos, sendo que os maiores valores foram obtidos para radiação beta total. Devido à influencia da radiação beta do 40K, de baixa radiotoxicidade, seria interessante incluir este tipo de análises em estudos futuros. Foi contatada a segurança, do ponto de vista radiológico, das águas para consumo humano distribuídas na região de Piracicaba.
1832
Hidrogeologia dos Aquíferos Brasileiros
POTENCIAL HIDROGEOLÓGICO DOS DEPÓSITOS SEDIMENTARES DO GRUPO BALSAS NO ESTADO DO MARANHÃO Autores: CLÁUDIO JOSÉ DA SILVA DE SOUSA, LAURA MARTINS MENDES, PAULA FERNANDA MASSETTI DE LIMA, MARIA EDUARDA DA SILVA MARTINS, KARINA SUZANA FEITOSA PINHEIRO, DANIEL DE LIMA NASCIMENTO SÍRIO Palavras-chaves:
Potencial hidrogeológico
, Grupo Balsas
, Província Parnaíba
Resumo
POTENCIAL HIDROGEOLÓGICO DOS DEPÓSITOS SEDIMENTARES DO GRUPO BALSAS NO ESTADO DO MARANHÃO
A Província Parnaíba está localizada à nordeste da Plataforma Brasileira. Ela abrange uma área de aproximadamente 600.000 km2 entre os estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Bahia, Pará e Tocantins. Sua coluna sedimentar integra cinco grupos depositados do Siluriano ao Cretáceo os quais foram associados a quatro sítios deposicionais: Bacia do Parnaíba, Bacia das Alpercatas, Bacia do Espigão Mestre e Bacia do Grajaú. A primeira ocupa porções sul e leste da Província homônima e compreende as sequências deposicionais Siluriana, Devoniana e Carbonífero-Triássica. Essa última é constituída pelo complexo clástico-evaporítico do Grupo Balsas, composto pelas formações Sambaíba, Motuca, Pedra de Fogo e Piauí, cuja conjuntura no Estado do Maranhão é abordada. Para tanto, procedeu-se a levantamento bibliográfico e organização de dados geoespaciais em ambiente de sistema de informação geográfica QGIS v.2.18.14, Las Palmas G.C. Os depósitos sedimentares do Grupo Balsas, sobretudo, os referentes às formação Sambaíba e Piauí se configuram como os de maior potencial hidrogeológico, com produtividades variando entre Muito Alta/Alta a Moderada/Alta. A distribuição da área aflorante do Grupo Balsas se dá nas porções sul e leste da Província Parnaíba, sobretudo, no Estado do Maranhão; com altitudes médias principalmente entre 200 e 400m; notadamente em terrenos planos a suave-ondulados, com declividades entre 0 a 8%; e em domínios principalmente de Formação Savânica. Através de dados da Coleção 6 do Projeto MapBiomas, entre 1990 e 2020, observou-se uma redução de 14,8% em área de cobertura savânica em detrimento do crescimento das atividades agropecuárias que sofreram acréscimo de 78,4% nesse mesmo perído. Tais alterações no uso/cobertura vegetal produzem mudanças significativas nas taxas de infiltração das precipitações pluviométricas as quais representam a principal fonte de recarga dos aquíferos e, por sua vez, nas reservas renováveis das formações sedimentares integrantes.
1881
Poluição, remediação e gerenciamento de águas subterrâneas
POTENCIALIDADE DE DANOS ÀS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS EM DECORRÊNCIA DA AUSÊNCIA DE CONTROLE AMBIENTAL SOBRE OS CEMITÉRIOS NO ESTADO DE MINAS GERAIS Autores: Elias Nascimento de Aquino Iasbik, Thaís Aldred Iasbik de Aquino, Roberto Cézar de Almeida Monte-Mor Palavras-chaves:
Cemitérios
, Contaminação
, Águas subterrâneas
Resumo
POTENCIALIDADE DE DANOS ÀS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS EM DECORRÊNCIA DA AUSÊNCIA DE CONTROLE AMBIENTAL SOBRE OS CEMITÉRIOS NO ESTADO DE MINAS GERAIS
A Constituição Federal de 1988 engloba dentre os direitos fundamentais o do meio ambiente ecologicamente equilibrado, e nessa mesma medida institui o dever geral sobre a defesa desse direito, para garantia de acesso às gerações atuais e futuras. Dentre as ações atribuídas ao Poder Público, com o fim de materializar esse direito, a norma condiciona a realização de atividades poluidoras ou degradadoras do meio ambiente ao controle do Estado.
A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) outorgou ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) a competência para disciplinar as regras do licenciamento ambiental, instituído como um dos instrumentos para viabilizar o objetivo do desenvolvimento sustentável.
Nesse particular, o CONAMA identificou os cemitérios como empreendimentos efetiva ou potencialmente poluidores dos recursos naturais, condicionando-os ao licenciamento ambiental, e estabelecendo regras dedicadas, entre outras finalidades, à proteção das águas subterrâneas. Entretanto, o Conselho Estadual de Política Ambiental de Minas Gerais (COPAM) disciplinou parcialmente a matéria, dispensando do licenciamento ambiental parcela representativa dos empreendimentos dessa natureza no Estado, não havendo qualquer controle para aferição sobre o cumprimento das regras estabelecidas pelo CONAMA, especialmente daquelas destinadas à proteção e manutenção da qualidade das águas subterrâneas.
1726
Conhecimento hidrogeológico voltado a exploração de águas subterrâneas
POTENCIOMETRIA, COBERTURA SEDIMENTOLÓGICA, CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO DO SOLO E CHUVA ANUAL NA BACIA DO RIO TIETÊ Autores: Francisco Fernando Noronha Marcuzzo, Rodrigo Lilla Manzione, Edson Cezar Wendland Palavras-chaves:
Hidrogeologia
, Potenciometria
, Capacidade de Infiltração
, Bacia do Rio Tietê
, Domínios Hidrogeológicos
Resumo
POTENCIOMETRIA, COBERTURA SEDIMENTOLÓGICA, CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO DO SOLO E CHUVA ANUAL NA BACIA DO RIO TIETÊ
A bacia hidrográfica do rio Tietê (sub-bacia 62), maior e mais importante bacia no território paulista, possui a característica inusitada de ter o seu principal curso d’água escoando em direção contrária ao Oceano. O rio Tietê nasce na Serra do Mar, próximo ao oceano Atlântico, no município de Salesópolis/SP, atravessando todo o Estado de São Paulo de sudeste para noroeste de São Paulo. A amplitude altimétrica da bacia do rio Tietê é de 1.783m, variando de 256m em Itapura/SP (exutório) a 2.039m em sua pequena parte no território do Estado de Minas Gerais. De modo geral, dois terços da bacia do Tietê é composta pelo bioma da Mata Atlântica, ficando o um terço na parte central predominado pelo bioma Cerrado. O objetivo deste trabalho é produzir e discutir os mapas de potenciometria, direção de fluxo, equipotenciais, cobertura sedimentológica, capacidade de infiltração da água no solo e espacialização da precipitação na bacia do Tietê. As maiores equipotenciais, que chegam a 750, estão na região do município de São Carlos/SP. A cobertura sedimentar predominante é a Paraná (mais de 75%), seguido do embasamento e com um pouco de Taubaté no município de São Paulo e região metropolitana. Nos mapas se observa que, quase a totalidade da bacia possui uma boa ou muito boa capacidade de infiltração de água no solo. A região de maior volume de precipitação pluviométrica média anual na parte da bacia em MG também possuí maior capacidade de infiltração de água no solo. A espacialização da precipitação pluviométrica, considerando a série histórica de 1977 a 2006, varia de 1.202mm.ano-1, na parte noroeste da bacia (em sua foz) a 3.085mm.ano-1 na parte sudeste da bacia e na serra da Mantiqueira em Minas Gerais.
1806
Águas subterrâneas e abastecimento público
PRESENÇA DE BORO NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS PARA O ABASTECIMENTO PÚBLICO EM RUSSAS - CEARÁ Autores: Luzia Suerlange Araújo dos Santos Mendes, Fátima Andrea Lima Girão, Janaina Sobreira Rocha, Itabaraci Nazareno Cavalcante, Ana Rita Gonçalves Neves Lopes Salgueiro, Joyce Shantala Fernandes de Oliveira Sousa, Tomaz Alexandre da Silva Neto, Erika de Almeida Sampaio Braga, Carlos Márcio Soares Rocha, Bruno Felipe dos Santos Matos, Cláudio Ângelo da Silva Neto Palavras-chaves:
Qualidade da água
, Poluição
, Potabilidade
Resumo
PRESENÇA DE BORO NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS PARA O ABASTECIMENTO PÚBLICO EM RUSSAS - CEARÁ
A ingestão excessiva e prolongada de boro pode prejudicar o sistema nervoso central, resultando na síndrome clínica de Borismo. Concentrações inferiores a 1,0 mgL-1, por outro lado, são perfeitamente seguras. O Estado do Ceará, região Nordeste, é caracterizado por extrema irregularidade pluviométrica, que compromete a recarga dos corpos d'água superficiais e direciona a demanda por águas subterrâneas para o abastecimento da população. Nesse contexto, o objetivo da pesquisa foi identificar as concentrações de boro em águas subterrâneas do município de Russas – Ceará a partir das amostras coletadas diretamente de poços destinados ao abastecimento municipal. Foram coletadas 21 amostras de águas subterrânea em dois períodos, seco e chuvoso. No período seco, a maior concentração de boro foi de 0,68 mgBL-1, fora do limite estabelecido pela Resolução nº 396/2008 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), valor máximo permitido (VMP) para o boro de 500,0 µgL-1. No período chuvoso a concentração foi a do limite de detecção do equipamento, tendo, portanto, uma maior concentração do valor de boro no período seco. Ressalta-se que a produção local de cerâmica representa uma fonte que pode contribuir para a presença de boro. O ponto de amostragem é topograficamente mais baixo, facilitando o recebimento da água lixiviada contendo boro. Pode-se observar que as condições climáticas contribuem de forma efetiva nos resultados das análises.
1755
Mudanças Climáticas e seus Impactos sobre as Águas Subterrâneas
PRESSÕES SOBRE SISTEMAS DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO CONTEXTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS Autores: Luiz Fernando Scheibe, Glorgia Barbosa de Lima de Farias Palavras-chaves:
Águas subterrâneas
, Mudanças Climáticas
, Recarga de Aquíferos
, Eventos extremos
Resumo
PRESSÕES SOBRE SISTEMAS DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO CONTEXTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
As mudanças climáticas interferem diretamente no ciclo hidrológico, alterando o regime pluviométrico e a evapotranspiração em uma região, influenciando, portanto, no processo de recarga dos aquíferos e modificando o fluxo dos rios (HIRATA e CONICEL LI, 2011; GOMES, 2007). Embora existam incertezas acerca dos diferentes cenários climáticos futuros, é certo que as mudanças climáticas já estejam ocorrendo. As implicações dessas alterações climáticas sobre os diferentes sistemas aquíferos são, ainda pouco conhecidas, tanto pela sua própria indefinição como pela dificuldade de se estimar a recarga de um aquífero e pela escassez de dados referentes ao monitoramento das águas subterrâneas. Segundo o IPCC (2022), o aumento dos eventos climáticos extremos expôs milhões de pessoas à insegurança alimentar aguda e reduziu a segurança hídrica, com os maiores impactos observados em muitos locais e/ou comunidades na África, Ásia, América Central e do Sul, Ilhas Pequenas e o Ártico – indicando que o grau de impacto varia de acordo com a localização geográfica e outros fatores que levam os sistemas e regiões a diferentes níveis de vulnerabilidade. METODOLOGIA: A pesquisa tem caráter qualitativo, na modalidade bliográfica/ Documental. CONCLUSÕES: Embora o impacto das mudanças climáticas possa variar de acordo com a localização geográfica e outros fatores que levam os sistemas e regiões a diferentes níveis de vulnerabilidade, já existem evidências de importantes relações entre os aquíferos e as mudanças climáticas, embora faltem, ainda, dados mais concretos sobre a quantificação da resposta dos aquíferos tanto à variabilidade e às mudanças climáticas, como às mudanças de seu uso, por elas induzidas. Assim, novas pesquisas, juntamente com o monitoramento das águas subterrâneas e da umidade do solo, são necessárias para compreender como os aquíferos respondem ao bombeamento excessivo e às mudanças no clima.
1757
Águas subterrâneas e abastecimento público
PROCESSOS E FERRAMENTAS DE APOIO À GESTÃO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO - CORSAN/RS. Autores: Jean Carlo Galarça Pereira, Adriana Tonellotto Dos Santos Palavras-chaves:
Águas Subterrâneas
, Gestão
, Processos e Ferramentas
Resumo
PROCESSOS E FERRAMENTAS DE APOIO À GESTÃO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO - CORSAN/RS.
A área responsável, pela gestão das águas subterrâneas na Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN), tem buscado alinhar seus projetos e ações a partir da missão da Companhia que consiste em prestar serviços de saneamento básico, cumprindo requisitos sociais, ambientais e econômicos estabelecidos. Utilizando-se de ferramentas, como softwares já adquiridos e com licenças de uso vigentes, a CORSAN através da Superintendência responsável pela gestão de águas subterrâneas, mediante identificação prévia de dificuldades no fluxo operacional de suas atividades, e do mapeamento de processos tem buscado automatizar seus procedimentos, a fim de obter maior celeridade e eficiência de resultados, quanto ao acompanhamento e tempo de execução de demandas; identificação de entraves para finalização das mesmas; publicação de conteúdos técnicos atinentes à área e sistematização de dados técnicos, com fins de apoio imediato a gestão, devido aos aproximadamente 4.000 poços de captação de águas subterrâneas para abastecimento público, sendo 900 desses em operação. Como resultados parciais, desde o segundo semestre de 2021, foram disponibilizados: Um portal DIGITAL da Superintendência, com fluxos para solicitação, gestão de demandas e atendimento de serviços de perfuração, encampação, recuperação, tamponamento e apoio técnico, relacionados aos poços tubulares no âmbito da CORSAN; um Portal Web do Sistema de Informações Geográficas Ambientais – SIGAmb CORSAN, com disponibilização de dados vetoriais georreferenciados de poços da CORSAN, de poços cadastrados no SIAGAS/CPRM, da geologia, da hidrogeologia, dos lineamentos e dos processos minerários geridos pela ANM, além de outras camadas vetoriais georreferenciadas disponibilizadas pelos órgãos competentes que foram integradas ao SIGAmb CORSAN; Dashboards, com indicadores para apoio a gestão hídrica/operacional; além de um projeto para implantação de um Sistema de Gestão de Recursos Hídricos (SGRH/CORSAN), a partir da utilização das funcionalidades do software Hydro GeoAnalyst (HGA), onde estarão cadastradas todas as informações também necessárias para a obtenção/manutenção das Outorgas dos poços da CORSAN.
1867
Geoquímica e isótopos nas águas subterrâneas
PROGRAMA DE APLICAÇÕES ISOTÓPICAS NA HIDROLOGIA DO SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL Autores: Roberto Kirchheim Palavras-chaves:
Isotopia
, Hidrologia
, Articulação Institucional
Resumo
PROGRAMA DE APLICAÇÕES ISOTÓPICAS NA HIDROLOGIA DO SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL
O presente trabalho informa a respeito do Programa Nacional de Aplicações Isotópicas na Hidrologia executado pela Gerência de Hidrologia e Gestão Territorial do Serviço Geológico do Brasil. Trata-se de um programa com várias componentes que se articula em parceria com inúmeras instituições de pesquisa nacionais e internacionais. Apesar do pouco tempo de existência, dito Programa alcançou resultados concretos e expressivos colocando o SGB como protagonista em aplicações isotópicas no país e no continente.
1815
Águas Subterrâneas na Política e Governança dos Recursos Hídricos
Programa de Regularização de Poços - Poço Legal Autores: Flávia Avila Dias, Carlos José Sobrinho da Silveira, Luciano Brasileiro Cardone, Patrícia Moreira Cardoso, Leandro Luiz Reinehr, Francisco Paulo Garcia, Ingo Schneide, Francielle da Silva Niewinski Palavras-chaves:
Regularização de poços
, Águas subterrâneas
, Gestão de Águas subterrâneas
Resumo
Programa de Regularização de Poços - Poço Legal
O programa Poço Legal foi implantado pelo governo do Rio Grande do Sul para apoiar com a regularização gratuita de poços para Comunidades Quilombolas, Prefeituras com até 5.000 habitantes e Cidadãos com Cadastro no CadÚnico do governo Federal.
A adesão ao programa resultou em um universo de 651 poços a serem regularizados pelas empresas que serão contratadas pelo Estado. É uma ferramenta de inserção social e educação ambiental.
1864
Águas Subterrâneas na Política e Governança dos Recursos Hídricos
PROPOSTA DE PLANO DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO TURVO/GRANDE, SÃO PAULO, BRASIL Autores: Priscila Ikematsu, José Luiz de Albuquerque Filho, Cristiane Guiroto Palavras-chaves:
Monitoramento de águas subterrâneas
, gestão de águas subterrâneas
, sistemas de informação geográfica
Resumo
PROPOSTA DE PLANO DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO TURVO/GRANDE, SÃO PAULO, BRASIL
O monitoramento da profundidade do nível d’água e da qualidade da água dos aquíferos é crucial para entender melhor a dinâmica e as quantidades de águas subterrâneas, bem como para avaliar vocações de uso, o perigo de poluição das águas subterrâneas e mensurar a eficácia das medidas de proteção. O estudo objetivou apresentar uma proposta de adensamento da rede de monitoramento dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos a partir de áreas prioritárias identificadas nos cenários projetados na Bacia do Turvo/Grande, que se constitui na Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI) nº 15, localizada na região noroeste do Estado de São Paulo. O projeto foi executado a partir de levantamento de dados bibliográficos, coleta de informações em campo, análise espacial em Sistema de Informação Geográfica (SIG), utilizando-se o software ArcGIS, bem como com a aplicação de questionários e realização de reuniões técnicas. A proposta de ampliação da rede de monitoramento priorizou os pontos em categorias, considerando as lacunas na rede, a propensão ao estresse hídrico devido à maior intensidade de captação dos recursos hídricos, às mudanças no uso e cobertura da terra, a atenção para a relação da demanda atual/projetada, a densidade e o volume das captações, o crescimento da população urbana, a densidade de lançamentos e a contaminação potencial das águas subterrâneas. Os resultados mostraram os locais mais prioritários para o adensamento da rede atual de monitoramento de águas superficiais e subterrâneas por sub-bacia, e indicou doze poços existentes que podem ser integrados à atual rede de monitoramento de águas subterrâneas da área de estudo de modo a diminuir os custos com instalação. A indicação de novos pontos foi feita em uma escala regional, o que confere uma flexibilidade para a sua locação final, considerando condicionantes de acesso, recursos e outras características locais.
1752
Segurança Alimentar e Águas Subterrâneas
QUALIDADE DA ÁGUA DO CÓRREGO CORREDOR UTILIZADA PARA CONSUMO HUMANO NO MUNICÍPIO DE MÁRIO CAMPOS EM MINAS GERAIS Autores: Matheus Felipe dos Reis Rodrigues, Brendow Renato Leal Silvestre, Leonardo de Paula Pereira, Evelyn Christina de Jesus, Carolina Benfica Pires, Nayara Freitas Veloso, Fernanda Prieto Bruckner, Júlia Gatti Ladeia Costa, Patrícia Dias Games, Cristiane Freitas de Azevedo Barros, Marisa Cristina da Fonseca Casteluber Palavras-chaves:
Análise de água.
, Coliformes.
, Parâmetros físico-químicos.
Resumo
QUALIDADE DA ÁGUA DO CÓRREGO CORREDOR UTILIZADA PARA CONSUMO HUMANO NO MUNICÍPIO DE MÁRIO CAMPOS EM MINAS GERAIS
O presente trabalho objetiva apresentar a análise dos parâmetros microbiológicos e físico-químicos realizados na água do Córrego Corredor localizado no Município de Mário Campos em Minas Gerais. As amostras foram coletadas bimensalmente de março a dezembro de 2021. A amostragem foi feita em três pontos com frascos âmbares previamente autoclavados e identificados: I - posterior à nascente, II - após a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e III - Próximo à Rodovia MG 040. Os frascos foram transportados sob refrigeração até o laboratório de Microbiologia da UEMG Ibirité. As amostras foram analisadas pelo método de tubos múltiplos conforme o Manual da ANVISA. Já as análises físico-químicas foram feitas em campo com a utilização de uma sonda de multiparâmetros que era imersa nos pontos do córrego. Os resultados para os parâmetros de pH, temperatura e salinidade da água correspondem com o que é estabelecido na resolução 357/2005 do CONAMA. Porém, para os parâmetros microbiológicos, turbidez e condutividade a mesma não se encontra ideal para o consumo e nem o uso em atividades recreativas e de irrigação. Desta forma, pode-se inferir que o Córrego Corredor está contaminado com coliformes totais, termotolerantes e apresenta elevados valores em condutividade e turbidez. Portanto, novas propostas de saneamento básico além da ETE presente na região devem ser desenvolvidas e aplicadas para evitar contaminações em águas subterrâneas no entono e também nos alimentos, visto que a região estudada é responsável por uma grande produção de hortaliças de todo o Estado de Minas Gerais.
1821
Poluição, remediação e gerenciamento de águas subterrâneas
QUALIDADE DA ÁGUA SUBTERRÂNEA EM ÁREA RECUPERADA APÓS MINERAÇÃO DE CARVÃO A CÉU ABERTO Autores: Albert Teixeira Cardoso, Guilherme Casarotto Troian, Fernando Mainardi Fan, Marlon Colombo Hoelzel, Antonio Pedro Viero Palavras-chaves:
qualidade da água
, água subterrânea
, recuperação ambiental de áreas degradada
, drenagem ácida de mina (DAM)
Resumo
QUALIDADE DA ÁGUA SUBTERRÂNEA EM ÁREA RECUPERADA APÓS MINERAÇÃO DE CARVÃO A CÉU ABERTO
As atividades de mineração de carvão no sul de Santa Catarina resultaram em um passivo ambiental de cerca de 6.000 ha e graves problemas de contaminação dos recursos hídricos por Drenagem Ácida de Minas (DAM). O Serviço Geológico do Brasil - CPRM, vêm trabalhado na recuperação de áreas degradadas que estão sob responsabilidade da União na região. Este trabalho irá apresentar resultados dos parâmetros de pH e sulfato das águas subterrâneas da Área IV-Belluno, que possui 42 ha, foi minerada a céu aberto e foi recuperada entre 2013 e 2015. Foram realizadas oito campanhas em cinco poços, resultado de 4 anos de monitoramento. A análise segregada dos poços mostrou que estes possuem distribuição de pH e sulfato diferentes entre si. O poço PMIV-03 apresentou os menores pH, com valores entre 3,0 e 3,8. Já os poços de número final 2, 4 e 6 apresentaram valores intermediários, porém ainda ácidos, enquanto o poço PMIV-01 apresentou o melhor resultado de pH, com seus valores entre 5,1 e 6,2. Os valores de sulfato mostraram estar relacionados negativamente com os valores de pH, sendo que o poço PMIV-01 possui os menores valores observados de sulfato, variando entre 105,4 mg.L-1 e 172,1 mg.L-1, enquanto o PMIV-03 apresentou variação entre 714,5 mg.L-1 e 1150,8 mg.L-1. Os poços PMIV-01 e PMIV-03 se destacam por apresentarem a melhor e a pior qualidade entre os poços amostrados, respectivamente. Os demais poços, apesar de apresentarem valores intermediários de pH e sulfato quando comparados aos extremos, também estão afetados pelo processo de oxidação de sulfetos.
1797
Águas subterrâneas e abastecimento público
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DESTINADAS AO CONSUMO HUMANO NO MUNICÍPIO DE ARACATI - CEARÁ Autores: Joyce Shantala Fernandes de Oliveira Sousa, Luzia Suerlange Araújo dos Santos Mendes, Cláudio Ângelo da Silva Neto, Itabaraci Nazareno Cavalcante, Ana Rita Gonçalves Neves Lopes Salgueiro Palavras-chaves:
Aquíferos
, Poços
, Saúde
Resumo
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DESTINADAS AO CONSUMO HUMANO NO MUNICÍPIO DE ARACATI - CEARÁ
No semiárido brasileiro, as chuvas que ocorrem durante o ano são consideradas insuficientes para abastecer reservatórios superficiais e nascentes devido a irregularidade. Além disso, o aumento da demanda, bem como a expansão urbana, industrial e agrícola, exige um melhor planejamento, gestão da água e monitoramento da água. Desse modo, a água subterrânea torna-se necessária para o uso. O objetivo da investigação é determinar o pH, temperatura e condutividade elétrica (CE) das águas subterrâneas in situ, bem como identificar potenciais contaminantes nestas águas, nas proximidades da planície aluvial do Rio Jaguaribe em Aracati, Ceará. Dados de poço obtidos no Sistema de Informação de Águas Subterrâneas (SIAGAS)/CPRM foram integrados ao Sistema de Informações Geográficas (SIG) para criar o mapa de pré-campo. Em outubro de 2020, foram obtidos os parâmetros nas águas dos poços visitados, em que vinte amostras de água foram coletadas de poços destinados ao consumo humano. Constatou-se que as amostras apresentaram pH variando de ácido a levemente alcalino, e 11 destas estão fora do padrão da Portaria nº 888/2021 MS. A acidez na água promove a dissolução de metais e outras substâncias, resultando em um aumento na concentração de íons na água. A condutividade elétrica (CE) de 60% das amostras é superior a 1000 S/cm, ou aproximadamente 620 mg/L de Sólidos Totais Dissolvidos - TDS, indicando que são águas predominantemente ricas ionicamente com STD superior ao VMP de STD (500 mg/L) para a água destinada ao consumo humano. A potencial influência da água do mar através do processo de intrusão salina é refletida nos altos valores de CE encontrados nas águas costeiras. Além disso, as fontes contaminantes da área, como cemitério, falta de saneamento básico, lixão, entre outros, têm o potencial de contaminar as águas subterrâneas com patógenos, metais pesados e substâncias inorgânicas.
1776
Sustentabilidade e Resiliência Hídrica: Papel das Águas Subterrâneas
Quantas águas existem na cidade de Bauru (SP)? Autores: Ricardo Hirata, Daniela Barbati, Carlos Marques Palavras-chaves:
Gestão integrada dos recursos hídricos
, uso conjuntivo
, poços tubulares privado
Resumo
Quantas águas existem na cidade de Bauru (SP)?
O uso conjuntivo da água relaciona-se à estratégia de utilizar de forma planejada e integrada mais de um recurso hídrico, geralmente a superficial e a subterrânea. Neste caso a ideia é se aproveitar do grande armazenamento dos aquíferos para regularizar as demandas durante a estiagem, quando o recurso superficial é restrito. O uso conjuntivo é geralmente operado pela concessionária que tem o controle e a posse de todas as fontes de água. Entretanto, em um cenário recorrente de crises hídricas e baixos investimentos, entra em cena os “produtores privados de água”, ou seja, aqueles que “geram água” quer porque possuem captações próprias, como poços, nascentes e rios, quer porque podem reduzir a demanda por água pelo aumento de eficiência de seu sistema ou por abdicar de seu uso, a partir de compensações financeiras (troca de cultura agrícola, por exemplo). Este é o caso da cidade de Bauru, onde a produção privada gera 580 L/s e atende a 29% da demanda de água da cidade. A complexidade do conceito de uso conjuntivo em Bauru é ainda maior, quando se vê que os poços privados explotam o aquífero livre Bauru (com problemas de contaminação) e a concessionária um aquífero fóssil, o Guarani. Assim, a longo prazo o modelo conjuntivo deve considerar fontes diversas de água (superficial e subterrânea), mas também operadas por diferentes atores (público e privado), em situações hidráulicas distintas (aquífero livre em regime sustentável e um aquífero fóssil, que se exaurirá no futuro).
1889
Geoquímica e isótopos nas águas subterrâneas
QUANTIFICAÇÃO DO TEOR DE CLORETOS E SÓLIDOS TOTAIS DISSOLVIDOS DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO MUNICÍPIO DE CUBATI/PB, LOCALIZADO NO SERIDÓ PARAIBANO Autores: Erick Pereira Aureliano, Francisco de Assis da Silveira Gonzaga, Josenildo Isidro dos Santos Filho, Gabriel Rodrigues Sátiro, Maria Letícia Franklin dos Santos, Maria Rita de Cássia Quirino de Melo, Edmilson Dantas da Silva Filho Palavras-chaves:
Cubati
, Cloretos
, Seridó
Resumo
QUANTIFICAÇÃO DO TEOR DE CLORETOS E SÓLIDOS TOTAIS DISSOLVIDOS DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO MUNICÍPIO DE CUBATI/PB, LOCALIZADO NO SERIDÓ PARAIBANO
O município de Cubati, localizado na região central-norte do estado da Paraíba, com uma área de aproximadamente 137 km2 de extensão é limitado pelos municípios de Sossego, Seridó e Pedra Lavrada. Situado a aproximadamente 500 metros de altitude, é marcado por um relevo de morros e serras localizadas ao noroeste da zona urbana do município. A hidrografia, correspondente a mesorregião do Seridó, é constituída rios dispersos pertencente a bacia do Rio Piranhas, sendo uma sub-bacia do rio Seridó. Os dados de localização dos poços foram coletados com base nas informações disponíveis no SIAGAS (Sistema de Informações de Águas Subterrâneas), juntamente com fichas de registros de poços da Diretoria de Recursos Minerais e Hidrogeologia da Paraíba (DRMH).
Para avaliação físico-química da água foram analisados os parâmetros de Cloretos (mg/L) e Sólidos Totais Dissolvidos – STD (mg/L), de acordo com as normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz.
1777
Poluição, remediação e gerenciamento de águas subterrâneas
Quanto o vazamento da rede de esgoto contamina um aquífero? Autores: Carlos Marques, Ricardo Hirata, Rafael Terada Palavras-chaves:
contaminação de aquíferos urbanos
, nitrato
, rede de esgoto
, planejamento urbano
, saneamento
Resumo
Quanto o vazamento da rede de esgoto contamina um aquífero?
Estudos em municípios paulistas, conduzidos pelo CEPAS|USP, mostram que o vazamento da rede de esgoto é capaz de gerar e manter extensas plumas contaminantes de nitrato, que devida à sua alta mobilidade e persistência, é também o contaminante mais comum em aquíferos no mundo. Urânia (SP) é uma cidade de pequeno porte e caso típico desse problema, com uma pluma de nitrato que atinge mais da metade de sua área urbana em profundidades de até 60 metros. O problema é mais observado nas áreas onde a rede de esgoto foi construída antes dos anos 90. Diante disso, simulações numéricas de transporte (MT3D), a partir de um modelo de fluxo (MODFLOW) calibrado do Aquífero livre Adamantina (Sistema Aquífero Bauru) na cidade avaliaram cenários de vazamentos de esgoto em arranjos de pontos de injeção igualmente espaçados de 100 em 100 metros e de 25 em 25 metros entre 2005 a 2019, para reproduzir a situação monitorada em campo, investigar a capacidade dessas fontes de manter plumas extensivas e qual o nível de integridade que as redes deveriam ter para se evitar a contaminação. Os resultados apontam que cenários com mais fontes e com menor espaçamento são mais problemáticos pois reduzem a capacidade de diluição do aquífero. Esse fator, juntamente com a dispersão hidráulica, controla o formato de plumas oriundas de vazamentos. Ademais, seria necessário reduzir os vazamentos a quatro vezes o atual (2,5% do esgoto) para que o aquífero consiga se reabilitar. Considerando esta hipótese sob o cenário mais comprometedor, o aquífero diluiria as concentrações para abaixo do limite de potabilidade (45 mg/L) em 20 anos. Caso os vazamentos cessassem, a recuperação seria em 14 anos.
1862
Conhecimento hidrogeológico voltado a exploração de águas subterrâneas
Rebaixamento do Nível de Água em Mina a Céu Aberto Autores: Anderson de Assis Morais, Erica Patricia Villalaz Oliveira, Cintia da Conceição Moura Diniz Palavras-chaves:
Poços
, águas subterrâneas
, lençol freático
Resumo
Rebaixamento do Nível de Água em Mina a Céu Aberto
O Planejamento de longo prazo, atrelado a visão sistêmica do processo da Mineração, possibilita avaliar atividades reais, analisar e executar as ações com segurança.
Estudos como o inventário dos pontos das nascentes e a determinação da Qbase são imprescindíveis para que as modelagens hidrogeológicas sejam aderentes e para a determinação do fluxo e transporte do aquífero, garantindo a operação segura e mais econômica.
O rebaixamento do nível de água faz parte da operação da Mina estabelecendo os limites de extração dos recursos minerais em acordo com o Plano de Lavra. Faz-se necessário a discurssão sobre Planejamentos de Longo prazo e os estudos de instrumentos de monitoramento das águas subterrâneas viabilizando as modelagens conceituais e numéricas reais preservando assim o recurso finito em questão: a água.
1887
Mudanças Climáticas e seus Impactos sobre as Águas Subterrâneas
REFLEXOS DA ESTIAGEM NA RECARGA E ARMAZENAMENTO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DO SISTEMA AQUÍFERO SERRA GERAL (SASG), BACIA PARANÁ 3, ESTADO DO PARANÁ Autores: Gustavo Barbosa Athayde, Camila de Vasconcelos Muller Palavras-chaves:
Estiagem
, recarga
, armazenamento
Resumo
REFLEXOS DA ESTIAGEM NA RECARGA E ARMAZENAMENTO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DO SISTEMA AQUÍFERO SERRA GERAL (SASG), BACIA PARANÁ 3, ESTADO DO PARANÁ
Este trabalho apresenta os resultados do monitoramento da amplitude do nível estático em 33 poços tubulares perfurados no Sistema Aquífero Serra Geral, na Bacia Hidrográfica Paraná 3 (BP3), situada no oeste paranaense.
O monitoramento compreendeu o período de julho de 20217 a junho de 2020.
Uma severa estiagem ocorreu no Paraná, com destaque para região oeste do Estado, principalmente no ano de 2020.
A redução nos volumes de recarga, estimadas por balanço hídrico, mediante sensores remotos, foi observada na rede de monitoramento hidrodinâmica do projeto. O nível estático do aquífero apresentou declínio significativo, fato que gerou, a redução do nível de base de alguns rios da região.
Melhorar o entendimento da interação entre as águas subterrâneas e superficiais é a proposta do projeto Hidrosfera, convênio entre o Laboratório de Pesquisas Hidrogeológicas da UFPR, a Itaipu Binacional e o Parque Tecnológico de Itaipu. Esta parceria promove o aumento da segurança hídrica na BP3.
1849
Águas subterrâneas e abastecimento público
RESERVA HÍDRICA RENOVÁVEL E USO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA EM PORTO DO MANGUE-RN Autores: Filipe da Silva Peixoto, Francisco Eronildo Lima de Melo Palavras-chaves:
Hidrogeologia
, Semiárido
, Aquífero Costeiro
, Aquífero Costeiro
Resumo
RESERVA HÍDRICA RENOVÁVEL E USO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA EM PORTO DO MANGUE-RN
Este estudo tem por objeto o Aquífero Dunas do município de Porto do Mangue/RN, buscando calcular a reserva renovável com base na recarga anual deste aquífero através da metodologia do balanço hídrico. Além disso a demanda foi mensurada por meio do mapeamento dos pontos de captação distribuídos pela área estudada. Através do levantamento de dados, atividades de campo foi elaborado um cadastro de poços, através do qual foi possível expressar demanda exercida sobre o aquifero estudado. Considerando a área de 49.6 Km², multiplicada pela pluviometria média dos meses trabalhados de 137,4 mm, sendo a taxa de infiltração de 15%, o volume de recarga é de 30,71 x 105 m3. A maior demanda de água do Aquífero Dunas é explotada por meio de uma bateria de poços que abastecem a área urbana do município. A quantidade de água explotada pela bateria de poços da CAERN, representa uma demanda anual de 113,8 x103 m3, em seguida, a demanda suprida pelos poços nas comunidades de Praia do Rosado (32,2 x 103 m3) e de Pedra Grande (5,1 x 103 m3). O regime de recarga ocorre sob condições climáticas semiáridas, com médias anuais de 615 mm, a reserva renovável foi mensurada em 30,71 x 105 m³, valor muito superior à atual demanda que chega a 5% desse volume. Os dados demonstram um bom potencial hídrico do Aquífero Dunas, contudo esse precioso recurso precisa ser conservado para que a sua disponibilidade não seja afetada, principalmente, ao considerar o risco de contaminação da água por esgotos domésticos.
1719
Conhecimento hidrogeológico voltado a exploração de águas subterrâneas
RESERVA RENOVÁVEL VERSUS DEMANDA DO SISTEMA AQUÍFERO DUNAS/BARREIRAS NA VILA DE JERICOACOARA, CEARÁ Autores: Zulene Almada Teixeira, Ana Lúcia Maia de Souza, Davi Martins Pereira, José Guilherme Filgueira da Silva, Alexsandro dos Santos Garcês, Jorge Emanuel Santiago Magalhães, Juan Moreira de Azevedo Palavras-chaves:
Reserva renovável
, Gestão de aquífero
, Demanda
Resumo
RESERVA RENOVÁVEL VERSUS DEMANDA DO SISTEMA AQUÍFERO DUNAS/BARREIRAS NA VILA DE JERICOACOARA, CEARÁ
A área de estudo refere-se à Vila de Jericoacoara, no município de Jijoca de Jericoacoara, e perfaz uma área de 5,38 km², a oeste da capital Fortaleza e a noroeste da cidade de Jijoca. O abastecimento de água da vila advém exclusivamente de água subterrânea. Nessa região os poços tubulares captam água predominantemente de um depósito sedimentar costeiro designado como Sistema Dunas/Barreiras, que é um aquífero livre, poroso e alimentado pela recarga direta de precipitações pluviométricas.
A explotação racional desse recurso subterrâneo deve estar condicionada à renovação das reservas, portanto deve ter como base o estabelecimento do equilíbrio do balanço hídrico global da unidade hidrogeológica considerada: o aquífero. O estabelecimento do equilíbrio entre explotação e recarga depende das estruturas geológicas condicionantes e dos fatores climáticos.
O estudo teve como principal alvo identificar a reserva renovável com fins de gestão do aquífero em função do alto fluxo turístico local.
1890
Poluição, remediação e gerenciamento de águas subterrâneas
RESULTADOS COMPARATIVOS DE MÉTODO FÍSICO-QUÍMICO E QUÍMICO PARA RECUPERAÇÃO DE VAZÃO EM POÇO TUBULAR PROFUNDO COM ENCRUSTAÇÃO CARBONÁTICA Autores: Pedro Henrique Vogt Silveira, Anderson Luís Pitol Palavras-chaves:
Manutenção de poços
, Desincrustação química
, Ortofosfato
, Air-lift
Resumo
RESULTADOS COMPARATIVOS DE MÉTODO FÍSICO-QUÍMICO E QUÍMICO PARA RECUPERAÇÃO DE VAZÃO EM POÇO TUBULAR PROFUNDO COM ENCRUSTAÇÃO CARBONÁTICA
O Sistema de Abastecimento de Água (SAA) de Jardim Alegre, Paraná, é abastecido pela Companhia de Saneamento do Paraná (SANEPAR), a qual possui atualmente seis captações subterrâneas operantes e, destes, cinco poços captam água do Aquífero Serra Geral e um do Aquífero Guarani. A captação do aquífero Guarani, denominado P08, quando em sua vazão ótima (vazão original), pode ser responsável por cerca de 66% do volume aduzido no município e, no entanto, em períodos de vazão comprometida por incrustação carbonática em seus filtros, corresponde apenas 22% do SAA. A incrustação carbonática decorre em função da precipitação de carbonatos nos revestimentos dos poços, que colmatam as seções filtrantes e reduzem a capacidade de adução dos mesmos. Essa precipitação se deve em função da instabilidade quando o ambiente é alterado. Originalmente, quando na percolação de água por longo período de interação em um aquífero confinado, com alta pressão e temperatura, a solução é enriquecida com carbonatos e minerais dissolvidos na formação geológica (CETESB, 1978; Driscoll, 1995). Quando captado por um poço tubular profundo, há a liberação de pressão e a redução da temperatura, que ocasiona a precipitação de carbonato de cálcio nos revestimentos dos poços, principalmente nas seções filtrantes onde o desiquilíbrio é acentuado (Martins Netto, 2002).
O emprego de métodos físicos e químicos é tratado a anos para remoção de incrustações de carbonato em poços e, a recuperação de vazão pode superar 100% a vazão comprometida (Martins Netto, 2010). Este trabalho visa apresentar os resultados de três manutenções realizadas em um mesmo poço, as duas primeiras através de circulação de orto-fosfatos ácidos associada a aplicação de air-lift e, a terceira, apenas com aplicação e circulação de agentes químicos.
1860
Sustentabilidade e Resiliência Hídrica: Papel das Águas Subterrâneas
SACRE | SOLUÇÕES INTEGRADAS DE ÁGUA PARA CIDADES RESILIENTES Autores: Ricardo Hirata, Reginaldo Bertolo, Jacinta Enzweiler, Edson Cezar Wendland, Claudia Luciana Varnier, Priscila Ikematsu, Alexandra Vieira Suhogusoff, Juliana Gardenalli de Freitas, Carlos Tadeu de Carvalho Gamba, Luciana Martin Rodrigues Ferreira, Roy Brouwer, Shinichi Onodera Palavras-chaves:
Gestão integrada dos recursos hídricos
, uso conjuntivo
, produtores privados de água
Resumo
SACRE | SOLUÇÕES INTEGRADAS DE ÁGUA PARA CIDADES RESILIENTES
O Relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas das Nações Unidas), lançado em fevereiro de 2022, mostrou que os problemas advindos do clima trarão ‘altos impactos’ sobre os recursos hídricos na região 7, onde se localiza o Estado de São Paulo, com ‘alto nível de confiança’ em suas previsões e na consistência dos dados observados. O Relatório ressalta também que as medidas adaptativas ainda são bastante tímidas e o financiamento global tem-se dirigido predominantemente às emissões e sequestro de carbono. Bauru (SP) já vive essa realidade e um detalhado estudo tem mostrado que a superação das recorrentes crises hídricas tem que incorporar soluções múltiplas de obtenção de água, como o uso conjuntivo dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos, integrando as ferramentas socioeconômicas às de engenharia e aquelas baseadas na natureza (Nature, Engineering and Management based Solutions, NE&MS – termo cunhado para este trabalho), fundamentadas ademais em conceitos de alocação dos recursos hídricos e na criação de políticas próprias que contemple o trinômio terra-sociedade-água.
1805
Geoquímica e isótopos nas águas subterrâneas
SEASONAL VARIATION OF SHALLOW GROUNDWATER CHEMISTRY AND ISOTOPIC DATA: RESULTS FROM A 3-YEAR BACKGROUND MONITORING PERIOD OF A CO2-RELEASE EXPERIMENTAL SITE Autores: João Pedro Tauscheck Zielinski, Clarissa L. Melo, Adolpho H. Augustin, Pedro R. Reginato Palavras-chaves:
CO2
, groundwater
, leakage
Resumo
SEASONAL VARIATION OF SHALLOW GROUNDWATER CHEMISTRY AND ISOTOPIC DATA: RESULTS FROM A 3-YEAR BACKGROUND MONITORING PERIOD OF A CO2-RELEASE EXPERIMENTAL SITE
Carbon Capture and Storage (CCS) is a developed technology to reduce greenhouse gas emissions by proposedly injecting CO₂ in deep geological formations where it can be stored. Nonetheless, unintended CO₂ leakage from the reservoir could happen if the risks are not properly assessed, although its consequences and ways of detection are still debated. For this reason, field-scale controlled release experiments have been conducted to study how CO₂ behaves in shallow groundwater aquifers. Regarding that matter, a common constraint to the use of groundwater chemistry data to track this process is the magnitude of the imposed hydrogeochemistry change as a result of CO2-groundwater-mineral interaction. Hence, this work shows the result of a 3-year long monitoring period of background groundwater chemistry of the TECNOPUC CO2-leakage experimental field lab in order to characterize seasonal variations and identify natural hydrochemical trends that could elucidate this subject. Groundwater samples from shallow multilevel monitoring wells (MW) were collected in 8 sampling campaigns from 2019 to 2022, totaling 54 samples representative of spring, summer, autumn and winter seasons. Monitoring parameters include field parameters, DIC, δ13C, and chemical analysis of major and minor solutes and trace elements. Results indicate the occurrence of two shallow hydrostratigraphic units related to a granite-derived geology that have different hydrogeochemical patterns. Monitored in situ physicochemical, hydrochemical and isotopic data from background showed that seasonal variation of recharging waters is responsible for a significant difference in shallow groundwater chemistry and that some parameters (e.g. Ca, Sr, Ni, Fe, Mn, δ13C, etc.) have a great natural amplitude, which must be considered when analyzing possible hydrogeochemistry changes resulting from the CO₂-groundwater-mineral interaction. Taking this information into account can reduce possible misinterpretations otherwise thought to be representative of CO₂-induced alteration and will be thoroughly evaluated during a CO₂ injection campaign to be carried out soon.
1744
Mudanças Climáticas e seus Impactos sobre as Águas Subterrâneas
SEQUESTRO GEOLÓGICO DE CO2 EM AQUÍFEROS SALINOS: UMA REVISÃO Autores: Wesley Michael Pereira Silva, Artur Paiva Coutinho, José Antonio Barbosa, Igor Fernandes Gomes, Tallys Celso Mineiro Palavras-chaves:
sequestro de dióxido de carbono
, aquíferos salinos
, aquecimento global
Resumo
SEQUESTRO GEOLÓGICO DE CO2 EM AQUÍFEROS SALINOS: UMA REVISÃO
As emissões antropogênicas de gases de efeito estufa (GEE) causam diversos danos ao meio ambiente e contribui para o aquecimento global. O dióxido de carbono é um desses GEE, com taxas elevadas de emissões no mundo, responsável pelas mudanças climáticas. Uma das maneiras de mitigação dessas emissões é o sequestro geológico de carbono, que pode contribuir significativamente para a redução das emissões nos setores industrial e de energia. Os aquíferos salinos profundos vêm sendo estudados devido à sua grande capacidade de armazenamento e disponibilidade em diversas regiões próximas aos grandes pontos de emissão. Grandes projetos no mundo já destacaram o potencial do armazenamento nessas formações, por exemplo: Don Valley no Reino Unido, Fort Nelson no Canadá, Sleipner na Noruega, Gorgon na Australia e Decatur nos EUA. O Brasil possui grandes possibilidades de se tornar um dos líderes mundiais no armazenamento geológico em aquíferos salinos, devido ao potencial de suas bacias onshore e offshore. Dessa forma, esse estudo inicial visa obter um conhecimento dos projetos que já foram desenvolvidos no mundo, para posteriormente estimar a capacidade de armazenamento das formações geológicas das bacias brasileiras e assim criar de um inventário para auxiliar o planejamento energético brasileiro e reduzir as emissões de dióxido de carbono.
1836
Serviços Ecossistêmicos das Águas Subterrâneas
SIG para cálculo de variações temporais na recarga de aquíferos e caracterização petrográfica microscópica: apoio à gestão da APA Mangue de Pedras (Armação de Búzios - RJ), um ecossistema dependente Autores: Gerson Cardoso da Silva Jr., Paulo Vinicius Tavares Pádua, Caio Almeida Carvalho, Katia Leite Mansur Palavras-chaves:
Mangue de Pedra
, Recarga de aquíferos
, SIG
, Armação dos Búzios
Resumo
SIG para cálculo de variações temporais na recarga de aquíferos e caracterização petrográfica microscópica: apoio à gestão da APA Mangue de Pedras (Armação de Búzios - RJ), um ecossistema dependente
Ambientes de manguezais são ecossistemas costeiros transicionais, frequentemente desenvolvidos sobre substrato lamoso com contribuição de água doce fluvial transicionando à água do mar. No geossítio Mangue de Pedra, localizado na região Sudoeste do Brasil, na Praia Gorda, em Armação de Búzios (RJ), um tipo singular de manguezal está inserido em contexto semiárido, sem a ocorrência de rios. Está inserido em uma APA – Área de Proteção Ambiental de âmbito municipal. Os sedimentos são atribuídos à Formação Barreiras e recentes, formando este raro Ecossistema Dependente de Água Subterrânea (EDAS), promovendo condições hidroquímicas favoráveis ao desenvolvimento do ecossistema. O objetivo do trabalho foi avaliar o impacto das construções urbanas na capacidade de recarga do aquífero. Realizou-se a identificação e classificação do aquífero, com a confecção de lâminas para avaliar a mineralogia e a porosidade aparente, que apresentou uma considerável variação. Buscou-se também explicar como o ecossistema relaciona-se com a água subterrânea e como se dá a relação entre a recarga do aquífero e a ocupação humana no entorno. A dependência de entrada no sistema de água subterrânea torna o mangue suscetível às variações no nível d’água, fluxo e à efeitos de intrusão salina. Balanços hídricos integrados a um Sistema de Informações Georreferenciadas (GIS), e dados de campo permitem estimativas confiáveis da complexa dinâmica ecohidrogeológica, provendo análises sob relações espaciais e quantificação de entradas e saídas de água. Assim, pretende-se prestar suporte ao gerenciamento sustentável pelas autoridades municipais. A avaliação destes dados gerados demonstrou que a ocupação que ocorre dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Mangue de Pedras ocorre em zonas mais favoráveis à recarga, confirmando o decréscimo nas taxas de infiltração anuais devido a influências antrópicas e apontando para as autoridades a necessidade de cessar construções dentro da APA e seus limites imediatos.
1844
Investigação, monitoramento e modelagem numérica de águas subterrâneas
TEMPERATURA COMO TRAÇADOR EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS: UMA VISÃO GERAL PARA A INTERFACE ÁGUA-SOLO Autores: Alan Reis, Luis Eduardo Bertotto, Érick Rubens Oliveira Cobalchini, Rubens Takeji Aoki Araújo Martins, José Gescilam Sousa Mota Uchôa, Giovanni Chaves Penner, Edson Cezar Wendland Palavras-chaves:
medição distribuída de temperatura
, sensoriamento remoto
, interação rio-aquífero
, umidade
Resumo
TEMPERATURA COMO TRAÇADOR EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS: UMA VISÃO GERAL PARA A INTERFACE ÁGUA-SOLO
Apesar de estudos relacionados ao uso da temperatura como traçador natural em águas subterrâneas serem realizados desde a década de 1960 (STALLMAN, 1960; BREDEHOEFT e PAPADOPULOS, 1965), notou-se nos últimos anos um resgate do uso desta propriedade física na investigação de componentes do ciclo da água, especialmente pela redução de custos na medição pontual de temperatura, o desenvolvimento da medição de temperatura distribuída, com o uso de cabos de fibra óptica, e o aprimoramento dos sensores remotos de temperatura (ANDERSON, 2005; BECKER, 2006). Neste sentido, este trabalho visa apresentar uma visão geral do uso da temperatura como traçador natural para a investigação de fenômenos ligados às águas subterrâneas, especialmente àqueles que ocorrem na interface água-solo, com destaque ao monitoramento da interação rio-aquífero e da umidade do solo.
1895
Educação e conscientização das águas subterrâneas
TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS: CURSO DE LONGA DURAÇÃO EM PARCERIA COM O COMITÊ DE BACIA SOROCABA E MÉDIO TIETÊ Autores: Amelia João Fernandes, Andrea Segura Franzini, José Luiz Albuquerque, Gabriel Lima Barbosa Palavras-chaves:
educação em águas subterrâneas
, comitê de bacias
, gestão de recursos hídricos
Resumo
TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS: CURSO DE LONGA DURAÇÃO EM PARCERIA COM O COMITÊ DE BACIA SOROCABA E MÉDIO TIETÊ
Apesar do arcabouço legal de gerenciamento das águas subterrâneas e do notável papel desse recurso para a segurança hídrica, é notório que os recursos do FEHIDRO, dirigidos a ações em água subterrânea, são extremamente baixos. No estado de São Paulo várias regiões encontram-se sob stress hídrico, e os períodos mais longos de seca tem conduzido à perfuração acelerada de novos poços. No entanto, não existe a prática de se realizarem diagnósticos que demonstrem em que medida cada aquífero pode ser explorado de forma sustentável. Para superar essa situação entende-se que a capacitação em água subterrânea, dos atores envolvidos na gestão de recursos hídricos, é fundamental. O curso de transferência de conhecimento aqui tratado, (projeto FAPESP 2018/16708-6) é dirigido a técnicos de órgãos municipais e estaduais, bem como da sociedade civil organizada que atuam direta ou indiretamente no Comitê da Bacia Sorocaba e Médio Tietê (CBH-SMT).O curso foi desenhado de modo a ter caráter formativo e tem as seguintes características: 1) é de longa duração, com aulas distribuídas em módulos; 2) as características e as problemáticas relativas aos aquíferos da BH-SMT são utilizadas em oficinas centradas em problemas reais da BH-SMT; 4) nos períodos entre os módulos de aulas, os alunos recebem um acompanhamento técnico para identificar demandas na BH-SMT. O projeto terá como produtos: 1) banco de fichamentos de publicações, priorizando a organização do conhecimento sobre a BH-SMT; 2) cadastro de poços construídos principalmente a partir do SIDAS e SIAGAS; 3) documentos orientadores para desenvolvimento de diagnósticos básicos dos aquíferos e para tornar mais completos e adequados os planos de bacia e os relatórios de situação; 4) vídeos curtos e cadernos didáticos.
1842
Águas subterrâneas e abastecimento público
Uso da eletrorresistividade na prospecção de água subterrânea, com detecção de paleovales e fraturas, em área do embasamento cristalino coberta por sedimentos costeiros, no litoral norte da Bahia. Autores: JOAO BATISTA MATOS DE ANDRADE, Caio Mueller Maia Palavras-chaves:
Prospecção
, Hidrogeofísica
, Água Subterrânea
Resumo
Uso da eletrorresistividade na prospecção de água subterrânea, com detecção de paleovales e fraturas, em área do embasamento cristalino coberta por sedimentos costeiros, no litoral norte da Bahia.
Por longos anos, influenciados por informações erradas, um grande complexo hoteleiro situado no litoral norte da Bahia, região da Costa do Sauipe, complementava seu abastecimento de água através de poços tubulares perfurados à trado, com profundidade máxima de 15m, vazões inferiores a 3m³/h em sua maioria, geralmente produtores de água não potável pela presença anômala de Ferro e matéria orgânica. Era necessário oneroso tratamento da água. Esse complexo situa-se sobre sedimentos litorâneos recentes, sobrepostos à sedimentos do grupo Barreiras e, na base, gnaisses e migmatitos do embasamento cristalino.
Em 2018, esses autores executaram para o referido empreendimento, prospecção de água subterrânea usando método hidrogeofísico, em específico, a eletrorresistividade, seguida de locação e projeto de poços tubulares. Foi utilizado o caminhamento elétrico, arranjo dipolo-dipolo, seis camadas de investigações, gerando seis seções geoelétricas bidimensionais de 480 a 800m de comprimento. Apesar da área ter superfície planificada, com desníveis não superiores a 10m, o topo do embasamento cristalino sã não se mostrou plano, apresentando profundidades variando entre 22 e 55m, estas ultimas em paleovales.
Como resultado dessas prospecções, foram locados doze poços tubulares, visando atingirem o aquífero granular superior e o fissural do embasamento cristalino. Dos poços locados foram perfurados cinco, com profundidades entre 100 e 120m. todos aproveitando os dois aquíferos , com vazões variando entre 2,59 a 31,68 m3/h, água cristalina, potável. Foi observado que as maiores vazões foram advindas dos sedimentos costeiros arenosos preenchendo os paleovales, com capacidade específica média de 3,47 m³/h/m, enquanto que nos poços sem paleovales essa capacidade foi de apenas 0,112 m³/h/m. Por fim, os serviços executados aqui resumidos, além de atender o usuário, comprovaram o valor da aplicação de uma metodologia adequada na prospecção de água subterrânea, com obtenção de melhores resultados.
1828
Águas subterrâneas e o ambiente urbano
USO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS EM RESIDENCIAIS E CONDOMÍNIOS NO AMBIENTE URBANO EM MACAPÁ Autores: Thibério Carvalho da Silva, Cleane do Socorro da Silva Pinheiro, Delma Dias dos Santos, Josimar Santos de Aviz, Juliana Maciel Assunção, Renatta dos Santos Serafim Palavras-chaves:
Aquífero
, Demanda hídrica
, Vazão requerida
Resumo
USO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS EM RESIDENCIAIS E CONDOMÍNIOS NO AMBIENTE URBANO EM MACAPÁ
As ocupações humanas em centros urbanos intensificam a utilização dos recursos hídricos, promovendo o comprometimento da sua qualidade e quantidade, ocasionado pela expansão urbana de Macapá que aumentou a demanda por recursos hídricos subterrâneos. Neste sentido o presente estudo tem como objetivo analisar o uso de águas subterrâneas em residenciais e condomínios no ambiente urbano de Macapá-AP. Para gerar as informações foram usados dados SEMA/AP. Em processos do período de março de 2020 a março de 2022, em Macapá, com interesse em residenciais e condomínios. No acesso aos processos disponíveis, foram registrados em planilha de Excel os dados de coordenadas geográficas do local de perfuração, a profundidade do poço, número de moradores, vazão requerida e tipo de aquífero. Como resultado da investigação foram identificados 44 processos, com informações 27% destes. A vazão requerida nos processos variou de 56 a 600 m³/dia, sendo que 75% citaram explotar do aquífero Barreiras, somando uma vazão diária total de 2.800 m³/dia, com a profundidade variando entre 22 e 75 m. Além disso em 25% dos processos mencionam a explotação do aquífero Alter do Chão. Através das coordenadas geográficas foi possível constatar que 66,7% da perfuração dos poços tubulares encontra-se na zona oeste da cidade e 33,3% na zona norte. O Aquífero Barreiras é considerado como o sistema que abastece Macapá e a população faz uso dos aquíferos do tipo livre, variando entre 6 e 14m de profundidade, ou semiconfinados, em profundidades de 30 a 70m, com vazões médias de 2 a 5 m3/h. Os dados do estudo evidenciam a importância do conhecimento sobre o uso de águas subterrâneas em ambiente urbano para evitar potenciais riscos como a explotação desordenada e a perfuração indiscriminada que possa comprometer estes mananciais, já que não se tem dados sobre disponibilidade hídrica, principalmente para águas subterrâneas.
1775
Águas subterrâneas e abastecimento público
USO DE MODELAGEM GEOLÓGICA E MATEMÁTICA NO GERENCIAMENTO DE UM AQUÍFERO CÁRSTICO NA ALEMANHA Autores: Fernando Mazo D'Affonseca, Michael Finkel, Olaf Cirpka Palavras-chaves:
modelagem geológica 3D
, modelagem matemática
, gestão de aquíferos cársticos
Resumo
USO DE MODELAGEM GEOLÓGICA E MATEMÁTICA NO GERENCIAMENTO DE UM AQUÍFERO CÁRSTICO NA ALEMANHA
Aquíferos cársticos são altamente vulneráveis, complexos e importantes, fornecendo água potável a até 25% da população mundial. Descrever e quantificar o fluxo das águas subterrâneas nesses sistemas é extremamente desafiador, em função do arranjo substancialmente incerto dos condutos cársticos. Uma metodologia que combina iterativamente investigação de campo, modelagem geológica 3D e modelagem matemática, foi desenvolvida e aplicada para (i) compreender um sistema aquífero fraturado e cárstico no sul da Alemanha, (ii) avaliar conflitos de interesse e (iii) prever os possíveis impactos de atividades de mineração instaladas nas áreas de proteção e produção de água subterrânea, para o abastecimento de 200.000 pessoas.
O modelo matemático foi capaz de (i) reproduzir os testes com traçadores injetados em dolinas e sumidouros (Figura 1), (ii) estimar o tempo de residência das águas subterrâneas (Figura 2), (iii) estimar as possíveis rotas de migração das águas subterrâneas a partir das minerações de calcário, (iv) avaliar os riscos potenciais para os poços de abastecimento.
Ao modelar a geologia e a hidrogeologia de forma interativa, hipóteses sobre os fatores que controlam o sistema, e.g., a distribuição espacial dos condutos cársticos, puderam ser gradativamente formuladas, verificadas e melhoradas, reduzindo assim o grau de incerteza envolvido na gestão do aquífero. Recentemente, o modelo foi aplicado para avaliar a vulnerabilidade do aquífero à contaminação por nitrato.
1743
Recarga de Aquíferos
USO DO MÉTODO DO BALANÇO HÍDRICO NA ZONA DO SOLO PARA A QUANTIFICAÇÃO DE RECARGA EM AQUÍFEROS Autores: Ellen Cristina Oliveira Souza, Harald Klammler Palavras-chaves:
Recarga
, Balanço
, Hídrico
, Aquíferos
Resumo
USO DO MÉTODO DO BALANÇO HÍDRICO NA ZONA DO SOLO PARA A QUANTIFICAÇÃO DE RECARGA EM AQUÍFEROS
A água doce é indispensável para o consumo humano e corresponde a mais de 2% de toda a água do planeta. Consequentemente, as águas subterrâneas representam o principal manancial de água doce do mundo e cuja demanda sofre aumento com o constante crescimento populacional, o que causa pressão nesses sistemas que necessitam de um uso sustentável. Com isso, torna-se imprescindível conhecer a recarga dos aquíferos, bem como compreender as metodologias utilizadas para sua estimativa. Dentre as variadas técnicas de estimativa de recarga, o balanço hídrico na zona do solo é a técnica mais simples, pois utiliza poucos dados. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo a revisão do estado da arte das principais metodologias de balanço hídrico na zona do solo, sendo elas: Balseq, Thornthwaite-Mater, Visual Balan e Hydrobal, onde serão observados o comportamento de cada método comparados entre si e com outras metodologias.
1898
Investigação, monitoramento e modelagem numérica de águas subterrâneas
Utilização de dados secundários para elaboração de modelos geológicos e hidrogeológicos - Estudo de caso região semiárida do nordeste brasileiro Autores: Rafaela Assunção Gurita, Felipe André Ferreira Costa, Caio Augusto Reis Macedo, Mateus Laboissiere Mol, Vitor Goulart Henrique Leite Palavras-chaves:
Modelagem Numérica
, Modelagem Geológica
, Disponibilidade Hídrica
, Dados Públicos
Resumo
Utilização de dados secundários para elaboração de modelos geológicos e hidrogeológicos - Estudo de caso região semiárida do nordeste brasileiro
Estudos de cunho hidrogeológico em ambientes de geologia complexa tem se tornado cada vez mais frequentes, contudo, nem sempre é possível conseguir as informações necessárias apenas com os dados de levantamento primário. Tornando o levantamento de dados secundários uma importante etapa para a caracterização desses ambientes, como foi o caso neste trabalho. O estudo foi desenvolvido na Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba, na região semiárida do nordeste brasileiro, onde ocorrem problemas de abastecimento, público e privado, principalmente durante períodos de estiagem. Nesse contexto, os principais objetivos foram: i) construção de um modelo geológico tridimensional da área de interesse utilizando o software Leapfrog; ii) elaboração de um modelo hidrogeológico numérico no software Feflow, calibrado em regime permanente e transiente; iii) avaliar o impacto de poços de alta produção na disponibilidade hídrica subterrânea local. Para isso, buscou-se por dados em plataformas onlines e públicas, nos quais fosse possível associar dados climatológicos, fluviométricos, topográficos, geológicos, de superfície e subsuperfície, e informações hidrogeológicas de testes de bombeamento e níveis d’água. Dentre as fontes consultadas destacam-se o Instituto Nacional de Meteorologia, a EMBRAPA, a Agência Nacional de Águas, Serviço Geológico do Brasil, etc. Com base nos resultados, verificou-se que os métodos se mostraram eficazes no fornecimento de subsídios para a elaboração de modelos geológicos e hidrogeológicos complexos, mesmo sem disponibilidade de dados primários para a área. Obtendo-se bons resultados a partir de informações disponíveis na literatura, em órgãos públicos ou de livre acesso na internet. Por isso, ressalta-se a importância da organização e compartilhamento de um banco de dados público coeso, para que sejam incentivadas pesquisas desse tipo. Ademais, é preciso assegurar que os processos de regularização e obtenção de outorga do poço estejam sempre de acordo com a legislação vigente, para aperfeiçoar bancos com dados construtivos de poços, bem como dados (hidro)geológicos.
1736
Investigação, monitoramento e modelagem numérica de águas subterrâneas
Variação do nível da água subterrânea em poços de monitoramento na bacia hidrográfica do Educandos, Manaus, Amazonas Autores: Alderlene Pimentel de Brito, Márcio Luiz da Silva, Josué da Silva Costa, Adriana Castro da Conceição, Jamile Dehaini, Sávio José Ferreira Filgueiras, Ana Rosa Tundis Vital Trigo Palavras-chaves:
Fm. Alter do Chão
, recursos hídricos amazônicos
, águas subterrâneas
, precipitação atmosférica
, monitoramento
Resumo
Variação do nível da água subterrânea em poços de monitoramento na bacia hidrográfica do Educandos, Manaus, Amazonas
Os níveis das águas subterrâneas para a região amazônica são variáveis e apesar da região apresentar grande disponibilidade hídrica superficial, são fundamentais para as populações locais. A profundidade do nível freático pode chegar a centenas ou até milhares de metros, em alguns tipos de aquíferos. Usualmente, a profundidade do nível freático é pequena perto de corpos permanentes de águas superficiais, como córregos, lagos e pântanos. E sua configuração varia sazonalmente porque a recarga das águas subterrâneas, está relacionada à variação na quantidade e distribuição temporal de precipitação (Winter, 1999). Assim, este trabalho objetivou verificar a variação do nível da água (NA) subterrânea do aquífero Alter do Chão, na região da Bacia Hidrográfica do Educandos, em Manaus – AM, através da observação de dois poços de monitoramento, em regiões distintas, para o ano hidrológico 07/2020 - 07/2021.O monitoramento ocorreu a partir de dois poços tubulares e duas estações meteorológicas pertencentes à rede de monitoramento ambiental do Projeto IETÉ, entre o período de julho de 2020 a julho de 2021. Obteve-se os dados de NA subterrânea de forma manual e automática, provenientes de transdutores de pressão da marca Hobo U20L-XX, assim como dados de precipitação atmosférica via RX3000 data logger/ Estação meteorológica HOBO. Para preparação e análise dos dados foi utilizada a ferramenta MS Excel 2016.Os poços IFAM-CMDI e IFAM-CMZL representam a unidade aquífera AAC, livre e rasa, onde os poços mesmo que distâncias significativas demonstraram boa relação regional de VNA controlada pela sazonalidade de precipitação. Ressalta-se que os poços, embora em ambientes distintos, reproduzem bem as características sazonas do AAC.O poço IFAM – CMDI, por ser mais raso, responde rapidamente a eventos de precipitação, enquanto o poço IFAM-CMZL tende a responder a elevação ou decréscimo da precipitação total, sendo menos influenciado por regimes mais superficiais.
1733
Educação e conscientização das águas subterrâneas
VULNERABILIDADE E POTENCIOMETRIA DO AQUÍFERO COXILHA DAS LOMBAS (RS): ANÁLISE APLICADA À LOCAÇÃO DE UM ATERRO SANITÁRIO Autores: Luísa Collischonn, Maria Luiza Correa da Camara Rosa, Simone Trindade Palavras-chaves:
método GOD
, fluxo subterrâneo
, Barreira I
, Águas Claras
, Barreira Marinha
Resumo
VULNERABILIDADE E POTENCIOMETRIA DO AQUÍFERO COXILHA DAS LOMBAS (RS): ANÁLISE APLICADA À LOCAÇÃO DE UM ATERRO SANITÁRIO
Poluição, remediação e gerenciamento de águas subterrâneas
VULNERABILIDADE HIDROGEOLÓGICA NA INTERSEÇÃO ENTRE RODOVIA E ZONA DE FRATURAS NA BACIA DO RIO DAS PEDRAS, GUARAPUAVA - PR. Autores: Mariza Aparecida Duda do Amaral, Adalto Gonçalves de Lima Palavras-chaves:
Rodovia
, Fraturas
, Risco Hidrogeológico
Resumo
VULNERABILIDADE HIDROGEOLÓGICA NA INTERSEÇÃO ENTRE RODOVIA E ZONA DE FRATURAS NA BACIA DO RIO DAS PEDRAS, GUARAPUAVA - PR.
Os aspectos geológicos e geomorfológicos são importantes para o controle hidrológico e o mau uso do solo deixa a área mais suscetível à infiltração de contaminantes na rede de drenagem superficial e na água subterrânea. Nesse contexto pode-se observar que apesar do alto fluxo de veículos e em consequência grande fonte de contaminantes, ainda existem poucos estudos da avaliação dos impactos causados por rodovia associada ao cruzamento de lineamento estrutural. Além dos contaminantes provenientes das cargas, ainda considera-se os contaminantes gerados pelo desgaste de pneus e até mesmo o intemperismo da própria rodovia. Considerando a importância dos aspectos supracitados, bem como o impacto causado pelo mau uso do solo em áreas suscetíveis à infiltração de contaminantes na rede de drenagem e considerando as características hidrogeológicas da Bacia do Paraná, mais precisamente a Bacia do Rio das Pedras, efetuou-se um estudo piloto, visando quantificar a vulnerabilidade hidrogeológica de uma interseção da rodovia com uma zona fraturada tectonicamente. Para isso foram utilizados dados Lidar, disponibilizados pela Prefeitura Municipal de Guarapuava. Em ambiente de Sistema de Informação Geográfica, foi definida a zona de dano, bem como a área de influência da rodovia, em seguida foram gerados os mapas de declividade e uso e ocupação do solo, sendo as classes de cada um ranqueadas quanto ao potencial para infiltração de água e poluentes. Com o cruzamento dessas variáveis, realizou-se o ranqueamento final, gerando-se o mapa de risco da zona de intersecção rodovia-zona de fratura.
1835
Geoquímica e isótopos nas águas subterrâneas
Water quality assessment and hydrogeochemistry of a sedimentary basin in a semi-arid area under increasing exploitation: Insights from multivariate statistical analyses, GIS, and modeling Autores: THYEGO ROBERTO DA SILVA, MARIUCHA MARIA CORREIA DE LIMA Palavras-chaves:
Sedimentary basin
, Hydrochemistry
, Multivariate statistical analysis
, Groundwater chemical evolution
Resumo
Water quality assessment and hydrogeochemistry of a sedimentary basin in a semi-arid area under increasing exploitation: Insights from multivariate statistical analyses, GIS, and modeling
The Paleozoic to Cretaceous sedimentary multi-layered aquifers of the sag-Jatobá Basin in semi-arid northeastern Brazil were studied for quality assessment and screening of the factors controlling the groundwater evolution. Increasing in agriculture and human uses are of especial concern on the quality and quantity. Groundwater analyses at 151 sites, maximum depth of 730m, were used to perform ionic ratios, GIS maps, inverse modeling, and multivariate statistical analyses which coupled with available hydrological data provided insightful regional information on the flow and dynamic conditions and hydrogeochemical evolution from the multi-layered aquifer systems. The physical-chemical parameters of ~85% of groundwater samples are within the World Health Organization (WHO) guidelines for drinking purposes (~87% within the excellent category). Conversely, irrigation ion-based indices such as salinity, Sodium Absorption Ratio, Soluble Sodium Percentage, Residual Sodium Carbonate, Kelley Ratio, Magnesium Hazard, and Permeability Index showed that groundwater is most not suitable for irrigation uses. Five groups (i.e., C1, C2, C3, C4, and C5) were identified, which increase salinity toward flow direction. C1 to C3 are mainly related to preferential recharge areas under unconfined conditions. The majority of these samples are Na–HCO3 to Na–Cl. C4 samples present more evolved Na–Cl to Na–mixed water roughly following flow path, likely related to areas of an aquifer system under semi-confined conditions. C5 samples have the highest TDS values with a typical Na–Cl groundwater type which coupled with the identified lithology reveals a greater degree of confinement. The integrated approach with the hydrogeological and geological contexts allowed us to recognize that evapotranspiration and rock weathering predominate the evolution of groundwater chemistry together with the cation exchange. The present hydrogeochemical study contributes to the characterization and understanding of the Jatobá groundwater basin flow, which is a complex system and provides an example of the long-term geochemical evolution.